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Pneumonia associada a ventilação mecânica

Por:   •  14/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  267 Visualizações

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Pneumonia associada a paciente em ventilação mecânica no

Centro de Terapia Intensiva - CTI

1. Introdução

De acordo com o Código Internacional de Doenças (CID10), a pneumonia é uma doença respiratória aguda de caráter multifatorial, a qual afeta o parênquima pulmonar, desenvolvendo um processo inflamatório de causa infecciosa, os principais agentes causadores são de origem bacteriana e viral1.

É considerada a principal causa de infecção nosocomial em UTI, incidindo, em mais de 90% dos casos, nos pacientes intubados e ventilados mecanicamente2.

Classifica-se as pneumonias como comunitária ou nosocomial. A comunitária é caracterizada como já presente ou incubada, na época da admissão hospitalar, ou seja, o paciente adquiriu essa infecção fora do ambiente hospitalar, e no caso da nosocomial o paciente contraiu a infecção dentro de um ambiente hospitalar, após 48 horas de internação. Grande parte dos pacientes que se encontram em situação crítica nas UTI’s desenvolveu durante o seu tempo de internação a pneumonia associada à ventilação mecânica PAVM, sendo considerada a principal infecção nosocomial neste ambiente hospitalar3.

A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é aquela que desenvolve-se após 48h de ventilação mecânica, excluindo-se os casos de pneumonias como causa da insuficiência respiratória. É considerada a segunda infecção mais frequente em Centro de Terapia Intensivo (CTI) americanas e a mais frequente na Europa. Contudo, no Brasil estudos individuais demonstram que a PAVM é considerada como uma das maiores causas de infecções hospitalares que conduzem altos índices de internações prolongadas, aumento dos custos hospitalares e consequentemente agravos no quadro clínico de pacientes 4.

A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é considerada uma das maiores infecções hospitalares, um estudo conduzido em 99 hospitais brasileiros, demonstrou que do total de infecções no ambiente hospitalar, 28,9% foi de pneumonia e, destas, 50% ocorreram em pacientes ventilados mecanicamente na unidade de terapia intensiva 5.

Os pacientes internados na UTI, estão expostos a uma vasta variedade de microrganismos patogênicos, ou seja, o referido lugar representa menos de 2% dos leitos hospitalares disponíveis, contudo, favorece com de 25% das infecções hospitalares, com significativo impacto nos índices de morbidade e mortalidade6.

O cuidado com a vida dos pacientes críticos em geral ocorre por meio da substituição de funções orgânicas por métodos artificiais, carecendo de acompanhamento e assistência contínua para manter estáveis as funções vitais aumentando a sobrevida desses pacientes. Dentre esses métodos pode-se citar a ventilação mecânica ou a traqueostomia que, por sua vez, rompem as barreiras imunológicas, afetam os mecanismos de defesas do trato respiratório, tais intervenções também podem ser danosas expondo-os a riscos de adquirir infecções comprometendo de forma significativa a sua recuperação 7,8,9.

A infecção hospitalar decorrente das complicações é descrita como qualquer infecção adquirida após a internação hospitalar ou pode manifestar-se logo após a alta, quando relacionada com o procedimento ou internação, em contrapartida difere-se de outras patologias por ser causada por agentes múltiplos e por sua cadeia de transmissão ser muito variável. Desta forma, salienta-se a pneumonia que quando associada à ventilação mecânica sua incidência é de 86% com a prevalência de 20,5 a 34,4 casos por 1.000 dias de VM, tendo uma variação entre 10% e 50% para desenvolver a doença com risco aproximado de 1% a 3% por dia de VM, podendo elevar os custos hospitalares e aumento do tempo de internações repercutindo de forma expressiva no quadro do paciente tendo como principal consequência mortalidade 10,11.

Observa-se que a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) apresenta uma repercussão variável, em termos de mortalidade, custos, aumento da permanência do paciente nas unidades hospitalares e tempo de ventilação mecânica.

Conhecendo-se as causas que levam a esta afecção, as medidas de prevenção para as pneumonias são fundamentais, devendo ser implantadas estratégias de controle centrando suas ações no treinamento de condutas para a assistência ao paciente crítico. Para que tenha-se bons resultados é imprescindível o envolvimento de toda a equipe, sendo de extrema importância a educação continuada de todos os profissionais que trabalham com pacientes com predisposição a desenvolver Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM).

Diante destas considerações entende-se que as medidas preventivas dessas infecções deve-se a equipe de enfermagem que assiste o paciente de forma direta e que responde por vários mecanismos de prevenção.

Por fim, deve se preservar o bem estar físico, mental e emocional do paciente numa visão holística, buscando a excelência no atendimento, competência profissional e minimizar consequentemente a ocorrência de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM).

2. Objetivos

Esta pesquisa tem por objetivo, investigar a partir de revisão bibliográfica, e informar aos profissionais da área de saúde, sobre alguns aspectos da Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) como, conceito, incidência, taxa de mortalidade e diagnóstico, enfatizando a importância dessa patologia, já que apresenta um grave problema de saúde no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

3. Método

3.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório, descritivo, com análise integrativa da literatura. O estudo bibliográfico possibilita a busca, a avaliação crítica e a síntese do estado do conhecimento sobre determinado assunto.

Os resultados e discussão dos dados obtidos serão apresentados de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão integrativa elaborada, como também atingir o objetivo desse método, ou seja, impactar positivamente na qualidade da prática de enfermagem, fornecendo subsídios ao enfermeiro para uma atuação visando contribuir com a otimização da assistência ao paciente acometido por PAVM, inclusive visando estudos posteriores para criação de protocolos assistenciais.

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