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Monitorização Hemodinâmica com uso do Cateter de Swan-Ganz

Por:   •  20/10/2016  •  Resenha  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  751 Visualizações

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Monitorização Hemodinâmica com uso do

Cateter de Swan-Ganz

RESUMO

A monitorização de funções vitais é uma das ferramentas de maior relevância na medida das pressões hemodinâmicas e na determinação do débito cardíaco devido a, principalmente, sua praticidade e eficácia. Atualmente, possível detectar e analisar uma grande variedade de sinais fisiológicos através de diferentes técnicas, invasivas e não invasivas por meio da monitorização hemodinâmica com uso do cateter de SWAN-GANZ. A monitorização hemodinâmica invasiva com o uso do cateter de artéria pulmonar é um procedimento que consiste na introdução de um cateter na veia jugular interna e/ou na veia subclávia, que permite a monitorização de pressões na circulação pulmonar, do fluxo sanguíneo e da saturação venosa mista. O cateter pode ser inserido em cirurgias consideravelmente simples realizadas em salas de cateterização hemodinâmica ou mesmo à beira do leito, usualmente sem fluoroscopia. Diante do exposto, o objetivo deste artigo é apresentar uma revisão bibliográfica sobre a monitorização hemodinâmica com uso do cateter de Swan-Ganz. Metodologicamente o estudo se desenvolveu sob os moldes da Pesquisa Bibliográfica com base em fontes escritas e apresenta como resultados uma análise sobre a técnica de introdução do cateter de Swan-Ganz e suas principais indicações.

Palavras-chave: Cateter, Hemodinâmicas, Monitorização.

1 INTRODUÇÃO

O primeiro cateterismo da artéria pulmonar foi realizado por Leniz Dexter, em 1945, para diagnosticar doenças congênitas do coração contudo, a utilização clínica do cateter de Swan-Ganz cateterização da artéria pulmonar, dirigida pelo fluxo iniciou-se nos primeiros anos da década de 1970.

A monitorização hemodinâmica clínica começou após publicação de Swan e Ganz, introduzindo o uso do cateter balonado de artéria pulmonar, em 1970 e graças a sua praticidade e eficácia. O procedimento consiste na introdução de um cateter de artéria pulmonar na veia jugular interna e/ou na veia subclávia, com o propósito de monitorar as pressões na circulação pulmonar do fluxo sanguíneo e da saturação venosa mista. O cateter pode ser inserido em cirurgias consideravelmente simples realizadas em salas de cateterização hemodinâmica ou mesmo à beira do leito, usualmente sem fluoroscopia. Todavia é necessário esclarecer que o cateter de Swan-Ganz é um instrumento de monitorização diagnóstica e não uma modalidade terapêutica.

Importante salientar também que a técnica de monitorização hemodinâmica com uso do cateter de Swan-Ganz difundiu-se rapidamente e hoje é bastante conhecida e utilizada em todo o mundo, apesar deste ainda ser um método de alto custo. A maioria dos cardiologistas, principalmente os intensivistas, consideram este um procedimento eficaz, pois permite calcular o débito cardíaco do paciente e assim obter dados conclusivos sobre o tratamento adequado.

Diante do exposto, o objetivo deste estudo é apresentar uma revisão bibliográfica sobre a monitorização hemodinâmica com uso do cateter de Swan-Ganz.

A metodologia utilizada para o alcance dos objetivos propostos partiu da Pesquisa Bibliográfica, conceituada por Gil (2010) como sendo aquela obtida em materiais já elaborados: livros, revistas, artigos científicos e quaisquer tipos de fontes escritas.

Espera-se com este estudo contribuir para um melhor entendimento sobre a técnica de introdução do cateter de Swan-Ganz e suas principais indicações.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Cateter de Swan-Ganz

O Cateter de Swan-Ganz, ou cateter de artéria pulmonar foi desenvolvido na década de 1960, mas somente por volta de 1970, com o avanço da tecnologia, foi adicionado um semicondutor permitindo um rápido acesso ao débito cardíaco e a outras informações consideradas importantes para o diagnóstico e tratamento de pacientes (WOODS, 2004).

O primeiro cateterismo da artéria pulmonar foi realizado por Leniz Dexter, em 1945, para diagnosticar doenças congênitas do coração. Contudo, historicamente, a monitorização hemodinâmica clínica teve início após a publicação de Swan e Ganz, que introduziu o uso do cateter balonado de artéria pulmonar, em 1970 (DEXTER et al 1947).

O uso do cateter de Swan-Ganz (CSG) vem aumentando a cada ano no mundo, apesar deste ainda ser considerado um método invasivo e de alto custo. Estudos realizados por mostram que em 1975, a técnica foi utilizada em 7,2% dos pacientes diagnosticados com infarto agudo do miocárdio, e em 1984 este percentual aumentou para 19,9% dos pacientes (DEXTER et al, 1947).

Para Terzi (1992) as informações fornecidas pelos cálculos hemodinâmicos, através do uso do cateter de Swan Ganz, aumentam a capacidade de avaliar eficazmente o débito cardíaco e as pressões de enchimento ventricular, o que comprova a eficácia do método.

No Brasil, os primeiros estudos com Cateter de Swan-Ganz, foram iniciados em 1971, no Instituto "Dante Pazzanese" de Cardiologia, pelo Dr. Leopoldo Soares Piegas, chefe do Setor de Terapia Intensiva, trazendo possibilidades de conhecimento de certos parâmetros hemodinâmicos valiosos para o diagnóstico, prognóstico e tratamento de pacientes acometidos das mais graves entidades clinicas e complicações pós-operatória (OANZ et al, 2000).

A monitorização Hemodinâmica Invasiva deve ser indicada somente quando alguma decisão de diagnóstico ou conduta está sendo considerada e quando o intensivista estiver comprometido em trabalhar a partir dos dados obtidos com o procedimento. Essa indicação deve obrigatoriamente levar em conta que os dados obtidos deverão contribuir para a decisão terapêutica, sem acarrentar algum tipo de risco sem necessidade ao paciente (PIEGAS et al, 2003).

De acordo com Piegas et al (2003) o cateter pode ser inserido em cirurgias, em salas de cateterização hemodinâmica ou à beira do leito, usualmente sem fluoroscopia, por monitorização das pressões e observação das formas de ondas durante a inserção, o cateter é radiopaco e a fluoroscopia ou a radiografia simples pode ser usada para guiar ou verificar a sua posição.

Swan et al (2000), afirmam que a introdução de um cateter de Artéria Pulmonar (AP), à beira do leito é feita através da veia jugular interna direita, porque proporciona um acesso direto ao átrio direito, essa introdução do cateter através da veia femoral requer orientação pela fluoroscopia, porque o

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