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O BANHO DE LEITO- SEMIOTÉCNICA

Por:   •  26/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.243 Palavras (5 Páginas)  •  684 Visualizações

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BANHO DE LEITO- SEMIOTÉCNICA

As rotinas para a higiene variam de pessoa para pessoa, razão pela qual se deve ter muito tato na abordagem junto ao paciente; é necessário orientá-lo quanto aos bons hábitos de higiene, com cuidado para não causar constrangimento. Quando na vigência de estado de doença, a higiene torna- se, por vezes, dificultosa uma vez que é comum a ocorrência de limitações devido à própria doença; também é comum crianças e idosos rejeitarem a higienização corporal.

A higiene corporal é imprescindível para a manutenção da saúde e consiste na limpeza da pele, da cavidade oral, do couro cabeludo e cabelos, da genitália e demais regiões de maior acúmulo de excreções corporais. Uma internação hospitalar altera profundamente a vida de um indivíduo e para tentar diminuir o desconforto, é importante que a equipe de Enfermagem esteja preparada para realizar os cuidados de higiene e conforto, propiciando, desta forma, a humanização do atendimento.

O tipo, a duração e os métodos para banho dependem da capacidade do paciente em participar, das condições da pele do paciente e, em algumas instituições, do momento do dia.

  1. COLETA DE DADOS
  • Avaliar o grau de assistência necessária para o banho. Aspectos que incluem a visão, a capacidade de sentar sem ajuda, a capacidade das mãos em pegar, a amplitude de movimentos dos membros e a capacidade cognitiva.
  • Avaliar a tolerância do paciente à atividade, o nível de desconforto com o movimento e a presença de falta de ar ou dor torácica ao exercício.
  • Avaliar as preferências do paciente para o banho, tais como hora do dia, produtos usados, frequência usual de banho e tipo de banho.
  • Perguntar se o paciente observou algum problema relacionado à pele e à genitália.

  1. TIPOS DE BANHO
  • Banho completo no leito: Banho administrado a um paciente totalmente dependente no leito.
  • Banho parcial no leito: Banho no leito que consiste em banhar apenas as partes do corpo que causariam desconforto caso deixadas sem lavar, tais como as mãos, a face, as axilas e a área perineal. O banho parcial também inclui a lavagem das costas com fricção. Pacientes parcialmente dependentes que necessitam de higiene ou pacientes acamados autossuficientes que sejam incapazes de alcançar todas as partes do corpo recebem um banho parcial no leito.
  • Banho de esponja na pia: Envolve o banho em uma banheira ou pia com o paciente sentado em uma cadeira. O paciente é capaz de realizar uma parte do banho independentemente. A assistência é necessária pelo enfermeiro para áreas de difícil acesso.
  • Banho de banheira: Envolve a imersão em uma banheira com água, o que permite lavagem enxague mais cuidadosos do que um banho no leito. Alguns pacientes requerem o auxílio de um enfermeiro. Algumas instituições têm banheiras equipadas com dispositivos de elevação ou painéis que se abrem para facilitar a entrada e o posicionamento de pacientes dependentes na banheira.
  • Chuveiro: O paciente se senta ou permanece de pé sob uma corrente contínua de água. O chuveiro proporciona uma limpeza mais minuciosa do que um banho no leito, mas pode ser fatigante.

