TREINAMENTO FUNCIONAL: ESPECIFICIDADES DO TREINAMENTO FUNCIONAL RESISTIDO E SUAS CARACTERISTICAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA DE GOIÁS

GINÁSTICA III

TREINAMENTO FUNCIONAL: ESPECIFICIDADES DO TREINAMENTO FUNCIONAL RESISTIDO E SUAS CARACTERISTICAS

Acadêmicos: Matheus Ferreira de Faria

([e-mail])¹

Marcelo De Souza Batista

([e-mail])²

RESUMO

O tema desse artigo é a especificidade do treinamento funcional resistido, trata-se de uma revisão de literatura que tem como objetivo levantar os elementos que constituem o treinamento funcional. Utilizou-se da revisão de literatura onde foram consultados conhecimentos relativos ao assunto em estudo, através de livros e artigos publicados. A partir do dialogo com a literatura apresentamos as principais definições sobre o treinamento funcional que tem como objetivo melhorar as capacidades funcionais.

INTRODUÇÃO

A partir desse artigo, traremos uma breve explanação em relação aos elementos e características que compõem o treinamento funcional, tentando salientar as valências físicas, áreas de aplicação e objetivos dessa prática corporal.

Nosso objetivo principal é salientar os elementos constituintes do treinamento funcional para melhor esclarecer suas características e possibilidades.

Para construirmos esse artigo utilizaremos o método de pesquisa "revisão bibliográfica", por acreditarmos que, por ser uma área com poucas publicações, discussões e atuações, esse método seria o mais eficaz em nossa busca por esclarecimentos.

DESENVOLVIMENTO

O Treinamento Funcional, assim como o treinamento em si, é milenar, sendo difícil determinar uma data, criador ou localização de seu início. Mas o treinamento funcional tem como objetivo de melhorar as capacidades funcionais. Segundo (CAMPOS  e CORAUCCI NETO. 2004) 

“A capacidade funcional do corpo humano é a habilidade de realizar as atividades normais da vida diária com eficiência e independência, e o treinamento funcional resistido visa melhorar esta capacidade.” (CAMPO e CORAUCCI NETO, p.45. 2004) 

É grade a diversidade de atuação do treinamento funcional, assim treinamento funcional tem por característica resgatar através de um programa de treinamento individualizado e específico a capacidade funcional do indivíduo, independente de seu nível de condição física e das atividades que ele desenvolva. Utilizam-se exercícios que se relacionam com a atividade específica do indivíduo e que transferem seus ganhos de forma efetiva para o seu cotidiano, assim o Treinamento funcional torna o desempenho, fator até então restrito somente aos atletas, acessível a qualquer pessoa, condicionando todas as suas capacidades físicas (D´ELIA e D´ELIA, 2005)

Outra forma de se pensar o treinamento funcional esta nas atividades diárias no qual, o Treinamento Funcional busca a transferência dos movimentos executados durante o treino para as atividades cotidianas, para isso é importante o uso de exercícios com o mesmo tipo de contração, coordenação, velocidade, amplitude de movimento e posição. Pela lei da especificidade, para melhorar o desempenho numa atividade física o exercício precisa ser o mais similar possível da atividade propriamente dita. Portanto quanto mais semelhante o exercício é da atividade real, maior a probabilidade de que as melhorias nas funções aplicadas nos esportes, em casa ou no trabalho irão acontecer desse modo percebe-se a importância do treinamento funcional aplicado tanto para o desenvolvimento de habilidade básica que possa oferecer uma melhoria na execução de atividades diárias. (LIEBENSON, 2006b)

Outra vertente em que o treinamento funcional pode se orientar é o Treinamento Funcional com Cargas, que segundo PEREIRA, et AL (2012):

O treinamento funcional com cargas (TFC) vem se consolidando como uma estratégia empregada não apenas com o objetivo de promover o aprimoramento do desempenho físico, mas também voltado ao processo de reabilitação e prevenção de lesões (Peate, Bates, Lunda, Francis, & Bellamy, 2007). Segundo Hibbs, Thompson, French, Wrigley e Spears (2008), o TFC consiste em um conjunto de movimentos multiarticulares caracterizados por níveis de alta e baixa intensidade, que são realizados visando tanto a melhoria do controle, estabilidade e coordenação motora, via modulação do sistema nervoso central (core stability), como o aumento da massa muscular (core strength), sendo esta considerada uma adaptação ao treinamento de sobrecarga. (Pereira, et al. 2012. p.43)