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Doenças oportunistas

Por:   •  11/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.465 Palavras (10 Páginas)  •  866 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE ENFERMAGEM

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I

Lucas Rafael Monteiro Belfort

Doenças oportunista relacionadas ao HIV

Atividade para obtenção de nota a cadeira, Saúde do Adulto e do Idoso I, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, pela Professora Audimar Sousa.

Petrolina – PE

Junho 2015.

  • HIV – AIDS

Sigla inglesa, que designa a imunodeficiência humana, que causa a AIDS, ataca as células do sistema imunológico, esse por sua vez, responsável por proteger nosso organismo. Dentre estas células os linfócitos T CD4+, são as mais atingidas. De forma inteligente o HIV adentro no material genético do DNA das células fazendo cópia de si mesmo. Essa infecção sofre efeito cascata, uma vez o linfócito infectado o vírus já procura outra, afim de fazer o mesmo processo. Vale salientar que ter HIV não significa ter AIDS, pois a AIDS já é o desenvolvimento da HIV, a doença propriamente dita, existem vários soros positivos que vivem anos sem apresentar sintomas e propriamente a doença, no entanto não são isentos de transmitir o vírus, diante disse qualquer ato desprotegido é necessário realizar o exame para saber o real diagnóstico. No Brasil e no mundo graças aos avanços terapêuticos os remédios antirretrovirais de uma forma geral, reduz de forma importantes na ocorrência de infecções oportunistas (IO) e mortes por conta da AIDS. No entanto uma parcela considerável das PVHA apresenta contagem de LT-CD4+ inferior a 200 células/mm3 no momento do diagnóstico, e desse modo se encontram em significativo risco de desenvolvimento de IO.

  • PRINCIPAIS INFECÇÕES POR SISTEMAS

- NEUROLÓGICO

  • Neurotoxoplasmose (NTX): A toxoplasmose é a causa mais comum de lesões neurológicas focais com efeito de massa em pacientes infectados pelo HIV e LT-CD4+ inferior a 200 células/mm3. Seus sinais e sintomas dependerão muito da topografia da quantidade de lesões, no entanto de forma geral os pacientes apresentam cefaleia, febre, convulsões e alterações do estado mental, em alguns casos. Em algumas situações alterações motoras são percebidas tais como hemiparesia, disfasia, dentre outras, visto que suas lesões envolvem tipicamente gânglios de base. Em seu diagnóstico médico é necessário a união de um quadro clínico bem definido, junto a uma biopsia. Caso contrário o tratamento será realizado de maneira empírica, O tratamento de escolha consiste na associação de sulfadiazina 1.000 mg (peso < 60 kg) a 1.500 mg (peso ≥ 60 kg) a cada seis horas e pirimetamina 200 mg no primeiro dia, seguida de 50 mg/dia (peso < 60kg) a 75 mg/dia (peso ≥ 60 kg) +  ácido folínico 10 mg/dia por seis semanas. Após esse período de tratamento, deve-se prescrever terapia de manutenção.

  • Criptococose: Patologia fungica muito como a paciente imunodeprimido pelo HIV. Sendo a meningite a principal forma de manifestação, tendo sintomas como cefaleia, febre, vômitos, diplopia, confusão, coma e papiledema podem estar presentes. Complicação como envolvimento pulmonar ainda pode ocorrer, (infiltrado pulmonar difuso ou nodular, derrame pleural), e cutâneo com pápulas umbilicadas semelhantes às lesões de molusco contagioso. Vale salientar que o tratamento da doença é o principal fator resultante da queda da mortalidade. É recomendado a realização de testes de aglutinação com látex no líquor (sensibilidade superior a 95%) ou, alternativamente, tinta da China (sensibilidade 60%-80%). Tinta da china, látex ou cultura positivas paraCryptococcus sp no líquor confirmam o diagnóstico de meningite criptocócica. O tratamento da patologia se divide em três fases: 1 – Indução: ocorre por volta de duas semanas, anfotericina B desoxicolato 0,7 a 1 mg/kg/dia com ou sem flucitosina 100 mg/kg/dia dividida em quatro tomadas diárias. Considerar o prolongamento do tempo de indução em pacientes comatosos ou com deterioração clínica, PIC persistentemente elevada, cultura liquórica positiva após as duas semanas de terapia. 2 - Consolidação (oito semanas): fluconazol 400 a 800 mg/dia. 3 - Manutenção (até paciente assintomático e LT-CD4+ > 200 células/mm3 por pelo menos seis meses):fluconazol 200 mg/dia. Embora o uso de anfotericina desoxicolato (1 mg/kg/semana) possa ser considerado como terapia de manutenção, sua utilização está associada a maior recidiva e toxicidade quando comparada ao fluconazol. Como efeito adversos principalmente pelo uso da anfotericina desoxicolato está a insuficiência renal e hipocalemia.
  • Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (Lemp): Patologia desmielinizante  do Sistema Nervoso Central (SNC), decorrente da infecção dos  oligodendrócitos pelo vírus JC (JCV), este um poliomavírus de material genético formado por DNA, os principais acometidos por estas doença são pacientes imunocomprometidos. O sintoma mais comum da Lemp é o déficit visual, transtorno cognitivo-afetivo e a demência progressiva. Especificamente por conda da AIDS, essa enfermidade sofreu uma mudança epidemiológica, onde a mesma acomete várias faixas etárias, afetando atualmente 5% das pessoas acometidas desta doença.
  • DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PARA INFECÇÕES NEUROLÓGICAS ASSOCIADAS A AIDS.