  1. MATERIAIS:
  • Água morna;
  • Álcool 70%;
  • Biombo;
  • Hamper
  • Sabonete (preferencialmente líquido), xampu, creme hidratante;
  • Jarra com água (certificar-se que a temperatura da água está agradável para o banho);
  • Bacia, cuba rim;
  • Compressas de gaze, compressas de algodão ou luva de banho, luvas de procedimentos;
  • Hastes flexíveis;
  • Comadre/papagaio;
  • Tesoura para unhas;
  • Bolas de algodão;
  • Toalha, lençóis limpos (roupa de cama) e roupa de uso pessoal.
  1. PROCEDIMENTO
  • Perguntar o nome completo do paciente a fim de garantir que se trata do paciente certo;
  • Apresentar-se, explicar o procedimento e aguardar o consentimento do paciente, quando cabível;
  • Fechar janelas e portas;
  • Afrouxar as roupas de cama;
  • Higienizar as mãos e preparar o material, dispondo-o na ordem que será usado;
  • Colocar água morna na jarra de banho;
  • Promover a privacidade, fechando cortinas ou providenciando biombos;
  • Erguer a cabeceira da cama para realização da higiene oral pelo paciente, se possível, ou pela enfermagem;
  • Baixar a cabeceira da cama e retirar o excesso de colchas, cobertores e travesseiros;
  • Calçar as luvas de procedimento;
  • Observar a integridade da pele no decorrer do procedimento;
  • Lavar os olhos, iniciando pelo canto interno para o externo, usando partes distintas da compressa para cada olho;
  • Lavar o rosto com água sem sabão, mas as orelhas e a parte anterior do pescoço com sabão, retirando-o logo em seguida, secando com a toalha;
  • Retirar as vestes do paciente, protegendo-o com um lençol ou uma toalha;
  • Lavar as mãos do paciente, mergulhando-as na bacia com água e secando-as em seguida;
  • Cobrir uma metade longitudinal do corpo do paciente com um lençol ou toalha, lavar a parte exposta com compressa umedecida com água morna e sabão;
  • Retirar o sabão com uma compressa úmida e sem sabão, e secar com a toalha;
  • Cobrir a metade do corpo que já foi lavada, repetir o procedimento na metade que estava coberta;
  • Aproximar a bacia de água dos pés do paciente, lavar os pés com sabão, mergulhando-os na bacia e retirando-os em seguida, e enxugar com a toalha;
  • Massagear os membros inferiores com creme hidratante;
  • Virar o paciente em decúbito lateral e colocar a toalha sob as costas;
  • Lavar e enxugar a parte visível das costas; em seguida, realizar massagem de conforto com creme hidratante (quando apropriado);
  • Retirar metade do lençol sujo e colocar o lençol limpo;
  • Virar o paciente para o outro lado, lavar a outra metade das costas e realizar massagem de conforto (quando apropriado);
  • Retirar o lençol sujo e esticar o limpo;
  • Deitar o paciente em decúbito dorsal, lavar a bacia utilizada e trocar a luva de banho e a compressa para iniciar a higienização da região genital;
  • Colocar a toalha embaixo da região glútea e a bacia próxima ao paciente, alcançando-lhe a compressa e o sabão;
  • Oferecer a bacia para que retire o sabão e termine sua higiene;
  • Caso o paciente esteja impossibilitado de fazer a sua própria higiene, colocar a toalha sob a região glútea e, com o auxílio de uma compressa, realizar a higiene íntima;
  • Vestir e pentear o paciente;
  • Deixar o paciente confortável;
  • Retirar o material utilizado no banho e encaminhá-lo para o expurgo;
  • Retirar as luvas e higienizar as mãos;
  • Registrar o procedimento e as intercorrências, caso ocorram.
  1. INFORMES
  • Para pacientes debilitados em risco de quedas, oferecer segurança por meio da utilização de grades laterais, conforme adequado, se, em algum momento, for necessário deixar o paciente sozinho;
  • Pacientes que estão inconscientes perderam o reflexo normal de piscar o olho, o que aumenta o seu risco de ressecamento da córnea, escoriações da córnea e infecções oculares (Reavaliar os olhos a cada 2 a 4 horas com relação ao ressecamento);
  • Não submergir os pés de pacientes com diabetes mellitus. Isso pode levar ao ressecamento da pele. A pele seca e escamosa é suscetível a rachaduras e ulcerações, proporcionando via de entrada para bactérias;
  • Utilizar movimentos curtos e rápidos quando lavar as pernas de um paciente em risco de TVP. Movimentos amplos e firmes podem mobilizar um coágulo, resultando em tromboembolismo. A presença de calor, vermelhidão, edema, sensibilidade e dor nos membros inferiores é importante, porque estes podem ser sinais precoces;
  • Não massagear áreas avermelhadas por sobre proeminências ósseas. Evidências sugerem que uma massagem firme sobre estas áreas podem resultar em diminuição do fluxo sanguíneo e lesão tecidual.

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