O cuidado a criança com câncer
Por: Luiz Miguel • 26/10/2019 • Monografia • 8.066 Palavras (33 Páginas) • 237 Visualizações
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE ENFERMAGEM
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
JANAINA SANTOS DE SOUZA GOMES
O ENFERMEIRO DIANTE DOS CUIDADOS PALIATIVOS À CRIANÇA COM CANCER
São Gonçalo
2019
JANAINA SANTOS DE SOUZA GOMES
O ENFERMEIRO DIANTE DOS CUIDADOS PALIATIVOS À CRIANÇA COM CANCER
Pesquisa apresentada como parte dos requisitos para a conclusão da disciplina de Trabalho De Conclusão De Curso do curso de Graduação Em Enfermagem Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO.
Orientador: Professor Mestre Robson Damião
São Gonçalo
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 Objeto da Pesquisa 4
1.2 Objetivo Geral 4
1.3 Objetivo Específico 4
1.4 Questões norteadoras 4
1.5 Justificativa 4
2. CONTEXTUALIZAÇÃO 5
2.1 A Morte e O Morrer 5
2.3 Humanização na Assistência de Enfermagem 8
3. METODOLOGIA 9
3.1 Tipo de pesquisa 9
3.2 Abordagem 9
3.3 Método 10
3.4 Coleta de dados 10
3.5 Analise dos dados 11
4. RESULTADOS 16
4.1 Terapêutica Paliativa Infantil 16
4.2 Enfermeiro Diante Do Processo De Morte E Morrer 19
4.3 Preparo do Enfermeiro 22
5. REFERENCIAL TEÓRICO 25
1. INTRODUÇÃO
O Câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo se espalhar para outras regiões e que se divide rapidamente, com tendência agressiva e incontrolável, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) e neoplasias malignas. (BRASIL, 2017).
Com o avanço da medicina desde a década de 1960, houve grande avanço no tratamento de canceres infantis, aumentando sua sobrevida, porém, de acordo com os dados obtidos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), a segunda causa de morte nos indivíduos com menos de 19 anos de idade se dá pelo câncer infantil perdendo apenas para causas externas.
A incidência publicada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2002) para 2016-2017 é de que neoplasias infantis tem 70% de chance de cura quando diagnosticado precocemente. No entanto existem casos em que não há possibilidade de cura.
Para os casos que não correspondem a nenhum tratamento, a única alternativa nesse momento são os cuidados paliativos, ou seja, assegurar o máximo da qualidade de vida e conforto a essa criança, iniciando então, o papel do enfermeiro no momento em que a família é notificada, tendo o objetivo de prestar uma assistência centralizada no bem-estar da criança de forma sistematizada e integral em seu processo de adoecimento e morte.
A morte é então um evento inevitável que ocorre na vida de qualquer indivíduo, entretanto não é considerada uma questão de fácil abordagem e discussão, já que em nossa cultura, é representada pelo pavor da perda e a não aceitação, exigindo do profissional enfermeiro, artifícios para cuidar com arte, habilidade empática e muita criatividade.
Os cuidados paliativos são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002, dizendo que esta é uma abordagem “que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. (BRASIL, 2017)
O CP é considerado um cuidado complexo que envolve diversos aspectos e deve então ser introduzido de forma gradual com base na comunicação clara, considerando os aspectos emocionais e respeitando a criança e a família. Exigindo que o profissional enfermeiro articule se de conhecimento técnico e científico, tendo afetividade na oferta do cuidado como pilar e visando a promoção da saúde, qualidade de vida, conforto e bem-estar dos mesmos, seja em ambiente hospitalar ou domiciliar.
Sendo deveres primários da equipe de saúde atuante no CP afirmar a vida e ver a morte como um processo natural, não lhe adiando nem lhe apressando, proporcionando alívio da dor e outros sintomas aflitivos, integrando aspectos psicológicos e espirituais, oferecendo apoio para uma vida o mais ativa possível até a morte e apoio aos familiares para enfrentarem o processo de morte do paciente e seu próprio luto aumentando a qualidade de vida.
“Na oncologia pediátrica faz-se necessária a busca pela visão ampliada dos sujeitos, como seres individualizados, tendo em vista que o conhecimento é essencial, mas deve-se usar como diz Silva et. al. (2015), o coração e a alma ao formular e prestar os serviços assistenciais, afastando o predomínio da lógica biologicista e valorizando o ser em sua totalidade.” (SILVA ET. AL. 2015).
A humanização que traz a amenização das dores em vários aspectos, deve, portanto, estar empregada no cotidiano dessa equipe que irá atuar com tal público, tornando o papel desempenhado pelo enfermeiro, de grande importância durante o processo de doença e morte. (SANTOS et. al., 2018).
O câncer na criança é uma das áreas considerada por Pereira, Bertold, Roese, (2015) mais geradoras de dor, sofrimento, ansiedade e estresse à equipe de enfermagem, devendo-se considerar como esta se sente perante a criança e sua condição oncológica estando ela fora de possibilidades de cura
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