O Bentos de costões rochosos
Por: Ingridis • 8/3/2018 • Trabalho acadêmico • 2.490 Palavras (10 Páginas) • 362 Visualizações
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
UNIDADE ACADÊMICA DE HUMANIDADES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA
DANIELE MARIA RAULINO
GISELE DELFINO PADILHA
INGRIDI BRAZ LUMERTZ
JOSIMAR CUNHA DE ALMEIDA
TAINÁ ELIAS CONSTÂNCIA
TALITA MACHADO ELIAS
MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS À ALGA Ulva spp. NO COSTÃO ROCHOSO NA PRAIA DA RIBANCEIRA, IMBITUBA – SANTA CATARINA.
CRICIÚMA
2017
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
UNIDADE ACADÊMICA DE HUMANIDADES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA
DANIELE MARIA RAULINO
GISELE DELFINO PADILHA
INGRIDI BRAZ LUMERTZ
JOSIMAR CUNHA DE ALMEIDA
TAINÁ ELIAS CONSTÂNCIA
TALITA MACHADO ELIAS
MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS Á ALGA ULVA spp. NO COSTÃO ROCHOSO NA PRAIA DA RIBANCEIRA, IMBITUBA – SANTA CATARINA.
Trabalho apresentado à disciplina de Zoologia II, do curso de Ciências Biológicas - Licenciatura Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC.
Professora: Mainara Figueiredo Cascaes.
CRICIÚMA
2017
1. INTRODUÇÃO
Os costões rochosos são formados por rochas que concentram grande quantidade de espécies, por encontrarem nesse local facilidade para a sua alimentação, reprodução e crescimento (MORENO; ROCHA, 2012).
A distribuição das espécies se dá por características como o clima, relevo, salinidade, intensidade e oscilações das marés e outros. Com o sobe e desce das águas no período das marés e as colisões das ondas nas rochas, requer que os indivíduos, que habitam estes costões, estejam adaptados à situação do ambiente. Devido a esses fatores físicos, as formas de vida que ocupam os costões rochosos, estão distribuídas por zonações (MORENO; ROCHA, 2012).
Estas zonações se dividem em semi-marinho (infra-litoral), mesolitoral e semi-terrestre (supra-litoral), onde ocorre a troca de espécies. Cada uma destas divisões possui características em função do tempo que permanece sob o mar e a ação do mesmo (FREY, 2011).
Nas regiões superiores os indivíduos ficam expostos a fatores abióticos, como temperatura e radiação solar. Já nas regiões inferiores os indivíduos se distribuem por interações biológicas como competição, predação e herbivoria (MORENO; ROCHA, 2012). E de acordo com Frey (2011) nas regiões medianas as ondas colidem diretamente, e durante a maré alta esta zona fica submersa.
Nesses ambientes, as macroalgas promovem o aumento da complexidade física do substrato, constituindo um importante fator de retenção de sedimentos, redução da velocidade das correntes (Fonseca; Calahan, 1992 apud CORTE et al.,2012).
Os níveis elevados de nutrientes existentes em costões rochosos nos continentes, faz com que a presença da espécie Ulva spp. esteja habitualmente nessas regiões (MACKENZIE JR., 2000 apud CORTE et al., 2012).
O gênero Ulva Linnaeus pertence ao filo Chlorophyta, ordem Ulvales e família Ulvaceae (WYNNE, 2011 apud BARBOSA, 2014). São algas laminares e parenquimatosas, constituídas por uma dupla camada de células com grande quantidade de cloroplasto (EE, 2008; GRAHAM; GRAHAM; WILCOX, 2009 apud BARBOSA, 2014).
As espécies de Ulva têm ocorrência cosmopolita, ou seja, são comuns em todas as partes do mundo Ocorrem principalmente em águas marinhas, mas podem habitar também águas salobras, como estuários, e águas continentais, no entanto estas devem apresentar valores de salinidade dentro do limite de tolerância das espécies (HO, 1990 apud BARBOSA, 2014).
Associações entre macroalgas e macroinvertebrados é fundamental para o equilíbrio ecológico no ambiente marinho. A interação entre esses organismos se faz benéfica pelo fato desses indivíduos ter proteção, abrigo e nutrientes depositados no ecossistema (Littler et al., 989) apud (R. C. Duarte; T. L.P. Dias, 2009).
No Filo Cnidária existem mais de 11.000 espécies catalogadas atualmente sendo um filo muito diverso incluindo águas vivas, anêmonas-do-mar, os corais e as hidras. Existem dois aspectos fundamentais no seu estilo de vida: a tendência em formar colônias de reprodução assexuada e apresentar um ciclo de vida dimórfico, incluindo morfologias adultas uma forma sendo polipoide e outra forma medusoide. Os cnidários são Metazoa diblásticos, possuem simetria radial, tentáculos e cnidas que são estruturas urticantes, sua única cavidade corpórea é a cavidade gastrovascular incompleta que deriva da endoderme. Este filo possui três grandes classes: Hydrozoa, Cubozoa e Scyphozoa, dentro delas algumas subclasses (BRUSCA, 2003).
Assim como no Filo Cnidária, animais do filo Arthropoda também vivem em ambientes marinhos, neste filo ainda se tem animais que são encontrados em água doce e também sobre a terra estes são adaptados ao meio terrestre, e dependem de brânquias para respirar, eles têm sexo separado e sua reprodução é cruzada. Os crustáceos representam o maior grupo de invertebrados, tendo mais de 67.000 mil espécies descritas, tendo uma grande diversidade em forma, habito e tamanho, dentre eles existem as lagostas, camarões, siris e caranguejos são os mais conhecidos. Possuindo cinco grandes classes: Branchiopoda, Maxillopoda, Remipedia, Cephalocarida e Branchiopada, e dentro delas suas subclasses (BRUSCA, 2003).
O Filo Annelida é um filo grande, são cerca de 15.000 espécies e são encontrados em todo o mundo. Os mais conhecidos são as minhocas terrestres e de água doce (oligoquetos) e as sanguessugas (hirudíneos). As espécies marinhas (poliquetos) são menos conhecidas, que são encontrados os nereídeos, os sabelídeos, os polinoídeos arenícolas entre outros. Seus corpos são divididos em anéis (característica pela qual foi dado nome ao filo), a metameria é caracterizada pela repetição dos órgãos internos (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
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