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USO INDISCRIMINADO DE ANFETAMINAS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO

Por:   •  21/9/2019  •  Resenha  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  325 Visualizações

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As anfetaminas são medicamentos sintéticos, estimulantes do sistema nervoso central. Essa substância foi obtida através de ensaios em laboratório, no ano de 1887 por Edellano, e foi muito utilizada para manter os soldados acordados e mais ativos durante o período da Segunda Guerra Mundial. As anfetaminas se mostraram muito eficazes para deixá-los mais atentos, mais confiantes, além de diminuir a sensação de fome e de fadiga.

Entretanto, após um período de uso, as autoridades médicas da Inglaterra verificaram que, o desempenho dos pilotos da RAF que faziam uso dessas substâncias, ficava gravemente comprometido e por isso proibiram seu uso.

Quando foi comprovada a ação das anfetaminas como inibidoras de apetite, passaram a ser muito utilizada nas dietas alimentares por pessoas que queriam perder peso. Essa não é a sua única indicação, apesar de ter ficado popular no mundo por esse uso.

Em l970, iniciou-se um controle da comercialização, pois as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, sendo, portanto ilegal seu uso sem acompanhamento médico adequado.

O “rebite” usado por caminhoneiros para não dormir ao volante, a “bolinha” que deixa o estudante aceso nas vésperas das provas e os comprimidos de “ecstasy” que é usado por jovens nas baladas noturnas são exemplos de anfetaminas.

O Brasil é o maior consumidor mundial de anfetaminas, dado que preocupa as autoridades de saúde pública. Para cada mil habitantes, são consumidos nove comprimidos de anfetamina por dia, uma substância que produz tolerância e traz prejuízos indiscutíveis à saúde.

As anfetaminas e seus derivados exercem determinadas ações químicas sobre o cérebro, o que provoca excitação, insônia e a falta de apetite. As alterações promovidas nos neurotransmissores dopamina e serotonina tornam os indivíduos mais alerta, mais atento e também conferem grande sensação de bem-estar. Os usuários que ficam sob o efeito dessas substâncias, efeito esse que é duradouro, tem a sensação de que conseguem e podem tudo, tornando-se mais falantes e apresentando aparente melhora do desempenho intelectual.

Alguma das anfetaminas tem ação prolongada, podendo durar 8, 10 ou até 12 horas. Passado o efeito, porém, o indivíduo se sente deprimido, angustiado, como se estivesse descarregado, o que provoca a necessidade de consumir de novo um ou mais comprimidos.

As anfetaminas não agem apenas no SNC, mas também em outros órgãos, provocando um aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, arritmias, diarreias, gastrite, tremor fino de mãos, boca seca, irritabilidade intensa. Podem, ainda, ser responsáveis por episódios de constipação intestinal que, por muitas vezes, alternam com crises de diarreia.

Um estudo recente com mulheres mostrou que certos tipos de anfetaminas provocam mais acidentes vasculares cerebrais, ou seja, mais derrames, em virtude do grande aumento da pressão arterial que provocam.

É importante ressaltar que a anfetamina e seus derivados têm duas indicações médicas: para o transtorno do déficit de atenção (TDAH), que pode acometer tanto as crianças quanto os adultos, e para a narcolepsia, um distúrbio cujo principal sintoma é a sonolência excessiva.

Exceto esses dois casos, esses medicamentos são usadas de maneira infeliz e exageradas no controle do peso e do apetite. Elas entram na composição

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