Fenologia Das Espécies Arbóreas De Uma Mata Serrana (Brejo De Altitude) Em Pernambuco, Nordeste Do Brasil
Pesquisas Acadêmicas: Fenologia Das Espécies Arbóreas De Uma Mata Serrana (Brejo De Altitude) Em Pernambuco, Nordeste Do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Laignier • 3/6/2013 • 338 Palavras (2 Páginas) • 604 Visualizações
Evelise Locatelli & Isabel Cristina Machado
Resumo
Fenologia das espécies arbóreas de uma mata serrana (brejo de altitude) em Pernambuco,
nordeste do Brasil. O trabalho foi desenvolvido no Parque Ecológico João Vasconcelos Sobrinho
(PEJVS) (8°18’36’’S, 36°00’00’’W), situado a 12 km do município de Caruaru, agreste
de Pernambuco. Neste trabalho, objetivou-se conhecer os padrões fenológicos de representantes
da flora de brejos de altitude e sua relação com fatores abióticos e bióticos, assim
como verificar o espectro das síndromes de polinização de dispersão desta comunidade
para melhor compreensão das interações e da dinâmica do ecossistema em estudo. Foram
observadas as fenofases de brotamento, queda de folhas, floração e frutificação em 58 espécies
arbóreas de 34 famílias e 51 gêneros. As coletas e observações fenológicas foram realizadas
em intervalos quinzenais, no período de maio de 1998 a maio de 2001. Das 58 espécies
acompanhadas na área de estudo, 57% perderam folhas entre outubro e dezembro
(período seco); o fluxo de produção de folhas novas ocorreu moderadamente durante todo o
ano, com maior produção iniciando em junho (período úmido), prolongando-se durante a
estação seca, com o maior pico registrado entre outubro e novembro (59% das espécies).
Observou-se 32 (60,37%) espécies semi-decíduas, 16 (30,18%) perenifólias e 5 (9,43%)
decíduas. Foram observadas espécies florescendo e frutificando durante todo o ano. A partir
de outubro e principalmente durante dezembro e janeiro, 75% das espécies estavam em
flor. A estratégia de floração mais comum no Parque Ecológico Vasconcelos Sobrinho foi a
“anual sazonal”, encontrada em 24 espécies (53,3%), seguida por “anual breve” (explosiva)
em 16 espécies (35,5%), “anual longa” em 4 espécies (8,8%) e a “contínua”, que foi encontrada
em apenas 1 espécie (2,2%). As espécies estudadas apresentam-se com flores, na sua
maioria, por um período de 2 meses. O pico de frutificação sucedeu o de floração, com maior
número de espécies com frutos em fevereiro e março. O padrão geral de frutificação foi
sazonal. Quanto às estratégias de dispersão, as espécies zoocóricas representaram 66% do
total; as anemocóricas, 20,4%; e as autocóricas, 13,6%. As espécies estudadas no PEJVS
apresentaram uma visível periodicidade dos eventos fenológicos durante o ano. Esses padrões
fenológicos
...