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Resenha História do Futebol

Por:   •  25/10/2015  •  Resenha  •  945 Palavras (4 Páginas)  •  875 Visualizações

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História do Futebol

Ao contrário de outros esportes o futebol não foi inventado por uma demanda a partir de outras modalidades esportivas, mas segundo os historiadores houve uma evolução de diversos jogos com bola da antiguidade, até finalmente se chegar ao futebol moderno na Inglaterra, a partir de 1848, com a sistematização das primeiras regras.

No Brasil por falta de registros históricos não é possível precisar quando ocorreram os primeiros jogos com bola, porém o futebol foi trazido por Charles Muller em 1894, após finalizar seus estudos na Inglaterra, inicialmente foi praticado pelos jovens das elites brasileiras, do Rio de Janeiro e São Paulo, onde surgiram os primeiros clubes de futebol.

Segundo fontes históricas, em 14 de abril de 1895 foi realizada a primeira partida de futebol do Brasil, entre equipes de trabalhadores de indústrias inglesas. O primeiro clube destinado à prática do futebol foi criado em São Paulo no ano de 1898, chamado de Associação Atlética Mackenzie College. Além de elitista o futebol também era racista, pois durante a formação do Estado brasileiro, a prática da segregação racial foi uma política deliberada de Estado. Segundo Corrêa (1985), somente após a vitória na copa de 1958, na Suécia, os negros foram mais valorizados no futebol brasileiro.

Apesar da forte resistência burguesa, a democratização do futebol ocorreu gradativamente. A Revolta da Vacina em 1904, foi um marco importante e influenciou a democratização do futebol. Com o aumento da popularização do futebol, ele começou a ser praticado nas ruas, praças e terrenos baldios com bolas de meia e de borracha, com isso diversos times de “esquina” começaram a surgir e surgiram também os jogadores operários, iniciando a fase amadora do futebol brasileiro, bem como a sua popularização. O gosto por esta prática levou os times de fábricas a transformarem-se em clubes de futebol, onde os empresários foram os primeiros financiadores. Não demorou muito tempo para surgirem os jornais especializados. Os conflitos de interesses e o antagonismo das classes sociais sempre estiveram presentes no processo de popularização do futebol brasileiro. Mesmo assim os negros e pobres continuavam a se destacar no esporte, foi quando os clubes da elite acabaram se rendendo aos seus talentos e pagavam salários para eles como funcionários das fábricas, semiprofissionalismo. Este formato era interessante apenas para os clubes, que obtinham arrecadações elevadas e os jogadores continuavam sendo explorados.

Esta situação se estendeu até os anos 30, onde aumentaram as pressões para ocorrer a profissionalização do futebol. Com a profissionalização do futebol, foram ampliadas as oportunidades de trabalho e viabilizou-se a formação de equipes mais competitivas, além de vincular aos jogadores aos contratos. Apesar da grande resistência elitista, os clubes dos subúrbios começavam a apresentar bons jogadores e levar grandes públicos aos jogos, como o Vasco da Gama no Rio de Janeiro. As disputas entre os clubes tornaram-se mais acirradas, bem como a disputa pelos melhores jogadores. O presidente Getúlio Vargas para conter o avanço político da classe trabalhadora e da esquerda, regulamentou uma serie de profissões, inclusive a de jogador de futebol, que a partir desse momento tornavam-se empregados dos clubes. Em 1940 a maior parte dos jogadores tinham origem social na classe trabalhadora.

Após 1950, onde a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, apesar da derrota para o Uruguai, o esporte entrou para o cenário cultural como um grande espetáculo de massa, consolidando-se por uma maior presença dos meios de comunicação e divulgação dos eventos. Com as conquistas das copas de 1958 e 1962, o futebol tornou-se uma grande mercadoria da indústria cultural brasileira. Ao se transformar em mercadoria, o futebol exige cada vez mais alta performance e bons resultados a qualquer custo, sendo assim o futebol é mais um produto de consumo e uma nova forma de acumulação de capital, tendo papel de destaque no setor de serviços e na indústria de entretenimento.

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