ASSISTÊNCIA HUMANIZADA DO ENFERMEIRO (A) NO PARTO NORMAL À MULHER PRIMIGESTA
Por: liva • 8/10/2015 • Trabalho acadêmico • 6.171 Palavras (25 Páginas) • 884 Visualizações
ASSISTÊNCIA HUMANIZADA DO ENFERMEIRO (A) NO PARTO
NORMAL À MULHER PRIMIGESTA
Ednalva Maria de Menezes¹
RESUMO
A humanização do parto vive um novo modelo assistencial à mulher buscando o resgate da naturalidade do ‘’ser mulher’’, trazendo condutas firmadas no conceito de que o parto não é doença. Esse modelo proporciona a mulher participação ativa, com total liberdade para fazer escolhas, relacionadas ao parto, e ao ambiente para o desencadeamento desse processo. O presente estudo trata-se de um artigo de revisão bibliográfica de caráter exploratório do tipo descritivo, tendo como objetivo geral esclarecer de que forma a assistência humanizada interfere na qualidade do parto normal, em especial às mulheres primigestas. Além de discorrer sobre as manobras utilizadas pelo enfermeiro (a) obstetra no pré-parto e parto que possibilitam a assistência humanizada. Nota-se que muitas mulheres possuem pouca ou nenhuma experiência em relação ao primeiro parto, o que contribui para o aumento do estresse, ansiedade, medo, dor e constrangimento, o que pode comprometer o bom andamento do parto. Acredita-se que, o profissional enfermeiro obstetra, através de atitudes humanizadas poderá contribuir de forma positiva para o bom andamento do parto normal diminuído a incidência de complicação no parto e pós-parto em especial á mulher primigesta devido à inexperiência dessas mulheres frente ao processo de parturição.
PALAVRAS-CHAVE: Parto normal. Humanização. Enfermeiro obstetra. Mulher. Primigesta.
¹ Aluna graduada do curso de Bacharelado em enfermagem do Centro Universitário da Bahia ESTÁCIO – FIB
1. INTRODUÇÃO
A humanização do parto vive um novo modelo assistencial á mulher buscando o resgate da naturalidade do ‘’ser mulher’’, trazendo condutas firmadas no conceito de que parto não é doença. Esse modelo proporciona a mulher participação ativa, com total liberdade para escolhas, relacionadas ao parto, e ao ambiente para o desencadeamento desse processo.
A gestação, o parto e o puerpério são experiências marcantes da vida da mulher, e em face desses acontecimentos as expectativas de ter um filho saudável (ou não), de como será o momento do parto (doloroso ou não), aumentam a ansiedade e com ela o medo frente ao desconhecido aflora. Em todas essas fases a mulher tem a necessidade de apoio total, alguém que escute seus medos e angústias e esclareça suas dúvidas a respeito do processo do parto, principalmente nos momentos que antecedem a chegada do neonato, a fim de que suas incertezas sejam minimizadas, sendo este o momento de crucial importância da assistência humanizada.
De acordo com Ximenes (2002, p.503) humanizar é torna-se humano; dar condição humana à; tornar benévolo; afável; tratável; humanas. E ser humano segundo o mesmo autor é relativo ao homem, ou próprio dele, ser bondoso, compassivo e humanitário.
O conceito de humanização do parto mais largamente difundido descreve-o como um processo que respeita a individualidade das mulheres, valorizando-a como protagonista e permitindo a adequação da assistência à cultura, crenças, valores e diversidade de opiniões dessas mulheres. (CASTRO; CLAPIS, 2005, p. 961).
Segundo Rezende (1982, p. 271-272) ‘’o parto está associado ao desenvolvimento de contrações dolorosas e rítmicas, que condicionam dilatação do colo uterino. ’’
A humanização do parto contribui para a promoção do nascimento saudável, e prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, trazendo condutas firmadas no conceito de que este não é doença, e toda mulher, valendo-se dos princípios de liberdade e autonomia sobre a forma de realização do seu parto, com a escolha do profissional para conduzi-lo, respeitando seu processo fisiológico e sua dinâmica, evitando possíveis intervenções, utilizando o mínimo de recursos tecnológicos possíveis garantindo a promoção à saúde no ato do parto. (ABRÃO; BARROS; MARIN, 2002, p.210).
Neste contexto a assistência humanizada ao parto, depende da sensibilização dos profissionais de saúde em respeito à individualidade da parturiente, esclarecendo sobre a evolução do trabalho de parto e parto, incentivando a forma natural, pois, trata-se de um processo fisiológico próprio da mulher, não necessitando de atitudes intervencionistas quando bem conduzido, respeitando os sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais, de forma a contribuir para a redução da ansiedade, insegurança, solidão e medo. Para que todo esse processo seja estabelecido é necessário que estes profissionais, tenham uma visão voltada ao biopsicossocial, em especial à equipe de enfermagem, devido a aproximação desses profissionais com essas mulheres, e a capacidade de implementar ações de promoção da humanização de assistência ao parto, contribuindo assim com a redução das possíveis complicações do parto normal.
Este artigo de revisão tem como foco a assistência humanizada do enfermeiro ao parto normal de mulher primigesta, sendo que a escolha do tema surgiu apartir da experiência pessoal de uma das pesquisadoras e das observações das mesmas no estagio de Saúde da Mulher II, que estimularam uma reflexão sobre a necessidade de o profissional enfermeiro assumir uma postura humanizada às mulheres de primeiro parto. Considerando que muitas mulheres possuem pouca ou nenhuma experiência em relação ao primeiro parto, o que contribui para o aumento do estressem ansiedade, medo, dor e constrangimento na hora do mesmo, foi elaborada a seguinte questão: como o enfermeiro pode promover de forma eficiente uma assistência humanizada às mulheres primigestas a fim de minimizar as possíveis complicações no parto?
O presente artigo tem como objetivo esclarecer de que forma a assistência humanizada interfere na qualidade do parto natural, em especial às mulheres primigestas. Como objetivos específicos propõem-se: descrever os fatores emocionais e fisiológicos que influenciam no trabalho de parto; discorrer sobre as manobras utilizadas pelo enfermeiro (a) obstetra no pré-parto e parto que possibilitam a assistência humanizada. Acredita-se que, o profissional enfermeiro, especificamente o enfermeiro obstetra, através de atitudes humanizadas poderá contribuir de forma positiva para o bom andamento do parto normal diminuindo a incidência de complicação no parto e pós-parto em especial á mulher primigesta devido à inexperiência dessas mulheres frente ao processo de parturição.
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