ESTUDO DE CASO FINAL Rotura Prematura de Membrana "Placenta"
Por: Augusto da Silva • 20/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.446 Palavras (6 Páginas) • 836 Visualizações
- INTRODUÇÃO
Este estudo foi elaborado por dois alunos do curso de graduação em enfermagem do 8º período da Faculdade do vale do Ribeira e tem por objetivo ampliar os conhecimentos em Enfermagem, servindo também como parte da avaliação do Estágio Supervisionado em Saúde do Adulto, realizado numa instituição hospitalar do Estado – SP na cidade de Pariquera-Açu, ocorrido durante os meses de Julho á Novembro de 2015, mas este estudo de caso e referente a estágio em Centro Obstétrico, foi realizado com uma paciente/cliente da disciplina Saúde da mulher e tendo como finalidade o desenvolvimento da sistematização da assistência de enfermagem a mulher em trabalho de parto.
O estudo foi realizado através de entrevista com o paciente, exame físico, classificação dos diagnósticos e intervenções de Enfermagem. Os dados foram analisados através de pesquisas bibliográficas, internet e orientações fornecidas por profissionais de outras áreas multidisciplinar atuante no processo de restabelecimento do paciente.
Segundo Pinto (1900), “o estudo de caso é um método de investigação que pretende descrever de um modo preciso os comportamentos de um individuo. O que o individuo é neste procedimento o principal foco de observação”.
- COLETA DE DADOS
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM / EXAME FISICO
Paciente G.S.P. do sexo feminino, com 29 semanas e 2 dias de gestação, encontra-se na clinica no centro obstétrico sob os cuidados clínicos da Obstetrícia do Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua, internada desde 12/08/2015, a cliente é multipera e é uma gestação gemelar, com diagnostico médico de Rotura Prematura de Membranas, internada com perda líquido amniótico antes do trabalho de parto, já havia percebido porém, não havia dado a devida importância, dando entrada na emergência após complicações. Foi realizada entrevista que pode obter-se os seguintes dados: 38 anos, de cor branca, Amasiada, possui 2 filhos, tem Ensino médio completo, Dona de casa, natural de Pariquera-açu/SP, porém reside na cidade de Registro/SP, , tem boa alimentação e hidratação (aprox. 2l/dia); boas condições de higiene corporal cabelo e unhas higienizados, eliminações vesico intestinais presentes (2/3,eliminações diárias); relata ser Católica, habita em casa de alvenaria; possui quadro de imunização completo, faz visita ao medico regularmente, nega alergias.
EXAMES FÍSICOS GERAIS
Cliente no 8º dia de internação para repouso absoluto e assistido, para aplicação de medicações como: Corticoides se necessário (para maturação do pulmão do feto), aplicação de amoxilina para prevenção de infecções,ativa, comunicativa e orientada, corada; deambulando. SSVV: PA: 130/90, FR: 18, TAX: 35,3º; FC: 70; BCF: Feto1: 145 bpm, Feto 2: 135bpm. Aceitou toda dieta oferecida pela manhã; ao exame físico: Crânio normocefálico, couro cabeludo integro e limpo, cabelos oleosos, com ducto auditivo e nasal integro, pupilas anemocóricas, mucosa ocular corada, mucosa oral limpa e integra, sem lesões aparentes, pescoço com ausência linfonodos palpáveis e alinhado, com acesso venoso periférico em MSD, com boa perfusão e sinais flogisticos, mantendo soroterapia e bomba de infusão. Ausculta Cardíaca: BRNF 2T/SS; Ausculta Pulmonar; MV+ sem RA; Tórax simétrico com boa expansibilidade; MMSS com motricidade preservada, Abdômen gravídico, com murmúrios vesiculares presentes; MMII: Com boa mobilidade e edema de cacifo +/++++. Encaminhada banho de aspersã, evacuação presente, diurese presente de aspecto clara.
DADOS CLÍNICOS DE INTERESSE PARA ENFERMAGEM
Sorologia:
HIV: Não reagente.
VDRL: Não reagente.
Hepatite C: Não reagente.
Hepatite B: Não reagente Rubéola: imune
IgG + IgM - (Imune)
- FISIOPATOLOGIA
A Rotura Prematura de Membranas, anteriormente conhecida como Aminiorrexe Prematura é o quadro caracterizado pela rotura das membranas coriôincas e amnióticas, permitindo a perda líquida amniótica antes do trabalho de parto independente da idade gestacional. Quando ocorre antes da 37ª semana gestacional é designada Rotura Prematura de Membranas Pré-Termo (RPMPT) e no termo denomina-se Rotura Prematura de Membranas no Termo (RPMT).
Segundo o Manual Técnico de Gestação de Alto Risco, do Ministério da Saúde, constitui causa importante nos partos pré-termo, o que contribui para o aumento da mortalidade perinatal, e agravamento da mortalidade materna pelos riscos de infecção. As membranas compõem uma barreira física que separa o feto e o líquido amniótico estéreis do canal vaginal contaminado. O líquido amniótico é necessário para o desenvolvimento dos sistemas respiratório, gastrointestinal, urinário, além de permitir a movimentação fetal, contribuindo para o desenvolvimento da musculatura fetal, protegendo de lesões traumáticas e isquêmicas, por compressão do cordão umbilical. Previne prolapso de qualquer estrutura intra-amniótica pela cervix. Sua etiologia se da por rotura fisiológica espontânea, devido ao estiramento causado pelo crescimento fetal e contrações uterinas, além da diminuição do seu conteúdo de colágeno; ou rotura patológicas por causas intrínsecas, como constituição defeituosa, polidramnio, incopetência de istmo cervical, fatores como tabagismo, ou causas extrínsecas, como infecção bacteriana e após procedimentos. A anamnese informa a perda líquida, em grande quantidade, súbita e habitualmente indolor. O líquido fluindo pela vulva pode ser transparente e de odor característico, seminal ou a hipoclorito de sódio; pode ter cor amarelada ou esverdeada (sugestiva de mecônio); ou ser purulento, se há infecção ovular. Quando a perda líquida não é evidente, procede-se exame especular para detecção de saída de líquido pelo orifício cervical. Pode-se coletar pequena quantidade de secreção vaginal do fundo de saco para verificação microscópica, a presença de cristalização em folha de samambaia que confirma rotura de membranas. Outros exames também podem ser utilizados par auxiliar no diagnóstico, como a medição de pH da secreção vaginal com papel de nitrazina , que se torna azul em contato com fluido vaginal e a ultrassonografia como método auxiliar importante, mas não definitivo, a redução do volume do líquido amniótico, soma-se avaliação da idade gestacional, parâmetro na tomada de conduta. Toda mulher com diagnóstico de RPM e sua família devem receber aconselhamento sobre a morbidade e mortalidade associadas à idade gestacional e sobre a eficácia limitada do tratamento. A conduta em relaçaõ à RPM dependerá da idade gestacional em que a mesma ocorrer.
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