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Relatório de Parasitologia .

Por:   •  27/10/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.759 Palavras (8 Páginas)  •  419 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterótrofos, mas com formas autotróficas e com mobilidade especializada. A maioria deles é muito pequena, medindo de 0,01 mm a 0,05 mm aproximadamente, sendo que algumas exceções podem medir até 0,5 mm. Sua forma de nutrição é muito diferenciada, pois podem ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutualistas. O sistema locomotor é um dos mais especializados, com flagelos, cílios, membranas ondulantes, cirros ou pseudópodes. Estes organismos estão presentes em todos os ambientes por causa de seu tamanho reduzido e produção de cistos resistentes. Quanto à sistemática, podem ser divididos, a grosso modo, em quatro grupos distintos: flagelados, ameboides, formadores de esporos e ciliados. Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas: -Trofozoíto: é a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz. - Cisto: é a forma de resistência ou inativa (GAZZINELLI).

Os protozoários utilizam o organismo de seus hospedeiros como meio ambiente vital, este reage por vários mecanismos já descritos, a essa invasão. Para tentarem reduzir a sua taxa de mortalidade, os parasitas se utilizam um ou vários dos mecanismos de escape à resistência do hospedeiro (GAZZINELLI).

Os sinais e/ou sintomas apresentados pelos hospedeiros humanos infectados por esses protozoários, normalmente não fornecem, como ocorre na maioria das afecções de outra natureza, condições para um diagnóstico definitivo. A confirmação da hipótese diagnóstica deve ser feita através de testes laboratoriais ou mais raramente por outras formas de exames complementares e um dos métodos de confirmação diagnóstica utilizados em Parasitologia Médica é a pesquisa visual através do microscópio (GAZZINELLI).

Existem diversos tipos de microscópios, dependendo da função para a qual se destinam. O microscópio de luz óptico comum que usamos para o diagnóstico tem uma parte mecânica com os seguintes componentes: braço ou estativa, ao qual estão ligados o mecanismo coaxial e bilateral de focalização macro/micrométrica, o revólver, o corpo binocular com ajuste interpupilar, o diafragma-íris, o parafuso do

condensador, o parafuso de avanço lateral frontal do carro ou charriot, o porta-filtro, a presilha ou garra de lâmina, a platina e a base ou pé do equipamento. Há uma parte situada acima da platina e que corresponde ao sistema para aumento e resolução, composta por prismas, lentes oculares e objetivas. Outra parte, abaixo da platina, serve para a iluminação, possuindo fonte de luz incorporada e regulável ou sistema convencional com espelho (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

Geralmente, o microscópio é equipado com um ou dois pares de lentes oculares – para ampliação de 10 vezes (10x) e/ou 7x. O corpo binocular possui prismas que, após realizado o ajuste da distância interpupilar, levam a imagem ao observador. As objetivas formam a imagem dos objetos aumentadas pelas lentes oculares, adaptadas numa peça circular chamada revólver. São em número de quatro e proporcionam aumentos de 4x, 10x, 40x e 100x (este último necessita de imersão em óleo adequado para que o índice de refração seja igual para a lâmina de vidro e o óleo permitindo a entrada de um grande cone de luz na objetiva, assim permitindo uma melhor resolução). A ampliação final da imagem é o resultado do produto das ampliações produzidas pelas oculares e objetivas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

6 DISCUSSÃO

6.1 Trichomonas vaginalis

O Trichomonas vaginalis é uma célula tipicamente elipsóide, piriforme ou oval em preparações fixadas e coradas. As condições físico-químicas (por exemplo: pH, temperatura, tensão de oxigênio e força iônica) afetam o aspecto dos organismos, que não possuem a forma cística, somente a trofozoítica. O T. vaginalis possui quatro flagelos anteriores e uma membrana ondulante que se adere ao corpo pela costa. O axóstilo é uma estrutura rígida e hialina, formada por microtúbulos, que se projeta através do centro do organismo, prolongando-se até a extremidade posterior. O núcleo é elipsóide, próximo à extremidade anterior. Esse protozoário é desprovido de mitocôndrias (MACIEL; TASCA; CARLI, 2004).

Figura 1 - Trichomonas vaginalis

1)4 flagelos anteriores 2) membrana ondulante 3) núcleo 4) axóstilo

Fonte: REY, Luís. Instituto Oswaldo Cruz Departamento de Medicina Tropical, Rio de Janeiro.

6.2 Giardia lamblia

Ao longo do ciclo de vida este parasita adquire duas formas morfologicamente distintas, o quisto (forma infectante, no ambiente) e o trofozoíto (no intestino do hospedeiro). O quisto apresenta uma forma elíptica ou oval. Este encontra-se protegido por uma parede espessa e rígida, possuindo ainda mais duas membranas internas. No seu interior existem corpos medianos, o seu estado de maturidade pode ter dois núcleos (imaturo) ou quatro núcleos (maturo), sendo uma célula tetraploide (SERRANO, 2011).

A forma vegetativa, o trofozoíto, é piriforme, com simetria bilateral.Os quatro pares de flagelos (anterior, caudal, posterior e ventral) emergem dos corpos basais, que estão localizados perto do núcleo. A sua função está relacionada com a

mobilidade do trofozoíto, mas também pode impedir que os trofozoítos sejam arrastados pelos movimentos peristálticos intestinais (SERRANO, 2011).

Um importante constituinte do citoesqueleto é o disco ventral, sendo este considerado uma estrutura exclusiva do gênero Giardia, ocupando a superfície ventral anterior. É indispensável para a sobrevivência do parasita, pelo fato de ser a única estrutura que permite a sua aderência ao intestino do hospedeiro (SERRANO, 2011)

Figura 2 - Ilustração do trofozoíto de Giardia lamblia (Adaptacão de Faubert, 2000).

Fonte: Clin. Microbiol. Rev. vol. 13, 2000.

6.3 Trypanossoma cruzi – Tripomastigota, amastigota, epimastigota

Em seu ciclo, o Trypanossoma cruzi apresenta três formas evolutivas, as quais são identificadas morfologicamente pela posição do cinetoplasto (organela com estrutura mitocondrial que contem parte do DNA do protozoário) com relação ao núcleo da célula e à emergência do flagelo (BRENER,1997).

No

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