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RESENHA CRITICA DO FILME - A ILHA

Por:   •  12/2/2018  •  Resenha  •  626 Palavras (3 Páginas)  •  2.102 Visualizações

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RESENHA CRITICA DO FILME A ILHA

O filme A Ilha é sem dúvida uma produção que toca em um dos pontos mais fundamentais do ser humano que á a sobrevivência e o quanto faríamos pra ter alguns anos de vida a mais. Sua proposta entende a evolução e o saber científico como uma das bases essenciais para se compreender e discutir a realidade.

O filme mostra uma ideia muito interessante, com uma proposta válida, mas que acaba se perdendo por conta de seu gênero ação, o que é muito bom pra venda de ingressos, mas que deixa um pouco a desejar, pois elas não são poucas e bastante repetidas. Assim, a ideia principal corre o grande risco de ficar em segundo plano com tanta adrenalina em alta por conta cenas de ação.

O texto apresenta o personagem principal, Lincoln Six-Echo, que vive em uma instalação com visual totalmente moderno e futurista onde os administradores mantêm total controle sobre seus habitantes. A proposta de toda essa rigorosidade se baseia no fato de que o mundo sofreu uma catástrofe ambiental que destruiu o planeta e que está totalmente contaminado, sendo a Ilha, o único lugar seguro e livre de toda essa infecção onde é possível viver. Todos sonham ir pra ela e encontram no 'sorteio' a possibilidade de ser um dos grandes escolhidos, sendo essa uma das condições para sair ou então a gravidez.

Porém, algo no personagem principal passa a incomodá-lo. Ele tem visões de um mundo diferente e começa a agir como se não pertencesse a aquele lugar. Tal insatisfação faz com que ele questione a programação vigente e confrontar as ordens e determinações feitas a todos que ali habitam. Não demora muito e ele descobre que todos os habitantes do complexo são clones de pessoas ricas que pagam a criação desses seres e seu sustento afim de que quando precisarem de algum órgão encontrem neles os doadores ideais e compatíveis. Nesse caso, á loteria para partir pra Ilha é justamente o momento para a coleta de tais órgãos, onde o clone é eliminado. Nesse momento é que o filme engata na ação intensa é que o casal de clones protagonistas parte em busca de respostas e fogem para sobreviver.

O futuro apresentado no filme é um ano que já passou e, tal em outros filmes, nada a tem a ver com a realidade presente: 2015. Claro que muita coisa evoluiu, principalmente a ciência, mas pouco se pode ver como algo que realmente alcance essa proposta que parece tão distante.

Não são poucos os pontos válidos do filme, onde podemos encontrar muitas ideais pra debater, tipo a falta de liberdade, o controle e a repressão de forma geral, doação de órgãos, sobre quem tem as devidas condições para ter uma vida melhor ou mesmo pagar pra ter melhores oportunidades, porém, o filme é um veículo importante para trazer à tona algo que pouco se discute de forma aberta e que já foi apresentada em outra produção nacional: o clone. Considerações válidas são feitas ao decorrer do longa-metragem e apresenta a evolução do ser humano e suas questões filosóficas como “de onde eu vim quem eu sou, para onde vou?” Outro momento que serve de plano de fundo de fundo é discutir a ética, a cultura, sendo tudo isso diretamente associado à engenharia genética e a clonagem, sendo um desses fatores primordiais a religião; primeiro quando a serpente aparece pra mulher assim que chegam a cidade e quando o personagem pergunta “quem é Deus”.

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