AIDS: uma revisão de literatura
Por: Manu1986 • 16/11/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 3.538 Palavras (15 Páginas) • 588 Visualizações
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CURSO DE ENFERMAGEM
ANDREZA AMORIM
ANNA KAROLINA SMERA
EMANUELLA FREITAS
JOBEMARA NUNES
KARLA NANCY MACHADO
LAURENE RIOS
NADIA MARQUES
PAULO FABRÍCIO
TARCILA ANDRADE
AIDS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Feira de Santana
2010
ANDREZA AMORIM
ANNA KAROLINA SMERA
EMANUELLA FREITAS
JOBEMARA NUNES
KARLA MACHADO
LAURENE RIOS
NADIA MARQUES
PAULO FABRÍCIO
TARCILA ANDRADE
AIDS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Atividade apresentada à Faculdade Nobre (FAN) no curso de Enfermagem como requisito parcial para a avaliação da disciplina Anatomia Humana Geral – BIO001, ministrada pela docente Rejane Nunes Lopes de Oliveira.
Feira de Santana
2010
Introdução
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) assim classificada na época de sua descoberta (início da década de 80) é uma doença caracterizada por diversos sintomas, por afetar o sistema imunológico do portador. Inicialmente, as primeiras vítimas foram os homossexuais, motivo pelo qual a AIDS foi denominada “peste gay”. Posteriormente, com a sua propagação, prostitutas, usuários de drogas, moradores de rua ou qualquer pessoa que adotasse um estilo de vida inadequado aos modelos da sociedade tornaram a ser apontados como grupos de riscos ou portadores potenciais, favorecendo assim o preconceito.
Atualmente sabemos que a AIDS é uma grande pandemia e que todos os indivíduos são propensos ao contágio, independente de raça, sexo, faixa etária, estilo de vida, condições sócio-econômicas, etc. Embora, os medicamentos disponíveis ainda não possuam o caráter curativo, estes favorecem o aumento da sobrevida e da qualidade de vida do portador do vírus, com a diminuição das doenças oportunistas.
O papel do enfermeiro frente ao individuo infectado pelo vírus é viabilizar ações educativas de prevenção, promoção da saúde e cuidados a estes portadores do HIV/AIDS, visto que pouco se evoluiu no aspecto de prevenção da doença.
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi identificada em meados de 1981, nos EUA, a partir da ocorrência de pneumonia por Pneumocytis carinii e comprometimento do sistema imune em um elevado número de indivíduos jovens, homossexuais do sexo masculino, sexualmente ativos, anteriormente saudáveis e moradores de São Francisco. Pouco tempo depois, surgiram relatos de casos em Nova Yorque, também em pacientes homossexuais que apresentavam um tumor extremamente raro, o sarcoma de Kaposi (SK). Em 1983, o agente etiológico dessa nova doença foi identificado: tratava-se de um retrovírus humano, atualmente denominado vírus da imunodeficiência humana, HIV-1 e em 1986 foi reconhecido um segundo agente etiológico também retrovírus, estreitamente relacionado ao HIV-1, denominado HIV-2. (LIMA, 2006; FLASKERUD, 1992)
Já no Brasil, os primeiros casos de AIDS confirmados foram em 1982, no estado de São Paulo. Para mensurar o número de casos de AIDS entre brasileiros, utilizaram-se os dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde - 80/09, que fornece informações desde o início da década de 1980 até junho de 2009. Neste período, foram registrados 544.846 casos de AIDS, onde 217.091 mortes ocorreram em decorrência da doença. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de AIDS. Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas no país. Do total de casos da AIDS, a região Sudeste é a que tem o maior percentual (59,3%) do total de notificações, com 323.069 registros da doença. O Sul concentra 19,2% dos casos, com 104.671 notificações; Nordeste (11,9%), com 64.706; Centro-Oeste, (5,7%), com 31.011; e Norte (3,9%), com 21.389. (anexo 1) (PINTO, et.al., 2005; Ministério da Saúde)
De acordo com o Programa Nacional de AIDS, a infecção pelo HIV começou a ser observada na metade do século XX. Os relatos iniciais contam que a doença surgiu na África Central e, provavelmente, pela mutação do vírus do macaco. Algumas experiências comprovam que o elo perdido na passagem dos primatas para o homem parece estar relacionado com a questão da manipulação de carnes de chimpanzés infectados na África. A doença, então levada para pequenas comunidades da região central, disseminou-se pelo mundo todo com a globalização. (PINTO, et.al., 2005)
Com base nesse relato de transmissão, o vírus da AIDS teria passado do macaco (principalmente o macaco verde) para o homem pelo contato íntimo desses animais com os nativos africanos, quer por arranhaduras ou mordidas, quer pelo hábito dessas populações ingerirem como alimento a carne do macaco mal cozida, contendo em seus tecidos e fluidos (sangue, secreções) o vírus causal da doença. No entanto, essa justificativa aplica-se somente para o vírus HIV-2 que é de origem africana, mas a origem do HIV-1 ainda é incerta. (PINTO, et.al., 2005)
A epidemia da AIDS no Brasil é identificada a partir de três propensões relevantes. Em primeiro lugar, há relativa tendência de expansão do número de casos entre as populações com baixo nível de renda e escolaridade, atingindo camadas sociais sem nenhuma ou quase nenhuma proteção social, tendência que é denominada como a “pauperização” da epidemia brasileira. Em segundo lugar, apesar de os casos se concentrarem nas áreas urbanas e regiões metropolitanas, verificam-se um processo de interiorização da infecção no País, para municípios de médio e pequeno porte. Por último, e talvez o mais grave, consubstanciando a assim chamada feminização da epidemia, cresce significamente o número de mulheres infectadas pelo HIV. Isso decorre do fato de as mulheres serem biológica, epidemiológica e socialmente mais vulneráveis. (PINTO, et.al., 2005) (Anexo 2)
A AIDS é uma doença que se manifesta pela ação de um vírus, chamado HIV, geralmente essa infecção leva a uma imunossupressão progressiva, especialmente da imunidade celular e a desregulação imunitária. Tais desregulações e supressões imunitárias acabam por resultar em infecções oportunistas, neoplasias e/ou manifestações (demência, trombicitopenia, pneumonia, tubérculos, etc.) que são condições definidoras da AIDS. A transmissão do vírus pode dar-se pela via sexual, pela via sanguínea e de mãe para filho (transmissão perinatal) durante a gestação e na amamentação. O sexo anal receptivo desprotegido é identificado como a prática de maior risco, tanto para homens quanto para mulheres, pois é uma região vascularizada. Não é transmitido através da saliva, pois esta possui enzimas e outras substâncias que inativam o vírus sendo, portanto improvável a transmissão pela mesma. Hoje a principal forma de contagio são as relações sexuais e os maiores números de pessoas infectadas se encontram na categoria heterossexual. (VERONESI, 2004; Ministério da Saúde).
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