Relatório do Filme: Brava gente, a história de Anna Neri

Durante a guerra do Paraguai no ano de 1864, Anna Justina Ferreira Neri escreveu para o presidente da província, pedindo para trabalhar como enfermeira voluntária na guerra, após seus filhos terem sidos convocados para servir. Seu pedido foi aceito e logo foi cuidar dos doentes e feridos. Ao chegar, Anna Neri se deparou com a condição de não poder tratar dos feridos e doentes que estavam em isolamento na ''bolha'' e de doentes adversários, caso descumprisse as regras estaria sujeita a exclusão ou fuzilamento.

No seu primeiro dia, Ana visitando os doentes se depara com uma criança gravemente ferida, por ser adversário o capitão decide não prestar assistência, dizendo que os materiais deveriam ser gastos com os patriotas e não com adversários. Ao falar para o médico e ser ignorada, Ana decide operar escondido o menino Taiti. O capitão ao saber do fato ocorrido não a expulsa, mas dá a penalidade de lavar todas as roupas sujas da enfermaria, e Ana escolhe fazer mais do que foi mandada, com sua determinação e competência junto aos pacientes que lhe ajudaram, limpa todo o leito, definindo regras para melhorar a higiene do local com o intuito de prevenir futuras infecções nos pacientes. O que resultou em ótimo método de prevenção e trouxe bons resultados. Dividiu os mesmos pacientes em 5 grupos, sendo eles: banho, alimentação, limpeza do ambiente, corte de barba e cabelo e cal para prevenir os piolhos.

Após conversar com os pacientes, inclusive com o irmão do capitão dizendo que ele era um monstro, escuta tristes histórias e resolve ir ao isolamento a noite escondida, descobre que lá estão prisioneiros da guerra e são tratados como de forma desumana. Então ela solta o tenente do Paraguai, logo o exército soube da deslealdade a pátria e o capitão desconfia de Anna Neri. Durante a visita do coronel Duque de Caxias ao hospital recebeu elogios pelo seu trabalho.

Logo após, Ana confessa o que fez e conta também todos os atos de crueldade e o general confirma o que Ana falou. Houve um ataque dos artilheiros rivais e muitos pacientes foram atingidos e faleceram.

Anna Neri foi absorvida de suas incriminações, ficou conhecida com ''mãe da enfermagem'' e deixou um legado muito importante: que independentemente de sua cor, raça, religião ou lado de guerra, as pessoas precisam de cuidados, pois todos são seres humanos.