OBSERVAÇÃO DE AVES MIGRATÓRIAS NA COROA DO AVIÃO, IGARASSU, PERNAMBUCO, BRASIL

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

AREA DE ZOOLOGIA

Relatório final de atividades PIBIC

OBSERVAÇÃO DE AVES MIGRATÓRIAS NA COROA DO AVIÃO, IGARASSU, PERNAMBUCO, BRASIL.

                Estudante: Hermon Augusto da Costa Braga Junior

                Orientador: Prof. Dr. Severino Mendes de Azevedo Júnior 

Recife, PE

Junho - 2007

Sumário

Resumo

                                                                                        Página

1. INTRODUÇÃO...................................................................................	04
2. OBJETIVOS.......................................................................................	05
3. METODOLOGIA...............................................................................	06
3.1 Descrição da área de estudo......................................................	06
3.2 Coleta de dados...........................................................................	08
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................	09
5. CONCLUSÕES.................................................................................	13
6. BIBLIOGRAFIA................................................................................	14

Resumo

Periodicamente um grande número de aves oriundas do Ártico e demais regiões da América do Norte migram para a América do Sul, devido à proximidade do outono boreal, período do início das baixas temperaturas. Migrando pela costa do Atlântico, milhares de aves das famílias Charadriidae, Scolopacidae e Laridae se aglomeram todos os anos de agosto a abril na Coroa do Avião devido à riqueza e disponibilidade de invertebrados marinhos encontrados na ilha durante a baixa-mar. O monitoramento destas aves na Coroa do Avião é de extrema importância não apenas para formulação de modelos de populações mínimas viáveis, mas também para fornecer dados sobre diminuição e aumento populacional, bem como sobre migração e qualidade do habitat. Neste sentido, o presente trabalho, objetivou contribuir com novas informações sobre as aves limícolas neárticas presentes na Coroa do Avião – PE. O registro das espécies e a sua abundância relativa foram feitos através de censo. Registrando na área de estudo nove espécies da família Scolopacidae, sendo elas Actitis macularia, Arenaria interpres, Calidris alba, Calidris fuscicollis, Calidris pusilla, Limnodromus griseus,  Numenius phaeopus, Tringa flavipes e Tringa melanoleuca. Para a família Charadriidae foram registradas três espécies, Caradrius, Charadrius semipalmatus e Pluvialis squatarola. Apenas foi observada para a família Laridae uma espécie, Sterna hirundo. Durante o período de estudo as espécies Calidris alba, Charadrius semipalmatus e Arenaria interpres demonstraram-se constantes, com valores de 100%, sendo também as espécies presentes em maior número, com picos populacionais no período de novembro, dezembro e  outubro, respectivamente. A Pluvialis squatarola, apesar de também ser classificada como constante, foi tida como pouco freqüente. Para a Actitis macularia, Numenius phaeopus e Calidris fuscicollis, ambas acessórias e tidas como pouco freqüentes, apresentam-se quase sempre ausentes. As espécies Sterna hirundo e Caradrius collaris apresentaram-se acessórias e pouco freqüentes. Classificadas como acidentais, as espécies Calidris pusilla, Limnodromus griseus, Tringa flavipes e Tringa melanoleuca receberam o status de pouco freqüente. A Coroa do Avião se apresenta como um sítio de invernada, reforçando sua importância para continuidade das migrações realizadas pelas aves.

1. INTRODUÇÃO

Periodicamente um grande número de aves oriundas do Ártico e demais regiões da América do Norte migram para a América do Sul, devido à proximidade do outono boreal, período do início das baixas temperaturas (SICK, 1983, 1997; HARRINGTON et al. 1986).  Dentre as aves neárticas, destacam-se as limícolas, ou seja, aquelas que freqüentam ou se relacionam com os ambientes úmidos, a exemplo de praias, ilhas oceânicas, lagoas costeiras, estuários, manguezais, brejos, rios, lagos e águas interiores (AZEVEDO-JÚNIOR e LARRAZÁBAL, 1994; SICK, 1997).

        Fugindo das áreas frias, as aves se estabelecem em sítios de invernada e permanecem a maior parte do seu ciclo de vida. Estas regiões de alta produtividade e abundância de nutrientes que permitem as aves acumular grande reserva de gordura e adquirir nova plumagem, condições necessárias às viagens de retorno ao hemisfério norte. Garantindo através dessas migrações a continuidade do biociclo destes animais. (AZEVEDO-JÚNIOR, 2006; FEDRIZZI, 2003; TELINO-JÚNIOR et al., 2003; AZEVEDO-JÚNIOR et al., 2002; ANTAS e NASCIMENTO, 1990).  

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