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As Ocorrências Das Doenças Oportunistas Em Pessoas Vivendo Com Hiv/Aids No Brasil

Por:   •  10/8/2023  •  Artigo  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  109 Visualizações

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FACULDADE COSMOPOLITA

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

THATIANNY FRANCÊS PINHEIRO

OCORRÊNCIAS DAS DOENÇAS OPORTUNISTAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO BRASIL

        

BELÉM

2022

THATIANNY FRANCÊS PINHEIRO

OCORRÊNCIAS DAS DOENÇAS OPORTUNISTAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO BRASIL

Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade Cosmopolita, Curso de Enfermagem, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharelado em enfermagem.

Orientadora: Profa. Dra. Vanessa Galúcio.

BELÉM

2022

1 INTRODUÇÃO

        O Vírus da Imunodeficiência Adquirida Humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), tem circulado no mundo desde o início da década de 1980; porém, até hoje é considerada como uma das mais importantes pandemias já existentes, representando grave problema de saúde pública para a humanidade. É uma doença atrelada a forte estigma social; em virtude de estar relacionada à transmissão sexual e uso de drogas ilícitas (SOARES; COSTA, 2011; FERREIRA; OLIVEIRA; PANIAGO, 2012).

        O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019) publicou que em 2018, havia 37,9 milhões de pessoas vivendo com HIV/AIDS no mundo, sendo a maioria (36,2 milhões) são adultos, acima de 13 anos. Após o surgimento da Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (TARV) houve uma redução do índice de mortalidade por HIV/AIDS (FREITAS et al., 2018).

        O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (BRASIL, 2020) informou que em 2019, foram notificados no Brasil 41.919 casos de infecção por HIV, com evidente predominância na região Sudeste com 14.778 (35,25 %) casos e a região Norte com 4.948 casos (11,81%). O Estado do Pará notificou, no mesmo ano, 2.356 casos. O mesmo Boletim mostra ainda que a razão de sexos é diferente entre as regiões brasileiras; porém, em todas há predominância do sexo masculino.

        O HIV é um vírus com tropismo pelo sistema imunológico, destruindo as defesas do corpo humano e, à medida em que ocorre a diminuição da ação das células do sistema imunológico contra o vírus, o organismo do indivíduo torna-se mais suscetível ao surgimento das doenças oportunistas (PINTO NETO et al., 2021). A prevenção e o tratamento precoce das doenças oportunistas é de grande importância para o prognóstico e qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV), como mostra o texto abaixo:

Comorbidades em PVHIV em uso de terapia antirretroviral: como a infecção pelo HIV se tornou uma doença crônica, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, síndrome metabólica e outras comorbidades se tornaram prevalentes entre as PVHIV.Tabagismo, dislipidemia e alterações renais, hepáticas, osteoarticulares e cognitivas também precisam ser manejadas. Assim, deve-se realizar uma abordagem integral a essas pessoas, alinhada aos princípios da atenção primária à saúde (PINTO NETO et al., 2021, p. 7).

        

        Existem inúmeras outras doenças oportunistas, denominadas de co-infecções ou co-morbidades, de essencial importância para o agravamento do quadro de saúde das PVHA. Entre elas podemos citar: Neurotoxoplasmose, Tuberculose, Sífilis, as Hepatites, Pneumonias, Dermatites, Cânceres diversos e muitas outras. Por isso, é primordial o empenho dos profissionais da saúde em estabelecer de forma eficaz a prevenção, o diagnóstico e o tratamento precoce destas co-morbidades, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida; assim reduzir significativamente o índice de morbi-mortalidade das pessoas que vivem com HIV/AIDS (PINTO NETO et al., 2021; FREITAS et al., 2018).

        

2 JUSTIFICATIVA

Desenvolver pesquisas sobre a presença de doenças oportunistas e sua prevalência em pacientes com diagnóstico HIV/AIDS é fundamental; uma vez que a presença dessas infecções e das alterações provocadas por elas no organismo das  pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) causam desconforto, afetam o convívio social em decorrência das mudanças físicas/emocionais e podem interferir na realização das atividades da vida diária, nas atividades laborais e no processo de adesão ao tratamento do HIV/AIDS, o que pode levar à irregularidade e ao abandono do tratamento, ao desenvolvimento de complicações do quadro clínico e, dessa forma, em algum momento do tratamento, culminar com a falha terapêutica e a consequente mudança do regime terapêutico, trazendo sérios prejuízos à saúde e à qualidade de vida desses indivíduos.

Os estudos sobre as doenças oportunistas e seus efeitos sobre o prognóstico desses pacientes ainda necessitam de mais investigação, em virtude da sua importância clínico-epidemiológica e do impacto na saúde pública, considerando-se que as doenças oportunistas e as demais complicações da imunodeficiência configuram como causas determinantes na morbimortalidade em doentes com AIDS. À medida que o déficit imunológico se agrava, aumenta a probabilidade de instalação de infecções oportunistas.

Esta lacuna no controle do tratamento das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) se configura como uma urgência e um grave problema para a saúde pública; uma vez que, as doenças oportunistas são muito mencionadas em pessoas na fase terminal da infecção pelo HIV, a fase denominada como AIDS. 

Logo, os resultados da presente pesquisa servirão para subsidiar discussões acerca da ocorrência de infecções oportunistas em pacientes soropositivos para HIV e colaborar para a melhoria da qualidade de vida desses indivíduos; bem como, contribuir para o desenvolvimento de medidas preventivas que melhorem o prognóstico do paciente e aumente a eficácia das ações de educação em saúde, controle e manejo terapêutico.

O objetivo deste estudo compreende identificar e caracterizar as doenças oportunistas de maior ocorrência em pessoas vivendo com HIV/AIDS no Brasil. Diante disso, pode-se esperar que os resultados de estudos com essa finalidade, sejam de fundamental importância para a comunidade científica, para a população em geral e para os profissionais que atuam nos serviços de saúde.

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