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Os Fungos Aquáticos

Por:   •  1/9/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  473 Visualizações

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Os Fungos, popularmente conhecidos como mofos, bolores ou cogumelos, são seres eucariontes,  unicelulares ou pluricelulares (grande maioria), com nutrição heterotrófica; contém sua parede celular composta principalmente de quitina, reserva de glicogênio (assim como os animais), e não possuem clorofila em suas células, consequentemente não realizam fotossíntese.

Alguns fungos passam todo o ciclo da vida na água (ou uma parte dele), criando assim adaptações para a vida aquática, como exemplo temos os zoósporos (esporos flagelados). Habitando mares e águas continentais, os fungos aquáticos podem ser saprófitas se alimentando de materiais em decomposição, podendo também se alimentar de plantas, animais ou até mesmo outros fungos.

Os fungos aquáticos ou fungos zoospóricos (grupo de fungos que tem em comum os zoósporos) possuem uma quantidade muito menor de espécies, se comparado com as terrestres. Segundo Azevedo e Esposito (2010) a variedade e quantidade de espécies encontradas em determinados lugares, dependem diretamente do tipo de substrato gerado pelos produtores primários. Já as características da água como temperatura, e sua agitação, são determinantes para a comunidade de fungos existentes no local.

Os  fungos “verdadeiramente” aquáticos são aqueles dependentes da água  para reprodução e possuem adaptações morfológicas especiais, desta  forma, foram denominados indígenas ou nativos. Fazem parte deste grupo os fungos zoospóricos, os Hyphomycetes aquáticos e as leveduras aquáticas (Dix & Webster 1995). As leveduras aquáticas pertencem ao grupo dos ascomicetos e basidiomicetos, podendo ser resistentes como os fungos terrestres ou sensíveis as variações de temperatura causadas pelo homem.

  • Os fungos zoospóricos são formados por 4 filos:

  1. Filo Chytridiomycota (quitridiomicetos)

  São considerados o grupo mais primitivo dentro dos fungos, são predominantemente aquáticos, podendo viver em solos úmidos próximos a rios e lagos, entre outros lugares próximos a volumes de água. Algumas espécies são unicelulares, e a maioria é filamentosa, com hifas cenocíticas, eles também são o único grupo que possui zoósporos (esporos flagelados). A maioria dos quitridiomicetos são sapróbia, entretanto há espécies parasitas  como o Batrachochytrium dendrobatidis.

O fungo Batrachochytrium dendrobatidis causa a quitridiomicose ou Bd (uma doença infecciosa de pele) em anfíbios. Foi descoberto que os machos infectados com a quitridiomicose atraem mais fêmeas (talvez por causa alteração da duração e tom dos chamados) é quase como se o fungo controlasse o anfíbio, já que quanto maior é a reprodução dos anfíbios infectados, maior é a distribuição desse fungo parasita em sua população.

Reprodução assexuada: ocorre através dos zoósporos, que se desenvolvem  em estruturas somáticas semelhantes aos esporângios produzindo gametângios, que por sua vez produzem gametas de diferentes  tamanhos, formando um zigoto.

Podem se reproduzir sexuadamente por somatogamia, as hifas se unem (plasmogamia) e trocam seus núcleos.

  1. Filo Neocallimastigomycota (Fungos do rúmen)

São considerados o filo mais novo entre os fungos zoospóricos,  São seres anaeróbios, encontrados no trato digestivo de herbívoros, e possivelmente encontrados no hábitat aquático e terrestre. Seu micélio é compacto e pequeno, e apresentam seus zoósporos uniflagelados ou multiflagelados.

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