Paleontologia
Por: irisjordan • 27/11/2015 • Relatório de pesquisa • 731 Palavras (3 Páginas) • 358 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
DISCIPLINA: PALEONTOLOGIA
PROFº MARCO ANTÔNIO FONSECA FERREIRA
ALUNA: IRIS JORDÂNIA LUZ MOURA
A HISTÓRIA DA PALEONTOLOGIA
A Paleontologia é o “estudo dos seres antigos” e representa a união entre as ciências biológicas e geológicas na compreensão dos registros de animais, plantas e microorganismos pré-históricos. Diversos nomes são importantes na formação da ciência paleontológica, com suas respectivas contribuições, dentre eles: William Smith, George Cuvier, James Hutton, Charles Lyell, Adolphe Brongniart, Alcide D'Orbigny, Lamark e Charles Darwin.
William Smith é considerado como o pai da estratigrafia. Foi pioneiro no reconhecimento dos fósseis para determinar a idade relativa das rochas estratificadas. Ele demonstrou o valor dos fósseis no reconhecimento das camadas geológicas, estabelecendo uma geocronologia relativa e o desenvolvimento da estratigrafia. Smith verificou que determinada sobreposição de estratos de rochas sedimentares, observável num dado lugar, podia se encontrar em outros locais e concluiu pela possibilidade de caracterizar cada estrato pelo conjunto dos fósseis nele incluídos. Concluiu, ainda, que a mesma sucessão de estratos podia ser encontrada em muitas regiões do país.
George Cuvier é considerado como o fundador da Paleontologia moderna, aplicando os conhecimentos da Zoologia e da Botânica atuais no estudo dos animais e plantas fósseis encontrados através da Anatomia comparada. Situa-os ainda num determinado período de tempo geológico passado, aproveitando as ideias de William Smith. Cuvier trabalhou no Museu de História Natural de Paris dedicando-se especialmente ao estudo dos vertebrados. No seu estudo, deparou-se com alguns fósseis de dimensões extraordinárias, muito maiores do que as espécies atuais. Para explicar as suas dimensões e o seu desaparecimento (extinção), Cuvier propôs que a Terra sofria de poderosas convulsões periódicas (as “revoluções do globo”). Nestas ocorreriam extinções de muitos animais, e seriam seguidas por períodos de calma, onde se produziria uma nova criação.
James Hutton, o pai da geologia moderna, observou que as rochas foram formadas pelos mesmos processos que, atualmente, servem para alterar a forma da superfície da Terra, ou seja, erosão, deposição e atividade vulcânica (princípio do atualismo). Sendo assim, quando deixamos esses processos modeladores agirem por muito e muito tempo, temos a formação de rochas.
Charles Lyell abre a geologia moderna com o seu princípio do uniformitarismo, onde se refere que a Natureza manteve as mesmas leis desde sempre. Os processos geológicos desenvolvem-se de forma natural, devido a processos físicos, químicos e biológicos que atuam de forma lenta, gradual e contínua ao longo dos tempos geológicos. Com este princípio Lyell pôs em causa o catastrofismo associado ao Dilúvio, e assentou as bases para o desenvolvimento das ideias evolucionistas de Darwin. Os fósseis eram um poderoso auxiliar do geólogo de campo que lhe permitiam datar os terrenos, pois acreditava que estes correspondiam a unidades estáveis com uma variabilidade muito limitada e bem adaptados a um lugar próprio na natureza.
Adolphe Brongniart é o pioneiro no estudo da morfologia e fisiologia de plantas fósseis, tornando-se o fundador da Paleobotânica. A paleobotânica é a área da ciência que estuda os organismos vegetais sob todas as formas conhecidas de fossilização ou de vestígios nas rochas, considerando a interação sinergística dos organismos com os seus ambientes de vida, no curso do tempo geológico.
Alcide D'Orbigny, defensor do fixismo, reconheceu 27 criações independentes, as quais correspondem, aproximadamente, às divisões estratigráficas ainda em uso. Com seus estudos de fósseis na bacia do Paraná criou a micropaleontologia, e ao teorizar que as diferentes camadas de rochas sedimentares resultavam de deposições periódicas sucessivas, identificáveis pela datação dos fósseis, criou a paleontologia estratigráfica, que forneceu as bases para a nomenclatura dos diversos terrenos.
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