Relatório ecotoxicologia
Por: luanmilan • 6/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.537 Palavras (11 Páginas) • 444 Visualizações
Universidade Federal de São Carlos – Campus Araras[pic 1][pic 2]
Centro de Ciências Agrárias
Profª Drª Roberta C.F. Nocelli
AGROTÓXICOS E ORGANISMOS NÃO ALVO:
DETERMINAÇÃO DE CL50
DETERMINAÇÃO DE DL50
CÁLCULOS DE DOSE-RESPOSTA DL50 E CL50
Luan Gabriel Milan R.A: 640913
Marina Sílvia Zan Siqueira R.A: 585556
Suzana Maria de Macedo Soares Pires R.A: 585653
Ecotoxicologia
03/12/2015
Introdução
Os serviços dos ecossistemas, são a garantia de vida do homem na terra. Para que aconteça a manutenção, diversidade e abundancia, os ecossistemas passam por processos que são os serviços dos ecossistemas.
Um desses processos é a polinização. No caso das angiospermas é a transferência do grão de pólen da antera para o estigma da flor ou diretamente no óvulo no caso das gimnospermas, sem a polinização não há variabilidade genética entre as plantas, tanto em sistemas naturais como em sistema agrícola.
As abelhas são visitantes florais obrigatórios por dependerem dos recursos oferecidos pelas flores como néctar e pólen que são à base de sua alimentação em todo seu ciclo de vida. Por tanto são as abelhas polinizadores de muita importância já que são responsáveis pela polinização de 73% das espécies das plantas cultivadas.
A preocupação com a conservação das abelhas tem se evidenciado por conta do declínio dos polinizadores e os grandes vilões são o desmatamento como resultado da fragmentação de habitats; o uso de agroquímicos em culturas agrícolas e introdução de espécies competitivas com as abelhas nativas. Em 2006, apareceu nos Estados Unidos um fenômeno conhecido como Desordem do colapso da colônia (DCC) e no início de 2007 aparece em vários países da Europa semelhante fenômeno (DUPONT,2007).
Em uma comunidade biótica, a perda de polinizadores é um processo muito difícil de ser revertido. E a destruição de seus habitats, o desconhecimento das espécies são agravantes para que aconteça essa recuperação.
Os primeiros estudos avaliando os efeitos tóxicos dos defensivos agrícolas sobre as abelhas datam da década de 1940 e tiveram início nos Estados Unidos e na Europa ( Nocelli pag 257,2012 Polinizadores no Brasil). No Brasil, eles aconteceram posteriormente, por volta da década de 1970 (Malaspina,1979).
E o aumento do uso de agrotóxicos como inseticidas; herbicidas; acaricidas e fungicidas acabaram por atingir organismos não alvo, por esse motivo muitos estudos e pesquisas são necessários.
De acordo com Nocelli apud Malaspina (1979) os inseticidas podem afetar as abelhas de três modos 1-contatos; 2-ingestão e 3-fumigação; sendo que os efeitos tóxicos também estão indiretamente ligados às concentrações administradas, o tempo de exposição, dentre outras características.
Existem várias técnicas para estudar como esses produtos atuam nos processos biológicos dos organismos. Os testes de avaliação da toxicidade respeitam metodologias padronizadas mundialmente.
No Brasil há cerca de duas mil espécies de abelhas catalogadas e estima-se mais três mil a serem descritas.
”A escassez de estudos sobre esses polinizadores nos mostra a sua importância tanto em termos de conservação biológica quanto para os criadores que estão tendo um grande prejuízo com a perda de suas abelha, quanto para os agricultores que precisam desses insetos para polinizar suas plantações.”(Nocelli et al ,2012)
“Esses insetos, tão essenciais para a nossa agricultura e, de fato, para nossa paisagem como nós a conhecemos, merecem algo melhor de nós do que a destruição insensata de seu habitat” (Carsson, R.; pag 73; Primavera Silenciosa).
A diversidade de abelhas nativas no Brasil é grande, com espécies de hábitos sociais e solitários. A Melipona scutellaris é uma espécie social, popularmente conhecida como uruçu, iruçu. São responsáveis por polinização de culturas como abacate, pimentão e outras. Essas abelhas são atingidas por efeitos dos agrotóxicos aplicados na agricultura e não existem tantos estudos com essa espécie. Daí a necessidade de muitas pesquisas com essa e outras espécies nativas.
Objetivos
1) Determinar a toxicidade aguda oral de agrotóxicos para abelhas adultas (CL 50).
2) Determinar a toxicidade tópica de agrotóxicos para abelhas adultas (DL 50).
3) Análise de dados da CL e DL usando o software BioStav v5.
Materiais e Métodos
1)Ingrediente ativo (Dimetoato), alimento (água e açúcar), Micropipeta, Ponteiras, Microtubos (eppendorf), potes de plástico, vórtex.
2) Ingrediente ativo (Dimetoato), alimento (água e açúcar), Micropipeta, Ponteiras, Microtubos (eppendorf), potes de plástico, vórtex.
3)Microcomputador, software BioStav v5.
1)Métodos
Houve a coleta anterior dos indivíduos adultos de abelhas operárias da espécie Melipona scutellaris. Neste teste foram utilizadas 210 abelhas, com repetições de 70 abelhas de três diferentes colônias.
Realizaram-se diversas diluições para encontrar a concentração desejada do ingrediente ativo, iniciada pela solução inicial ou solução mãe. Esta solução é composta pelo ingrediente ativo dissolvido em água ou outro solvente. As demais concentrações são obtidas por meio da cascata de diluição.
Para determinar as quantidades de Dimetoato, foi utilizada seguinte expressão:
|
Na qual C1 expressa a solução que conhecida (começando com a solução “mãe”), V1 igual ao volume que se utilizou para determinada concentração, C2 igual à próxima concentração e V2 igual a um volume constante (no caso 20.000 µl).
Para cada concentração, o volume total é constante igual a 20.000, assim:
- Concentração de 14 µl de Dimetoato, aplicando-se na expressão, temos:
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