O Crescimento populacional e os impactos sobre os ecossistemas

O Crescimento populacional e os impactos sobre os ecossistemas

A população mundial encontra-se em expansivo crescimento, saltando de 1,5 bilhão em 1900, para mais de 7 bilhões em 2017. Este aumento populacional tem provocado profundas transformações ambientais. Para entender os impactos decorrentes do crescimento populacional é preciso observar os fatos sob um prisma funcional, considerando as causas que influenciam a dinâmica das populações. É necessário também destacar que a densidade de uma população está intrinsicamente correlacionada em função de fatores bióticos e abióticos dentro do habitat. Então, entender como a ação do homem ao longo do tempo vem impactando, transformando e degradando o meio ambiente.

Na natureza, os indivíduos e as populações de espécies não sobrevivem isoladamente, por outro lado, ocorrem juntas no espaço e no tempo e estão conectados uns aos outros por suas relações ecológicas. Assim, de forma natural as causas capazes de influenciar a dinâmica das populações são fatores como natalidade, mortalidade, predatismo e interações entre as populações de espécies. Porém, a interação e interferência humana em seu processo de expansão e colonização dizimou inúmeras espécies ao longo das eras. Segundo Harari os registros arqueológicos apontam indubitavelmente para o homem como sendo o grande responsável por muitos desastres ecológicos, os quais culminaram na extinção de várias espécies de plantas e animais. Corroborando com este pensamento Silva et al. (2006) pondera que as ações humanas são certamente os principais fatores que criam distúrbios provocados as comunidades.

Inicialmente o homem não causava impactos significantes ao meio ambiente. Estes, iniciaram-se cerca de 2 milhões de anos atrás, quando nossos ancestrais arcaicos passaram a explorar vastas áreas dos continentes Africano, Europeu e Asiático. Contudo, apenas por volta de 70 mil anos atrás eles começaram a dominar o resto do planeta e consequentemente levar outras espécies a extinção. Harari aponta que o Homo sapiens levou à extinção cerca de metade dos grandes animais do planeta muito antes de os humanos inventarem a escrita ou ferramentas de ferro. O mesmo autor ainda afirma que o registro histórico faz o homem parecer um assassino em série da ecologia.

É nítido que o aumento populacional humano reflete sobre tudo na doutrina expansionista, que resulta não somente na super exploração das espécies em geral, como também na destruição ou fragmentação de habitats específicos, reduzindo a quantidade dos recursos naturais destes locais, acarretando em isolamento reprodutivo e em muitos casos levando espécies a extinção. Desta forma faz-se necessário a adoção de novos paradigmas, pois, ainda de acordo com Harari, se as coisas continuarem neste ritmo, é provável que de todas as grandes criaturas do mundo, os únicos sobreviventes da inundação humana serão os próprios humanos.

Edivânio Araújo da Silva, mat. 2017015530, Agronomia 3º período – UFRA

Referências bibliográficas

Harari, Yuval Noah, Sapiens – uma breve história da humanidade / Yuval Noah Harari; tradução Janaína Marcoantonio. – 1. ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.

Silva, U.S.R. & Silva Matos, D. M.  “The invasion of Pteridium aquilinum  and the impoverishment of the seed bank in fire prone areas of Brazilian Atlantic Forest”. Biodiversity and Conservation 15: 3035–3043. 2006.

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