ESTUDO DA PALEONTOLOGIA

Somente os restos de organismos com mais de 11.000 anos são considerados fósseis. Este tempo, calculado pela última glaciação, é a duração estimada para a época atual: o Holoceno. Os fósseis encontrados nesta época são chamados de subfósseis.

Muitos animais e vegetais que vivem nos dias de hoje são encontrados nos registros fossilíferos. Ex. Ginkgo biloba.

ESTUDO DA PALEONTOLOGIA: Auxiliar na reconstituição da história geológica da Terra fornecendo dados para o conhecimento da evolução biológica.

CATASTROFISMO (georges cuvier): as grandes alterações ocorridas à superfície da Terra, eram interpretadas como sendo consequência de fenômenos súbitos, violentos (catastróficos) e não cíclicos, associados a intervenção divina. UNIFORMITARISMO (James Hutton): considera que as alterações que ocorrem na Terra, como a formação das rochas ou dos fósseis, são devidas a processos naturais e não devido a qualquer intervenção sobrenatural.

A paleontologia moderna pode ser dividida em:

1. Paleobotânica 

2. Paleozoologia (estudo dos vertebrados e invertebrados)

3. Micropaleontologia (estuda microfósseis, são excelentes para a datação de camadas)

4. Paleoicnologia (Estuda os icnofósseis, que são estruturas biogênicas resultantes da atividade dos seres vivos. [pegadas, fezes, escavações])

5. Paleoecologia - Estuda as relações dos organismos com o meio.

6. Tafonomia - Estuda as condições e processos que propiciaram a preservação dos fósseis desde sua morte até ser encontrado.

7. Sistemática - Estuda a classificação e agrupamento dos organismos com base na análise comparativa de seus atributos e na relação entre eles.

APLICAÇÕES: Estratigrafia - Permite o reconhecimento das camadas de sedimentos e a sucessão das mesmas. Paleogeografia - No reconhecimento de mares e continentes primordiais, dando subsídios à teoria de placas. Zoologia e Botânica - Em relação a abordagens de filogenia e sistemática de organismos, assim como na evolução. Paleoecologia - Ajuda a entender a etologia dos organismos antigos, a dinâmica de populações e a interrelação entre as espécies e seu meio. Geologia econômica - Ajuda a identificar formas de aproveitamento de bens minerais tais como petróleo, gás, carvão e hulha.

TIPOS DE FOSSILIZAÇÃO: Restos e Vestígios.

Restos (Quando alguma parte do organismo ficou preservada)

1 - Restos partes moles (fóssil em âmbar ou congelado)

2 - Restos partes duras (conchas, ossos, dentes)

As partes duras podem ser preservadas através

de diferentes processos de fossilização:

1. Incrustação [formação de crosta, esp. por depósito de calcário ou outros sais]

2.Permineralização [formam moldes internos de organismos, os minerais preenchem os espaços no interior do tecido orgânico]

3.Carbonificação [ocorre quando há perda de substâncias voláteis restando uma película de carbono]

4.Substituição (Ex. Carbonato de cálcio substituído por sílica ou pirita ou limonita).

Vestígios Quando temos apenas evidências indiretas do organismo ou suas atividades (marcas, coprólitos, ovos fossilizados)

TEMPO GEOLÓGICO QUANTITATIVO

DATAÇÃO RELATIVA: LITOSTRATIGRAFIA

Princípio da sobreposição dos estratos, numa série de estratos na mesma posição original, onde os estratos mais recentes estão acima, sobrepondo os mais antigos.

Princípio da horizontalidade: materiais que formam estratos se depositam em planos horizontais.

Princípio da continuidade lateral: correlacionar idades entre estratos posicionados em locais afastados.

Princípio da Intersecção: toda estrutura geológica que intersecta outra é mais recente.

DATAÇÃO ABSOLUTA:

Ciclos de gelo: deposição de sedimentos com periodicidade anual resultante do degelo das zonas glaciais. VERÃO – forma um sedimento de origem dendrítica. INVERNO – depositam-se materiais mais finos junto com matéria orgânica. Permite fazer datações até 15 mil anos no passado.

Datação Radioativa: utiliza-se isotopos presentes em rochas ígneas [carbono-14].

História humana apresenta valores constantes [séculos, décadas, anos]

História da terra apresenta valores desiguais [Éons, Eras, Períodos, Épocas]

Tempo de especiação de uma espécie pode ser obtido analisando registros fósseis, a taxa de especiação e genética de especiação. A especiação somente começa depois que o fluxo gênico entre as populações é interrompido, talvez por um evento imprevisível como uma tempestade que transporta poucos indivíduos para uma área isolada. Nesta caso as populações devem divergir geneticamente até se tornarem isoladas reprodutivamente.

Formação de nova espécie a partir de espécie existente: ANAGÊNESE (toda uma sp se transforma em outra acumulando modificações ao longo do tempo) CLADOGÊNESE (formação de duas espécies a partir de uma ruptura na coesão entre a sp).

MACROEVOLUÇÃO - evolução em larga escala, que ocorre acima do nível das populações e que dá origem a novas espécies ou grupos taxonômicos mais altos.

MICROEVOLUÇÃO - o é a ocorrência de mudanças evolutivas em pequena escala, como as mudanças de frequências gênicas dentro de uma população, ao longo de um número reduzido de gerações.

HISTÓRICO DA VIDA NA TERRA:

Hadeano: é o éon mais antigo. 4,6 B.A. – 4,0 B.A.

Arqueano: Compreende entre 4,0 B.A. – 2,5 B.A. Primeiros organismos.

Proterozoico: Compreende entre 2,5 B.A. – 542 M.A. Primeiros eucariontes.

Fanerozoico: Compreende entre 542 M.A ate a atualidade. Os bichão tudo.

:::ERA PALEOZÓICA:::

Período Câmbrico: É o período de tempo em que a maioria dos grupos dos principais animais apareceram no registro fóssil:

→ Aparição de organismos com exoesqueleto.

→ Quase a metade de Oxigênio do que atualmente e 7°C mais quente.