Iniciação da Natação

Capitulo 1 – Ambiente e equipamento de ensino

Geralmente é difícil definir a quantidade exata de alunos, pois temos que levar em conta a dificuldade de cadê um e por este motivo de serem iniciantes quanto menor a quantidade melhor.

O número depende do tamanho da piscina, pois a parte rasa pode ser funda para quem não sabe nadar. Sabendo que devemos observar os alunos e assim podemos diferenciar a dificuldade de cada um. A quantidade ideal de nadadores iniciantes é de 6 a 12 para observar o nível de dificuldade e assim identificar se os nadadores na turma e em seguida utilizar os equipamentos necessários para a aprendizagem.

Também é importante uma sequência de aula num curto período para agilizar o desenvolvimento de cada aluno, mas sempre acompanhando o tempo de cada aluno.

A profundidade e o tamanho da piscina são fatores a ser planejado em aulas de iniciantes, piscinas rasas de 450 – 600m é o ideal .

Todo aluno precisa de profundidade para nadar, devem estar com os pés apoiados no fundo da piscina para conseguir saltar, virar, nadar e praticar.

A divisão da piscina é feita em duas partes sendo uma com raias e flutuadores, facilitando e sinalizando as áreas rasas.

O revezamento significa nadar de uma borda a outra tendo a saída de um parceiro de uma maneira parecida assim sucessivamente, com o objetivo de somente praticar. O nadador cruza a piscina a uma distância pré-determinada que com o impulso ou mergulho atinja ou ultrapassa o meio da distância.  A prática do mergulho deve ter a segurança e a prevenção necessária de acordo com a profundidade da piscina para que não ocorram acidentes.

Durante as aulas é necessário transmitir informações com materiais que podem esclarecer a atividade, salvamento e manobras de sobrevivência com diversas sequencias que pode ajudar a explicar e a ilustrar as atividades.

Uma ótima técnica de ensino que é a utilização de bonecos para demonstrar a importância dos equipamentos que utilizamos na piscina (EX: raias, varas, etc.) esses equipamentos trazem segurança e ajudam nos momentos de dificuldades dos nadadores e dando certa liberdade dentro d’água.

O professor pode manter o grupo inteiramente ocupado utilizando o método de propulsão e com isso os alunos podem descansar sobre boias trazendo certa segurança para serem transportados na água, mesmo que seja fundo. Os materiais são importantes para o ensino e deslocamento com segurança

Capitulo 2 – Técnicas de ensino

O professor durante a aula deve sempre manter o senso de humor fazendo com que seus alunos se divirtam, percebendo que nadar é divertido. Para que isso aconteça o professor deve usar brincadeiras sempre usando a imaginação.

Professores devem sempre elogiar e encorajar seus alunos, criando uma atmosfera leve e fazendo que seus alunos voltem nas próximas aulas.

Quando está ensinando sempre fique em pé para que os alunos enxerguem o professor e vice e versa. Ao explicar as instruções o professor deve falar lenta e claramente com frases e palavras de fácil acesso, suas informações devem ser limitada para o bom entendimento dos alunos.

Toda aula deve ser planejada, assim terá uma sequência para que o professor e o aluno não se percam, assim a aula flui bem e o professor consegue ver os progressos de seus alunos.

O ensino dos estilos deve ser feita separadamente, a técnica do braço com a respiração e logo em seguida a técnica da pernada ou vice e versa. Quando o professor ver que seus alunos estão executando bem as partes separadas, o aluno já está pronto para nadar  o estilo completo com braços e pernas juntos.

Professores devem saber executar perfeitamente cada estilo, pois seus alunos vão “imitar” ele em aula. Uma boa técnica para que o estilo saia com uma execução perfeita o professor deve treinar na frente do espelho ou pedir ajudar para outro profissional, corrigindo alguns erros que estiver.

Depois que os alunos conseguem adequadamente os estilos propulsão ventral e dorsal, os professores devem decidir qual estilo especifico tem que ser ensinado na atividade do planejamento.

A característica predominante dos estilos que ditam os processos de deslocamento na água é a respiração, pois se o nadador não conseguir respirar conforme a energia que está sendo usada a possibilidade de ir mais longe seria menor, pois se cansaria mais rápido.

Muitos nadadores começam com o nado peito, pois nadam de forma tranquila com a cabeça permanecendo alta e o rosto em cima da água, como as condições são favoráveis os nadadores respiram facilmente em relação ao timing. Um nadador pode também executar o estilo costa com o rosto fora d’água, assim podendo respirar normalmente sem problema algum, quando a aprendizagem é inicial a respiração não tem um momento oportuno.

No nado crawl encontra-se um problema, pois para executar o estilo corretamente na posição horizontal e estendida, o nadador terá que manter seu rosto sobre a água e de forma cadenciada.

Já o estilo borboleta é realizado frequentemente com a mesma forma de respiração de todas as habilidades já faladas.

O professor ao examinar os outros fatores deve levar em consideração o primeiro estilo de fácil respiração, iniciando a ação das pernas no estilo peito, pois o aluno tem uma dificuldade em seus movimentos com as pernas. Nadadores no estilo peito são raros, pois é possível que bons nadadores sejam natos e não trabalhados para poderem atingir a sua forma no batimento de uma capacidade natural.

Existem escolas que sugerem o batimento de pernas seja ensinado como o primeiro movimento na água, pois o nadador tem as mesmas chances de desenvolver o medo do batimento circular. É difícil comprovar essa teoria.

Se considerarmos a ação de pernas do crawl e costas por prejudicar a movimentação correta dos batimentos do estilo peito, temos que levar em consideração o fato de que a própria ação natural de andar seja muito semelhante com os movimentos alternados e verticais do crawl, já se movimentando suas articulações de maneira natural como o fato de andar varias vezes antes de ter entrado em uma piscina. Os movimentos das pernas não são prejudiciais, pois se fossem o número de nadadores de peito seria bem menor.

Outro estilo que apresenta alguns problemas iniciais é o nado costas, apesar de que os batimentos de pernas serem naturais e o rosto permanecem fora d’água, é considerado como uma vantagem. A tendência de verticalidade da ação de recuperação dos braços tende a afundar, o nadador é menos eficiente. Alguns alunos se sentem inseguros por ficar na posição de decúbito dorsal na água.

É permitido que os nadadores tentassem três ou quatro estilos diferentes, fazendo sua própria escolha sobre qual estilo. Durante o exercício dever ser mínima a quantidade de instruções, esse método de ensino é conhecido como multistilo também considerado de grande sucesso.