Introdução trabalho de conclusão de curso

Segundo a OMS (2002) o cuidado paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida, dos pacientes e de seus familiares diante de uma doença que ameace a continuidade da vida, através da prevenção e alivio do sofrimento. Requer dessa forma uma identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual.

Os cuidado paliativos também são utilizados para a reabilitação dos pacientes, para que possam conviver com suas limitações, providos por uma equipe interdisciplinar bem capacitada. Essa abordagem tem como maior objetivo acrescentar qualidade de vida aos dias e não dias à vida, o que representa um grande desafio para o enfermeiro, que fica mais presente nessa situação, uma vez que o objetivo de curar dá lugar as habilidades do cuidas, relacionadas a sofrimento, dignidade e apoio. (CUSC, 2009)

A motivação desse trabalho se dá no decorrer da disciplina de Tanatologia, ministrado no 8º período da graduação, na disciplina de alta complexidade aplicada no 8° período de faculdade, onde aprendemos que as vezes temos que mudar o cuidado curativo para o cuidado paliativo pela patologia apresentada, seguido pelo interesse em conhecer os sentimentos despertados pelo enfermeiro frente aos cuidados prestados no paciente em  cuidado paliativo.

O presente estudo tem como tema O enfermeiro no processo de morte e morrer do paciente em cuidado paliativo.

Segundo Potter, Perry (2002) Quando alguém apresenta uma doença em estado terminal, as pessoas lembram de sua própria mortalidade. Sentimentos de culpa, raiva e medo. Podem fazer com que os membros da família ou as pessoas que cuidam dele se retraiam quando o paciente terminal precisa de amor, tranquilidade e apoio.

O enfermeiro tem preparo emocional para prestar assistência ao paciente sem perspectiva de cura?

Que tipo de sentimento se manifesta ao enfermeiro frente aos cuidados prestados ao paciente em cuidado paliativo?

Quais as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro ao prestar assistência integral, humanizada e de qualidade ao paciente em cuidados paliativos?

Segundo Bellato e Carvalho (2005) nessa incapacidade de dar aqueles que morrem ajuda e afeição de que mais do que nunca precisam, se da exatamente porque a morte do outro é uma lembrança da nossa própria morte.

O referido estudo tem como objetivo identificar a habilidade do enfermeiro em lidar com suas emoções frente ao doente sem perspectiva de cura. Mostrar a necessidade de uma disciplina ainda na graduação que faça compreender a morte e seus processos e o prepare para encará-la na prática. Identificar as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na assistência prestada ao paciente em cuidados paliativos.

O objeto desse estudo foi o enfermeiro no processo de morte e morrer de pacientes em cuidados paliativos sem perspectiva de cura e a necessidade de evidenciar as emoções.

Este trabalho justifica-se diante da dificuldade do enfermeiro em lidar com seus sentimentos junto ao fenômeno de morrer, pois mesmo sendo um assunto abordado constantemente na prática da vida profissional é notório o despreparo emocional do profissional e a dificuldade do entendimento do afeto enquanto linha terapêutica ao paciente.