CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Por: Bruno Pilar • 27/4/2020 • Trabalho acadêmico • 2.944 Palavras (12 Páginas) • 224 Visualizações
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CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Daniele Erichsen da Silva
Prof. Thayne Woycinck Kowalski
Cachoeirinha, Abril de 2020
- INTRODUÇÃO
A infertilidade é um dos problemas mais antigos que atingem o ser humano. A vontade de perpetuar a espécie continua forte e tão frequente no âmago de cada indivíduo. Vários estudos já foram realizados nessa área e inúmeras descobertas foram aos poucos realizadas com o passar dos anos, dando muita esperança a vários casais que possuíam dificuldades em ter filhos biológicos. A primeira grande experiência finalizada com sucesso foi em 25 de julho de 1978, com o nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê gerado por fertilização in vitro, o famoso bebê de proveta. Este foi um marco importante no desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida.
Após esta experiência, a Embriologia e Reprodução Humana têm apresentado resultados sensacionais. Este trabalho, irá abordar a evolução da reprodução humana assistida, trazendo os métodos de fertilização existentes, assim como o trabalho desenvolvido pelos biomédicos que atuam nesta área. Hoje em dia, esse tema é de suma importância e provoca certa polêmica no âmbito ético e também jurídico. Além disso, há diversos contrapontos quanto a esse grande progresso da biotecnologia. Por um lado, o aprimoramento da reprodução assistida resultou em grandes benefícios às pessoas consideradas incapazes de gerarem filhos e por outro fez surgir vários questionamentos e preocupações sobre o valor da vida humana e do poder que o homem tem de interferir na vida humana. Pode-se concluir, de início, que haverá reprodução assistida sempre que ocorrer qualquer tipo de interferência médica para viabilizar ou facilitar a procriação.
- CONCEITO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Trata-se de um conjunto de técnicas, utilizadas por médicos especializados, que tem por objetivo facilitar ou viabilizar a procriação por homens e mulheres com problemas de fertilidade. Geralmente, ao se falar em reprodução assistida, é associada à ideia de inseminação artificial e/ou fertilização in vitro, como se a reprodução assistida se limitasse apenas ao uso dessas técnicas e suas variantes, nas quais não há a forma de procriação natural, ou seja, pelo sexo.
- TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Conforme Souza (2010), no Brasil, ainda não há uma lei específica que regulamente as técnicas de reprodução humana assistida. Por este fato, utiliza-se como parâmetro a Resolução nº 1.358/92 do Conselho Federal de Medicina, que edita normas éticas, estabelece princípios gerais para a utilização das Técnicas de Reprodução Assistida, define os usuários e as responsabilidades das clínicas, dispõe sobre a doação e criopreservação de gametas e pré-embriões, além de orientar sobre a utilização de pré-embriões para diagnóstico e tratamento e também estabelece regras a respeito da barriga de aluguel.
Souza (2010) afirma que as Técnicas de Reprodução Assistida podem ser classificadas em:
- Intracorpóreas: É a famosa inseminação artificial, que é o método pelo qual se insere o gameta masculino no interior do aparelho genital feminino, o que possibilita a fecundação dentro do corpo da mulher. Há a inoculação, a introdução do sêmen na mulher, não havendo qualquer tipo de manipulação externa do óvulo ou do embrião.
Figura 1 – Inseminação Artificial
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Fonte: http://drrodrigorosa.com.br/2015/05/11/quando-esta-indicada-a-inseminacao-artificial-4/
- Extracorpóreas: A fertilização in vitro, pela qual recolhem-se o óvulo e o espermatozoide, faz-se a fecundação fora do corpo humano em um tubo de ensaio ou mídia de cultivo sendo, logo após, o óvulo fecundado transferido para o útero materno. Através deste processo que se gera o chamado bebê de proveta.
Figura 2 – Fertilização In Vitro
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Fonte: https://fertilidade.org/content/fertilizacao-vitro
- Transferência Intratubária de Gametas (GIFT): Essa técnica é uma variação da Fertilização In Vitro. Possui cerca de 26% de sucesso e custa, aproximadamente, metade da Fertilização In Vitro A GIFT consiste na captação dos óvulos da mulher, através de laparoscopia, e o esperma do homem, colocando-se ambos os gametas em uma cânula especial, devidamente preparados, introduzindo-os em cada uma das trompas de falópio, lugar onde acontece naturalmente a fertilização.
- Transferência Intratubária de Zigotos (ZIFT): Esse procedimento é uma variação da GIFT. Trata-se da introdução de zigotos, que foram fertilizados in vitro, nas trompas uterinas da mulher, deixando-o percorrer seu próprio caminho. A diferença entre a ZIFT e a GIFT está no momento da fecundação. Ao contrário da GIFT, a fertilização na ZIFT é externa ao corpo da mulher. Também possui uma taxa baixa de sucesso, cerca de 23%. - Homólogas: utilizam-se os gametas do próprio casal.
- Heterólogas: utilizam-se gametas masculino ou feminino ou ambos de doadores.
Assim como em qualquer outra gestação, o bebê está sujeito a problemas de saúde que podem surgir futuramente. Hinkle & Cheever (2016) afirmam que, embora o doador passe por uma avaliação médica para assegurar que seu sêmen esteja livre de anomalias genéticas e de doenças sexualmente transmissíveis (DST), os espermatozoides doados, por exemplo, podem apresentar uma doença genética de manifestação tardia, sem que o doador, de fato, tenha consciência de que esta doença existe, o que é algo muito difícil de se prever.
- INFERTILIDADE HUMANA
As técnicas de reprodução assistida têm a função de ajudar na resolução dos problemas de infertilidade humana, auxiliando no processo de procriação quando outras técnicas terapêuticas não obtiveram o sucesso esperado. As técnicas de reprodução assistida podem servir como aliadas ao casal que possui algum problema que impeça por meios naturais a gestação de um filho e auxiliar na realização de um sonho e completando, assim, sua família. A busca pela fertilização em qualquer de suas formas, tem como objetivo principal a construção de um núcleo familiar.
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