A Infecção do Trato urinário

As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são aquelas adquiridas pelo paciente durante o tempo hospitalizado, podendo se manifestar no decorrer do tratamento ou logo após a alta. Na contemporaneidade, a IRAS ainda é um problema frequente nos hospitais do Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, é estimado que o índice de infecções contraídas por meio da assistência prestada ao paciente atinja 14% das internações. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). A infecção do trato urinário (ITU) é um quadro infeccioso caracterizado pela presença equivalente ou superior de 100.000 unidades formadoras de colônias bacterianas por ml de urina, podendo se manifestar tanto em homens como em mulheres, mas apresentando uma prevalência no sexo feminino, isto provém dàs circunstâncias anatômicas. A ITU sucede em pacientes diabéticos, durante a gestação ou em decorrência do uso de cateter vesical de demora. (REV ASSOC MED BRAS, 2003 e Ginecologia: fundamentos e avanços na propedêutica, diagnóstico e tratamento de José Mendes Aldrighi, Vilmar marques de Oliveira, André Lima de Oliveira). Segundo a Anvisa, a ITU está associada em 35% a 45% dos casos de todas infecções adquiridas no ambiente hospitalar, e 80% delas são relacionadas ao uso do cateter vesical de demora. E cerca de 16% a 25% dos enfermos em permanência no hospital serão submetidos ao cateterismo vesical, e em muitos casos sem a necessidade comprovada do uso do método. (ANVISA, 2017). A princípio, os agentes etiológicos causadores da ITU pertencem à microbiota do próprio indivíduo, sendo de extrema importância o controle do período que o paciente permanece com a sonda, uma vez que quando usado além do tempo necessário, possibilita a formação de colônias bacterianas. (ANVISA, 2017). Devido a alta porcentagem de quadros infecciosos decorrentes, torna-se necessário à sua precaução, além do mais quando esse fator afeta diretamente sobre o aumento de morbidade, mortalidade, tempo de internação e no custo do tratamento. Ter conhecimento sobre o problema é o primeiro passo para evitá-lo, sendo a análise do método de cateterismo vesical fundamental para a identificação dos erros cometidos na hora da realização da técnica. Também é de extrema importância orientar de forma correta o enfermeiro que irá executar o procedimento.

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