O Laboratório de Bioquímica
Por: Dought • 23/2/2019 • Trabalho acadêmico • 793 Palavras (4 Páginas) • 280 Visualizações
UFAL - Universidade Federal de Alagoas
IQB – Instituto de Química e Biotecnologia
Aluno: Douglas da Silva Santos
Bioquímica Geral
A verdade sobre o Trigo.
Quando pensamos em trigo, primeiramente, lembramo-nos de pão, mas tal grão atinge uma área muito mais vasta de utilização/aplicação, como por exemplo, nas cervejas, massas, bolinhos específicos, biscoitos, etc. O trigo é uma gramínea cultivada mundialmente, teve um papel essencial na nossa civilização, e possui 6 espécies mais comuns, sendo classificado como a segunda maior cultura de cereais, sendo o milho, o primeiro.
O trigo é uma planta resistente e adaptável, podendo ser cultivada em lugares diferentes, como em locais secos ou com altos índices pluviométricos, o que a faz ter unicidade, superando muitas outras culturas. Um grão de trigo, possui 3 partes principais: camada externa (casca), núcleo do grão (germe) e endeosperma (armazenagem de carboidratos complexos e proteínas que atuam juntas para produzir o glúten). O glúten é uma proteína com qualidades elásticas, o que dão boas características aos pães, biscoitos e afins, por ele produzidos.
Os cultivares de trigo são classificados segundo a estação do ano em que crescem (trigo de inverno ou trigo da primavera) e pelo conteúdo em glúten (trigo duro elevado conteúdo em glúten) ou trigo macio (elevado conteúdo em amido). Da semente à colheita, a plantação precisa receber uma grande atenção, almejando um produto bom e nutritivo, pois tanto o seu amadurecimento, quanto o tempo em que passa no campo, trazem riscos.
Até chegar ao topo, de alimentos mais cultivados e consumidos no mundo, o trigo passou por muitas alterações genéticas (hibridizações), com o intuito de se obter boas características, qualidades e aumento de produtividade, atendendo cada vez mais a avidez do seu consumo. Essas hibridizações provocaram um aumento significativo na concentração de glúten no grão de trigo, além do aparecimento de novas proteínas. A partir daí, então, a população que o consome, principalmente o consumo em excesso, começou a apresentar mau funcionamento do corpo, e isso se deve ao fato de que o trigo não é mais o mesmo cereal de 50 anos atrás, e atualmente apresenta inúmeras modificações.
Desenvolvido para fins comerciais, a produtividade e o fácil cultivo da planta são postos acima de sua saúde, na qual remete ao uso abusivo de agrotóxicos, que após absorvido pela mesma, será passado para o organismo do consumidor, o que posteriormente trará complicações, até mesmo em seus genes, passando de geração à geração. A fertilização química deixa a comida e plantações deficitárias em minerais, elementos-traço e micronutrientes vitais, porque o solo não recebe esses nutrientes, ou seja, se desertifica. O glifosato, um dos herbicidas que geralmente é usado no trigo, faz muito mal para o corpo, causando problemas digestivos diversos, isso porque sua ação é eficiente contra plantas e bactérias, e o corpo humano tem dez vezes mais bactérias, que células humanas, bactérias essas responsáveis, de forma geral, pela nossa sobrevivência. Há uma superprodução de trigo, e consequentemente, por sua disponibilidade, um consumo exagerado principalmente pela capacidade de o grão provocar prazer, alterando o comportamento e tem a capacidade de gerar uma crise de abstinência quando eliminado da alimentação, esse desapego e os riscos do consumo acarretam uma sociedade cada vez mais doente.
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