- Confusão aguda, relacionada a possível confusão ou até mesmo coma, associado a grande maioria das infecções.

- Comunicação Verbal prejudicada, relacionada à possível convulsões e alterações do dano mental.

- Ansiedade, relacionada ao tratamento muitas vezes delicado sob o qual os pacientes são acometidos.

- Proteção Ineficaz, relacionada a imunidade deficiente.

  • POSSÍVEIS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

 

  • Administração dos medicamentos prescritos, visto sua importância no tratamento das infecções, melhoria e qualidade de vida dos pacientes.
  • Verifica o estado neurológico do paciente: verificando seus níveis de consciência, em relação a sua orientação tempo/espaço, em parceria com os acompanhantes ou cuidadores sobre suas funções cognitivas, ou dormência formigamento, paresia paralisia, convulsões ou alterações, gerais.

- CARDIOVASCULAR

  • Doença do pericárdio: Prevalente em cerca de 30% com pacientes soro positivo para HIV,  . A ocorrência de derrame pericárdico no contexto da infecção pelo HIV é um marcador de doença em estágio avançado, e implica pior prognóstico, independentemente da contagem de células CD4 e do nível sérico de albumina, tendo um prognóstico geralmente em estado avançado, tem uma  perspectiva ruim para muitos pacientes com uma média de sobrevida de seis meses. Suas causas são variadas que perpassam desde infecções por microbactérias, infecções bactérias, neoplasias, derrames virais, causadas por oportunistas, estando relacionado a patologias sistêmicas, associado ao estado inflamatório crônico e desnutrição. Seus sintomas são variados que vão desde a assintomáticos, até choque e parada cardiorrespiratória, podendo haver febre, tosse e dor torácica. Exames como a ecocardiografia confirma a suspeita clínica. A técnica do modo M auxiliar na revelação de algumas características, como compressão atrial direito, colapso diastólico ventricular direito. Sendo esses sinais que precedem o pulso paradoxal e insuficiência respiratória.

  • Doença do endocárdio: Prevalente em cerca de 34% com pacientes HIV+, tendo uma mortalidade elevada de cerca de 30%. Sua sintomatologia é variada, que vai desde febre, queda do estado feral, sudorese, perda de peso, manifestações de embolização pulmonar ou sistêmica, podendo ou não está associado a meningite ou pneumonia. São encontradas também nos pacientes HIV positivos as manifestações imunologicamente mediadas, como a glomerulonefrite, a presença do fator reumatóide, as manchas de Roth e as lesões de Janeway. Seu diagnóstico é baseado na cultura, clínica e ecocardiografia. Sendo os agentes mais comum o Staphylococcus.
  • Aterosclerose e HIV: Inicialmente, a associação entre infecção pelo HIV e doença cardiovascular era inferida a partir de relatos de casos de pacientes jovens e soropositivos que sofriam infarto agudo do miocárdio, e principalmente de achados anatomopatológicos em estudos de necrópsia, com evidência de doença obstrutiva em coronárias de pacientes sem fatores de risco habituais para aterosclerose. Estudos imuno-histoquímicos possibilitaram documentação objetiva da presença do HIV em artérias coronárias comprometidas por inflamação e obstrução aterosclerótica. Sugeriu-se então uma associação direta entre infecção pelo HIV e presença de arterite coronariana sem afastar a fisiopatologia clássica aterosclerótica, a despeito da baixa prevalência de fatores de risco nos pacientes estudados.
  • DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PARA INFECÇÕES CARDIOVASCULAS ASSOCIADAS A AIDS.

- Intolerância à atividade, relacionada reposta anormal da pressão sanguínea.

- Risco de Trauma Vascular, relacionada as doenças oportunistas, junto a sua fisiopatologia.

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