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Observação da Flora na Região do Pinheiral de Cima em Palmeira – Pr

Por:   •  20/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  154 Visualizações

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Observação da Flora na Região do Pinheiral de Cima em Palmeira – Pr

Introdução:

        A relação da natureza com a humanidade é muito antiga, e isso principalmente porque nós, humanos, somos parte da natureza. Desde a pré-história, os humanos gostam de retratar essa relação, principalmente através das famosas pinturas rupestres, onde o cotidiano desses humanos era relatado de modo a demonstrar como eles utilizavam e enxergavam a natureza.

        Por isso nos sentimos mais relaxados e satisfeitos quando estamos próximos a áreas verdes, nos dá sensação de calma. Sendo assim, quando desenvolvemos a educação ambiental um dos principais objetivos é enaltecer a biofilia e restaurar a relação homem-natureza (RIBEIRO,2015).

        Conhecer e valorizar atividades voltadas para a conservação do meio ambiente é essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, tanto por profissionais como por todas as pessoas que aqui vivem.

        A Flora Brasileira é a mais rica do mundo, contando até o momento com 43.496 espécies (FORZZA, 2010), distribuídas em grandes Biomas como: Floresta Amazônica; Mata Atlântica; Cerrado; Caatinga; Campos; Pantanal; e os Manguezais (EMBRAPA, 1996). Os biomas são eco regiões definidas principalmente por suas formações vegetacionais.

        Um dos biomas mais ricos do Brasil e também do mundo é o da Mata Atlântica, que originalmente se estendia do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul na encosta Atlântica. Praticamente recobria todo o Estado do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina e ainda grandes áreas de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, chegando até a Argentina e Paraguai, numa extensão de 1.000.000 km² (EMBRAPA, 1996). Este bioma é formado por diferentes formações vegetacionais, tais como: Floreta Ombrófila Densa ao longo da Costa; Florestas Deciduais e Semi-deciduais pelo interior do Nordeste, Sudeste, Sul e partes do Centro-Oeste; a Floresta Ombrófila Mista no sul do Brasil e por áreas de restinga, mangues, enclaves de Cerrado, Campos e Campos de altitude (EMBRAPA, 1996).

        A Floresta Ombrófila Mista também conhecida como Floresta com Araucárias, ocorre em uma pequena porção do território brasileiro relacionado ao clima mais frio nos estados do sul do Brasil e em áreas de maior altitude. No passado se estendia pelos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, cobrindo uma área de aproximadamente 200.000 km² (KOCH, 2002), mas este ecossistema foi muito explorado em suas essências florestais como, o pinheiro, imbuia, cedro, tarumã e outras. As árvores foram cortadas para a fabricação de casas, móveis, cercas, utensílios domésticos, dormentes, lenha, carvão, papel e outros e/ou simplesmente queimadas para dar lugar à lavoura, pecuária e às cidades.

        Hoje o Estado do Paraná conta com menos de 0,8 % desta floresta em estado avançado de regeneração, protegida em unidades de conservação, muito aquém dos 37 % da superfície do Estado citados por MAACK (1968).        

        Apesar dessas formações serem protegidas por lei, continuam sendo intensamente devastadas, seja para retirada de madeira, seja para exploração agropecuária ou simplesmente por ação antrópica indiscriminada (IURK, 2009).

        A partir destes relatos, podemos também perceber a importância da profissão do Biólogo. Este é um verdadeiro “detetive da vida”, procurando em seus sinais e evidências as respostas para vários questionamentos que permeiam a humanidade há séculos. Traçando paralelos e montando esse quebra-cabeças infinito os biólogos tem contribuído para entendermos como a natureza funciona e qual o posicionamento de cada peça nesse inestimável jogo de xadrez. Enfim, a gama de atuação deste profissional é gigantesca. Mas apesar de o biólogo ser o estudante formal da vida, cabe a todos nós fazermos nossa parte, uma vez que a vida é responsabilidade de todos.

Objetivos:

• compreender o ambiente que nos cerca, observando a flora local e as adaptações dos organismos que ali vivem.

• entender o processo evolutivo e as diferentes adaptações que as plantas desenvolveram.

• relatar o bioma da região e fazer uma análise da situação observada.

Material e métodos:

        O material utilizado foi caderno de anotações, celular para registrar fotos e computador para pesquisas.

        Os métodos foram a escolha de um local verde próximo de onde é minha casa, observação da formação vegetal e da biodiversidade, coleta de dados, registro de imagens e pesquisa sobre o bioma para avaliar os resultados.

Resultado e Discussão:

        O local escolhido é uma área rural na localidade chamada de Pinheiral de Cima em Palmeira – Pr. Caracteriza-se por ser uma colônia agrícola, sendo a soja, o milho e o fumo as culturas mais exploradas. Todas as propriedades possuem áreas de preservação ambiental exigidas por lei.

        Nestas áreas observou-se a formação de Florestas Ombrófila Mista, pelo fato de haver associação entre coníferas e folhosas, sendo que há a presença do pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia).

        A formação florestal estudada se mostrou estruturada em três estratos (superior, médio e inferior). Dentre os indivíduos amostrados, a altura máxima foi de 25 m e a mínima 1,5 m. O dossel – estrato com maior facilidade de definição – variou entre 18 e 25 metros, onde A. angustifolia se distribui de forma esparsa por sobre bosque contínuo, no qual aparecem de forma significativa a imbuia (Ocotea porosa), a canela-amarela (Nectandra lanceolata), a canela-preta (Nectandra megapotamica), a guabirobeira (Campomanesia xanthocarpa), Ipê amarelo ( Handroanthus serratifolius) e a erva-mate (Ilex paraguariensis).

        O estrato médio foi caracterizado por exemplares que apresentaram altura entre oito e 17 metros, sendo o estrato mais denso. Neste o Branquilho (Sebastiania commersoniana) apresentou expressiva presença, acompanhada de exemplares de Tarumã (Vitex megapotamica), Jerivá ou coqueiro (Syagrus romanzoffiana), Cedro do brejo (Cedrela odorata L.) e outros que não identifiquei.

        No estrato inferior (sub-bosque) encontraram-se indivíduos entre um e sete metros de altura, com maior representatividade para Aroeira (Schinus terebinthifolius), Cambuí (Calyptranthes concinna) e Jasmim uruguaio ou veludo (Guettarda uruguensis), entre outros.

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