O CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

 

 

 

GRUPO GALILEU DIII

SALTO VERTICAL

 

 

 

Disciplina: Biomecânica

Prof. Dr. Felipe Carpes

 

 

Uruguaiana

Julho/2018

INTRODUÇÃO

        A Biomecânica representa o estudo da mecânica dos tecidos biológicos, ou seja, seu objeto de pesquisa é o corpo e suas relações com a física. Ela pode contribuir no treinamento da técnica, na aprendizagem motora, no controle do treinamento e na prevenção de lesões, sendo imprescindível para a atuação de profissionais na área do Esporte e da Fisioterapia (MENZEL, 2007, p.1).

O salto é uma habilidade fundamental presente em diversas modalidades esportivas como determinantes do rendimento do atleta (MENZEL e CAMPOS, 1999). Em função da sua velocidade acentuada, superior à do correr e do andar, durante o salto são produzidas forças de magnitudes que podem superar 20 vezes o peso corporal do saltador, e que acontecem num intervalo de tempo muito pequeno.

Este trabalho busca enfocar o estudo do salto vertical, especialmente nos esportes coletivos como basquetebol ou voleibol, que além da sua própria importância como gesto motor de várias modalidades desportivas, é parâmetro indispensável para a avaliação da potência de membros inferiores.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As grandes forças geradas durante o salto são quase que exclusivamente aplicadas na estrutura ósteo-articular do aparelho locomotor. Dada esta característica, cuidados quanto à prescrição da atividade e da manipulação com fatores externos devem ser ainda mais acentuados para o salto. Podemos destacar a importância dos saltos verticais na minimização do impacto da aterrissagem do indivíduo e consequente diminuição dos riscos de lesão (SHMIDTBLEICHER, 1992).

Dentro de uma gama enorme de atividades desportivas: futebol, basquetebol, voleibol, handebol, atletismo dentre outros, encontramos um elemento em comum e de grande importância, “a capacidade de impulsão ou capacidade de salto”.

O salto é resultado da aplicação de uma força dinâmica com o intento de conseguir que o corpo possa alçar vôo. “Entende-se por força dinâmica como aquela que pode ser desenvolvida voluntariamente durante movimentos específicos. A força dinâmica em forma de força de impulsão caracteriza-se pelo empenho em movimentar uma massa da maneira a mais explosiva possível (Hollmann e Hettinger 1983)”.

Segundo Durward, Baer e Rowe (2001) para um salto vertical e uma sequência de aterrissagem, o sujeito geralmente começaria na posição vertical reta e a atividade de saltar seria iniciada pela flexão do quadril e do joelho. Quanto mais baixo estiver o centro de massa, mais distância estará disponível para a fase de 5 propulsão. Conforme o corpo é acelerado para cima, os quadris e joelhos estendem-se com a produção de forças no solo. Quando os membros estão completamente estendidos (incluindo a flexão plantar da articulação do tornozelo), o corpo se levanta e a fase de vôo começa. Dependendo da quantidade de trabalho realizada pelos músculos, o corpo perderá contato com o solo com certa velocidade de decolagem. Esta será reduzida pela ação da aceleração gravitacional (9,81 m/s2), e uma altura máxima será atingida, após isto o corpo retornará ao solo e a fase de aterrissagem será iniciada.