O papel do enfermeiro quanto ao aborto provocado na atenção à saúde da mulher
Por: Maiara Konzgen • 8/3/2019 • Resenha • 637 Palavras (3 Páginas) • 492 Visualizações
Tarefa 3
O papel do enfermeiro quanto ao aborto provocado na atenção à saúde da mulher
O aborto provocado é reconhecido como um problema de saúde pública em todo o mundo, decorrente do alto índice de mortalidade materna associada à sua realização. Dos 20 milhões de abortos inseguros que anualmente ocorrem no mundo com complicações ou sequelas irreversíveis, 97% acontecem em países em desenvolvimento. Apesar das restrições legais, das condenações sociais, morais e religiosas e da alta mortalidade materna, o aborto continua existindo, ocasionando 15% do total das mortes maternas que ocorrem no mundo, por ano. No Brasil, o aborto é responsável por 11,4% do total de mortes maternas e 17% das causas obstétricas diretas, com parcela significativa decorrente do aborto provocado. (BENUTE, 2011)
Ainda segundo BENUTE (2011), Embora o tema faça parte da preparação dos profissionais da saúde, a abordagem ainda é influenciada por questões morais, sociais e religiosas que trazem dificuldades para a aceitação do tema e, consequentemente, para a assistência prestada, que acaba sendo norteada pela concepção de que o aborto é um crime, sem referenciar os direitos reprodutivos ou as questões sociais que incluem a problemática da clandestinidade.
Os profissionais de enfermagem que atuam em na área de obstetrícia muitos deparam-se com tais circunstâncias e precisam evitar que a contrariedade da situação do aborto afetem o serviço prestado de assistência prestado a mulher. Deve ser evitado o julgamento, punição, raiva e discriminação frente a estas situações de aborto provocado, em inúmeras situações este tipo de aborto é entendido como crime, exceto quando ocorre violência sexual.
O enfermeiro deve estar preparado para enfrentar as mais adversas situações, e essa é uma delas, principalmente os enfermeiros que atuam na obstetrícias que por muitas vezes sofrem com os familiares que perdem os bebês, acham injusto outros retirarem a chance de vida dos fetos. De modo geral, tem havido maior reflexão sobre a problemática do aborto, mas evidenciaram a necessidade de informar corretamente os ginecologistas e obstetras sobre as leis e normas que regulamentam a prática do aborto legal no país, visando assegurar que as mulheres tenham, de fato, acessam a esse direito. Considera-se que a ampliação desse conhecimento para todos os profissionais que atuam em obstetrícia e que lidam de modo direto ou indireto com as mulheres que provocaram o aborto permitirá a adequação do atendimento voltado para a assistência integral à saúde da mulher, como pode ser constatado no estudo de PEREIRA (2018).
Sendo assim quando uma paciente chega com caso de aborto provocado são necessários seguir os procedimentos e enfermagem, coletando os dados como histórico de enfermagem: identificação pessoal (idade, raça, religião e outros), antecedentes ginecológicos e obstétricos, relato do ocorrido e identificação do risco de exposição, deve-se ainda investigar, sinais e sintomas de infecção geniturinária; sinais de sangramento; investigar aspectos emocionais, sociais, apoiar a família ou pessoa significativa. Exame físico: a inspeção, ausculta, palpação, percussão, o exame especular e exame clínico de mama. Diagnóstico de enfermagem: Após a identificação dos dados procede-se com os diagnósticos de enfermagem identificados para cada familiares/acompanhantes. Acolhimento de enfermagem:Acolher a mulher, desde sua chegada à unidade de saúde, ouvindo suas queixas, permitindo que ela expresse suas preocupações; orientar e preparar a paciente para consulta médica; informar a equipe médica sobre os dados relevantes coletados durante a consulta de enfermagem; explicar a conduta de acordo com o tipo de aborto e a necessidade de internação; apoiar familiares e amigos, segundo suas necessidades. ( RODRIGUES, 2014).
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