A Educação Física Escolar, Esporte e Inclusão
Por: Nadia Ramos • 17/4/2023 • Trabalho acadêmico • 1.646 Palavras (7 Páginas) • 117 Visualizações
Educação Física Escolar, Esporte e Inclusão
Atualmente muito se fala de inclusão de crianças portadoras de necessidades educativas especiais no ensino regular, de modo a propor uma integração favorável aos mesmos em sua formação educacional em conjunto aos alunos considerados normais. Por diversos motivos se busca tal integração, uma vez que todos têm os mesmos direitos perante a sociedade, e que essa inclusão se torna benéfica ao desenvolvimento dos alunos com tais necessidades, pelo motivo de não serem isolados apenas com outros que possuem as mesmas necessidades, mas sim de aprender a conviver com as diferenças dos demais alunos. Desta forma o presente artigo teve como objetivo buscar apresentar as possibilidades e desafios de se incluir estes alunos no ensino regular, embasado numa revisão literária. Sendo assim o presente artigo mostrou que apesar de a lei existir e de que o governo se diz empenhado para essa inclusão, fica a questão de que para isso não basta apenas projetos no papel, mas sim um empenho por parte e todos, assim como professores especializados para lidar com essas diferenças, estrutura física e matérias nas escolas e uma proposta pedagógica polivalente.
Tal colocação parece tão simples a ponto de se imaginar que apenas o aluno frequentando o ensino regular ele irá obter o desenvolvimento esperado e ou adequado de acordo com sua deficiência, mas a Educação Especial engloba uma imensa diversidade de necessidades educativas especiais, assim como uma equipe multidisciplinar, composta pelos mais diversos profissionais e especialistas. Seu objetivo principal é promover uma melhor qualidade de vida àqueles que, por algum motivo, necessitam de um atendimento mais adequado à sua realidade física, mental, sensorial e social. A educação especial deve ser vista no contexto da educação geral, ou seja, o portador de necessidades especiais deve ser atendido no mesmo ambiente que o não portador. A esta tendência contemporânea chamamos de Educação Inclusiva, uma vez que o portador de necessidades especiais é inserido em classes regulares de ensino, sendo tão digno e merecedor da educação como qualquer outra pessoa.
Educação física escolar vem sendo transformada a cada ano, pois desde seu surgimento que era de caráter militar e higienista, onde se buscava apenas indivíduos saudáveis para que pudessem servir seu país, mas atualmente se tem uma outra visão da educação física onde se busca não apenas para fins de vigor e força, mas para formação do individuo como um todo. Partindo desta visão nota-se um novo foco para seus conteúdos, assim como novos conteúdos muito além daqueles restritos onde se almejava apenas vigor físico. Educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, sendo que o conteúdo a ser desenvolvido na escola vai muito além da pratica desportiva, como dança, jogos, lutas, exercícios ginásticos, esporte entre outros, onde tanto alunos considerados normais quanto os com necessidades especiais possam participar efetivamente de todos os conteúdos.
A educação física escolar também deve ser compreendida, como uma ferramenta de construção e transformação, seja ela individual ou coletiva, buscando transpor a barreira da desigualdade social, do exercício da justiça e liberdade, da construção de atitudes éticas, cooperação e solidariedade, assim como diferenças físicas e psíquicas.Portanto, para promover a igualdade em oportunidades e respeito às diferenças, a Educação Física Inclusiva surge no país e a partir disso os professores, funcionários e demais estudantes, antes de tudo, precisariam ser instruídos de melhor forma para acolherem todos os tipos de alunos.
Existem duas linhas na educação física quando se trata de pessoas com deficiência: a educação física adaptada e a educação física inclusiva. As duas modalidades dependem mais dos educadores que dos alunos. Na educação físicaadaptada, os estudantes com deficiência praticam atividades físicas separadamente dos colegas. Já na educaçãofísica inclusiva, todos participam das mesmas atividades propostas.
Ambas têm objetivos iguais de desenvolvimento dos estudantes, mas diferem na maneira de fazê-lo. A prática dos esportes convencionais na Educação Física Adaptada provoca mudanças de regras à maneira que atenda cada tipo de deficiência.
Entre os diversos benefícios, podemos citar:
- Melhoria na coordenação motora e autoestima
- Contribuição para a inclusão social;
- Redução do estresse;
- Prevenção de doenças do coração e respiratórias.
- Geração de mais empatia
Para estudantes com deficiência e que integram a área da educação física adaptada, a inclusiva – por abranger todos os alunos -, tira o foco no esporte competitivo e favorece o convívio social e o bem-estar do grupo. A aula adaptada pode ocorrer havendo ou não alunos com deficiência e nesse caso, a aplicação de conteúdo de jogos adaptados serve para mostrar como pessoas com deficiência se sentem e as dificuldades e desafios que encontram. Assim, quando for preciso incluir na turma um aluno com deficiência, os outros estudantes e o professor já estarão mais preparados.
Primeiro o professor precisa estar ciente da vivência e dificuldades do estudante e definir um objetivo a ser alcançado, além dos métodos que utilizará. A proposta é que contemple o maior número de práticas corporais e conhecimentos a partir de conteúdos explorados em jogos e brincadeiras.
Situação Problema
O Handebol aponta as principais qualidades físicas necessárias para a prática, são elas: força, potência, resistência, velocidade, agilidade, flexibilidade, coordenação, destreza e equilíbrio.
Para o teste de força, Roberto levou para escola uma bola de 2 kg e pediu para que os alunos arremessassem para o gol, assim avaliando o aluno com a força do arremesso. Cada aluno terá três tentativas de arremesso.
No teste de potência, partindo de uma linha demarcada, Roberto pediu para que os alunos fossem para uma área demarcada e assim, deverá se colocar em pé atrás da linha, pés um pouco afastados e paralelos, com as pontas dos pés atrás da linha também, e então executar um salto para frente, estendendo o quadril, joelhos, tornozelos e lançando os braços para frente para aumentar o impulso e assim, alcançar a máxima projeção do corpo. Marcando a distância da linha de salto até onde o calcanhar do aluno encostou. Cada aluno terá três tentativas para cada salto, sendo registrado o melhor resultado.
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