Anfetaminas

ANFETAMINA

A anfetamina surgiu no século XIX, foi sintetizada pela primeira vez na Alemanha em 1887, 40 anos depois a droga começou a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, dilata as vias áreas e estimula o sistema nervoso central. Foi lançada na França a primeira versão comercial da droga com o nome de Benzedrina, na forma de pó para inalação logo em seguida surgiu na forma de pílula.

Em 1945 a droga foi utilizada na 2ª guerra mundial por soldados alemães e japoneses com finalidade de aumentar a coragem e reduzir a fadiga, sendo assim suportavam mais tempo e combate

Com o passar do tempo o consumo de anfetaminas ocasionou uma epidemia anfetaminica, o que levou organizações de saúde pública criarem normas de controle da comercialização, uma vez que passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, portanto é ilegal seu uso sem acompanhamento medico. Atualmente, as anfetaminas são proibidas em vários países inclusive no Brasil.

As anfetaminas são um grupo de compostos com ação estimulante em nível periférico e central com alto potencial para gerar dependência. Os usuários comuns de anfetaminas são estudantes que consomem esses substancias para melhorar desempenho cognitivo; os motoristas para manter o estado de alerta e vigília; os freqüentadores de raves para aumentar a energia do organismo; jovens obsessivos por sua forma física; profissionais das artes na busca da ampliação da criatividade, pois derivados anfetaminicos favorecem a liberação das idéias. As anfetaminas passaram a ocupar um novo lugar imaginário social, deixando de ser mercadoria curativas para se tornarem símbolo de beleza, eficiência e prazer, ou seja, produtos capazes de adequar o funcionamento fisiológico e psicológico as exigência da atualidade.

EFEITOS:

As anfetaminas são substancias que agem no SNC, causando liberação de dopamina e outros neurotransmissores como serotonina e noradrenalina e inibindo a recaptação no terminal axônio pré-sináptico. São rápido e absorvido no trato gastrointestinal e penetram livremente pela barreira hematoencefalica, alem disso é rapidamente absorvido pela mucosa nasal, sendo distribuído na maior parte dos tecido. Essas substancias são excretadas na urina tornando - se mais acido.

Os principais efeitos centrais são: estimulação locomotora, euforia excitação e anorexia, após sua ação tem efeito psicoestimulante, suprimindo o apetite e reduzindo a ingestão de alimentos e reduzindo a atividade gastrointestinal.

As anfetaminas são usadas como droga de abuso, exemplos ecstasy, ele atua no SNC, altera o humor, impulsividade, cognição, sono, memória e concentração, desenvolvendo depressão, ansiedade entre outros.

INDICAÇOES:

O trato farmacológico estaria indicado aos pacientes com obesidade que apresentam doenças associadas ao excesso de peso, pois as drogas não atuam apenas diminuindo o apetite exercem ação estimulante central e no sistema cardiovascular, no Brasil os mais usados são: femproporex, anfrepamona, mozindol e fenfluramina.

* Tratamento de déficit de atenção, hiperatividade ( TDAH ) é uma síndrome mental prevalente em crianças que tem como características do transtorno na infância são: desatenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no desempenho escolar, no relacionamento familiar e social  

* Tratamento de narcolepsia é definido por sonolência excessiva diurna e cataplexia, podendo associa-se a paralisia do sono, alucinações hipnagogicas e fragmentação do sono.

EFEITOS COLATERAIS:        

Apresentam ações e efeitos resultantes da estimulação de receptores alfa e beta, causam efeitos cardiovasculares elevando a pressão sistólica, com doses elevadas podem surgir taquicardia e arritmias, provocam hipertemia periférica e hipotermia central medida pela atividade do hipotálamo anterior; efeitos comportamentais estereotípicos como: fungar, morder, ranger dos dentes, movimentos nas pernas e cabeça. Dependendo da dose, do ambiente e do indivíduo a anfetamina pode provocar aumento da agressividade resposta de fuga ou de defesa. Em altas concentrações a anfetamina é neurotoxina e pode causar lesões irreversíveis em neurônios dopaminérgicos ou serotoninérgico do cérebro. Complicações vasculares incluem vaso espasmos, edema, necrose, dores e parestesia, a estimulação excessiva, colapso cardiovasculares e morte súbita.