A Ecotoxicologia
Por: Li.oliveira.ifrj • 18/6/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 2.057 Palavras (9 Páginas) • 310 Visualizações
Ecotoxicologia
Enfoque na Toxicologia Ambiental e na Toxicologia Ocupacional, sendo um ramo da Toxicologia Ambiental (nova, a partir da década de 60). Utilizam-se de muitos conceitos da Toxicologia Analítica e da Toxicologia Experimental.
- Analisar o toxicantes;
- Caracterizar as características físico-químicas, como ele se comporta no ambiente;
- Ter o entendimento;
- Passar um prognóstico de determinados toxicantes no que se diz respeito aos seus efeitos deletérios, tanto para a saúde humana quanto para o ambiente.
Pode ser de origem antropogênica, ou seja, são de origem humana – a partir de alguma atividade nossa e que acarreta a presença no ambiente. Surge a pergunta, então, de “como preservar o meio ambiente? ”.
Há uma série de estudos toxicológicos/ecotoxicológicos com diversas substâncias, como os medicamentos, por exemplo. O que acontece quando os medicamentos são descartados? Será que tem algum impacto no ambiente? E as substâncias usadas na indústria de plásticos? Qual o destino do nosso próprio lixo? Os estudos visam entender:
- Qual a característica do toxicante;
- Qual o comportamento dele no meio ambiente;
- Qual a sequela/consequência que ele deixa para o meio ambiente.
Na década de 60, a pesquisadora Rachel Carson observou o uso de pesticidas/organofosforados que eram espalhados por aviões de qualquer forma, os trabalhadores que mexiam diretamente com essas substâncias não usavam os EPIs necessários, espalhavam-se sobre plantações e, muitas das vezes, no momento da colheita, os trabalhadores também ficavam expostos.
Na década de 30 já havia muitos estudos rudimentares na área da Toxicologia Experimental tentando avaliar em organismos aquáticos quais eram as consequências de determinados xenobióticos. Eram testes considerados de toxidade aguda – relativamente rápidos (não acompanha o desenvolvimento), pensando muito na ideia de cadeia alimentar. Eram distantes porque a exposição não era aguda, e sim pontuais ao longo do tempo (efeitos acumulativos para a população).
Na década de 70, no Brasil, deu-se o início à padronização de alguns testes, os quais também eram feitos em organismos aquáticos.
Os xenobióticos têm atividade humanas, na indústria, descarte de lixo, da própria natureza (cadeia alimentar, processos naturais) .... Chegam ao ecossistema e causam alguma consequência ecotoxicológica.
Os poluentes têm, basicamente, como destino:
- Solo;
- Ar;
- Água;
- Transitar por esses meios – transporte/transferência entre os meios.
Algum resíduo que se encontre na água → quando há um aumento do volume de água do rio, por exemplo, pode chegar até o solo e contaminar.
Lixiviação – se a rocha estiver contaminada, o processo de lixiviação pode fazer com que o toxificante seja encaminhado para o meio aquático. Há um impacto tanto no solo quanto na água.
A análise ecotoxicológica de sedimentos talvez seja mais difícil, pois não tem como garantir que aquele momento daquela amostragem feita vai ser presente ali. O processo de lixiviação pode ocorrer, por exemplo, próximo a períodos de chuvas, a maré mais elevada em determinado período, correnteza.
O tipo de transporte pode ser definido como dois grupos:
- Fatores abióticos → evaporação da água
- Fatores bióticos → quando há o envolvimento de organismos.
Meio aquático
[pic 1][pic 2]
Outros poluentes na água:
- Materiais particulados do solo;
- Produtos químicos insolúveis que também formam os sedimentos na água;
- Fertilizantes agrícolas;
- Esgotos domésticos;
- Resíduos industriais;
- Metais pesados que também podem vir do lixo comum – pilhas, por exemplo; atividades de garimpo, mineração;
- Plástico.
Alguns podem demorar anos para se decomporem. A ecotoxicologia neste ambiente estudará exatamente as consequências da poluição, determinará o quanto de tempo será necessário para se ter a decomposição dos poluentes, como prevenir.
A contaminação pelo petróleo é um outro grande desafio. A preocupação é principalmente em relação aos animais, visto que todos participam de vários eixos da cadeia alimentar. Estes peixes, por exemplo, têm a respiração dificultada, não conseguindo realizar as trocas gasosas; os que habitam os locais mais profundos dependem que os raios solares cheguem para que vários processos biológicos sejam realizados não conseguirão realiza-los (os raios não chegam devido à espessa camada de petróleo na água); as aves na tentativa de caçar os peixes para sua alimentação acabam por se contaminarem com petróleo também.
Os mangues, que seriam importantes na nutrição dos solos (decomposição de árvores e de alguns materiais orgânicos), hoje já não há tantos como se deveriam.
Solos
A contaminação dos aterros pode-se dar por:
- Metais pesados;
- Materiais hospitalares (seringas e outros perfurocortantes);
- Produtos de obra.
Os lençóis freáticos por:
- Materiais de descarte, que também podem contaminar águas subterrâneas, riachos;
- Técnicas de mineração que se utilizam de materiais pesados.
OBS: Bioacumulação X Biomagnificação
Processos que ocorrem após o xenotbiótico ser distribuído (transporte). Depois que ele se concentra no meio pode sofrer o processo de bioacumulação, onde o xenobiótico se concentra/acumula em algum organismo. Já a biomagnificação envolve a cadeia alimentar, ou seja, a partir do momento que um organismo maior consome um organismo menor que está passando por um contato com o xenobiótico, esse organismo maior está “concentrando mais ainda”. A biomagnificação é uma bioacumulação maior, só que envolvendo a cadeia alimentar.
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