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O Aparelho Urinário Contribui Para a Manutenção da Homeostase

Por:   •  11/2/2019  •  Artigo  •  6.129 Palavras (25 Páginas)  •  251 Visualizações

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O aparelho urinário contribui para a manutenção da homeostase, produzindo urina.

  • RIM:
  • Através dela são eliminados diversos resíduos metabólicos, águas, eletrólitos e não eletrólitos em excesso no meio interno. São dois, tem forma de feijão, na borda côncava está o hilo, que apresenta vasos e nervos e também os cálices que se reúnem para formar a pélvis renal (parte superior dilatada do ureter). O rim é constituído pela cápsula de tecido conjuntivo denso, a zona cortical e a zona medular. A zona medular é formada por 10-18 pirâmides medulares (de Malpighi), no vértice delas tem uma saliência (papila) com vários orifícios (área crivosa), da base partem raios medulares para a parte cortical. Cada lobo é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical em volta, já o lóbulo por um raio medular e pelo tecido cortical em volta, delimitado pelas arteríolas interlobulares. Os rins são formados por uma associação de néfrons e pouco tecido conjuntivo. Os corpúsculos renais (de Malpighi) e os túbulos contorcidos distais e proximais são corticais, enquanto as porções espessas e delgadas da alça de Henle são medulares. O corpúsculo renal é formado por um tufo de capilares (glomérulo) envolvido pela cápsula de Bowman, que possui um folheto interno (visceral, é formado por céls especiais, os podócitos, que têm corpo celular e prolongamentos primários que originam prolongamentos secundários que se apoiam na membrana basal) e um externo (parietal, formado por epitélio simples pavimentoso apoiado numa lâmina basal e uma fina camada de fibras reticulares), entre eles existe o espaço capsular que recebe o filtrado.
  • O sangue que circula é arterial e sua pressão hidrostática é controlada principalmente pela arteríola eferente que possui maior quantidade de músculo liso que a aferente.
  • Admite-se que a membrana basal (fusão das lâminas basais do endotélio e dos podócitos) seja a principal barreira na filtração glomerular. A membrana basal é formada por três camadas: lâmina rara interna, lâmina densa e lâmina rara externa. Entre as céls endoteliais e dos podócitos, os capilares glomerulares possuem céls mesangiais, também localizadas na parede dos capilares glomerulares, entre as céls endoteliais e a lâmina basal.
  • A parede do túbulo contorcido proximal é de epitélio cúbico simples, na luz do túbulo mostra microvilos quem formam a orla em escova. Geralmente a maior porção da alça delgada de Henle é descendente a maior parte da espessa é ascendente. A estrutura da parte delgada assemelha-se aos capilares sanguíneos e pode ser facilmente confundida, a parte espessa é igual ao túbulo contorcido distal, epitélio cúbico simples.
  • Os tubos ou ductos coletores se unem uns aos outros na medula e se tornam mais calibrosos. Os tubos mais delgados são de epitélio cúbico, à medida que se fundem vão ficando com céls mais altas até se tornarem cilíndricas. As céls de várias partes dos néfrons possuem zônulas de oclusão para impedir que o filtrado se misture com o fluido intersticial. A arteríola aferente (e às vezes a eferente) possui céls chamadas justaglomerulares, que junto com a mácula densa do tubo distal e as céls mesangiais extraglomerulares formam o aparelho justaglomerular. As céls justaglomerulares são secretoras: RER abundantem grânulos de secreção e aparelho de Golgi bem desenvolvido. Elas produzem renina, indiretamente ela aumenta a pressão arterial e a secreção de aldosterona, por intermédio do angiotensinogênio. Agindo nele a renina libera angiotensina I, uma enzima do plasma transforma a aginotensina I em angiotensina II. A angiotensia II aumenta a pressão sanguínea e a secreção de aldosterona pelo córtex adrenal. A aldosterona é um hormônio que inibe a excreção de sódio pelos rins. A deficiência de sódio é um estímulo para a liberação de renina, inversamente, o excesso de sódio no sangue deprime a secreção de renina, que inibe a produção de aldosterona, que aumenta a excreção de sódio na urina.
  • Cada rim recebe uma artéria renal no hilo, que geralmente se divide em dois ramos, um para parte ventral e outro para a parte dorsal. No hilo, esses ramos dão origem às artérias interlobares que seguem entre as pirâmides renais e na base formam as arciformes (arqueadas), e delas partem as arteríolas aferentes. A nutrição e a oxigenação cortical vêm das arteríolas eferentes, elas também formam vasos quem vão ao sentido medular (arteríolas retas).
  • BEXIGA E VIAS URINÁRIAS:
  • Armazenam por algum tempo e conduzem para o exterior a urina. Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, e vão engrossando no sentido da bexiga. A mucosa é formada por epitélio de transição e uma lâmina própria de tecido conjuntivo que varia do frouxo ao denso. Sem submucosa. A túnica muscular é formada por uma camada longitudinal interna e uma camada externa mal definidas. Na parte proximal da uretra a musculatura da bexiga forma o esfíncter interno da mesma. O ureter atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que uma válvula se forma e impede o refluxo de urina. As vias urinárias são envolvidas externamente por uma membrana adventícia, exceto a parte superior da bexiga que é coberta por uma membrana serosa (peritônio).
  • URETRA:
  • No homem além da micção serve para a ejaculação, é formada por três porções – prostática, membranosa e cavernosa (peniana).
  • A uretra prostática é revestida por epitélio de transição. A uretra membranosa tem apenas 1 cm e é revestida por epitélio pseudo-estratificado colunar, nesta parte existe um esfíncter externo da uretra. A uretra cavernosa fica no corpo cavernoso do pênis. Próximo a extremidade externa, a luz da uretra cavernosa dilata-se, formando a fossa navicular. O epitélio é pseudo-estratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso.
  • A uretra feminina tem 4-5 cm, revestida por epitélio plano estratificado, com áreas de epitélio pseudo-estratificado colunar. Próximo a sua abertura, a uretra possui um esfíncter externo da uretra de músculo estriado.

SISTEMA ENDOCRINO

Hormônios são moléculas que funcionam como sinais químicos. As céls endócrinas geralmente se unem formando cordões celulares (exceto a tireoide que se organiza em pequenas esferas, folículos). Geralmente os hormônios caem na circulação e vão agir longe do sítio de produção, mas existem hormônios parácrinos que agem a curta distância. Um bom exemplo é a gastrina produzida pelas céls G (principalmente no piloro) que chega as céls fúndicas por vasos sanguíneos e estimula a produção de HCl. O controle justácrino se refere a um hormônio que é liberado numa matriz e se difunde nela e age em cél próximas (a inibição da secreção de insulina por somatostatina produzida nas ilhotas pancreáticas). Os hormônios autócrinos vão agir nas céls que os produziram, ou cél do mesmo tipo (o fator de crescimento – IGF). Os órgãos-alvo possuem receptores específicos paras os respectivos hormônios.

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