Relátorio sobre ecotoxicologia
Por: allanath • 18/9/2019 • Relatório de pesquisa • 3.026 Palavras (13 Páginas) • 172 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
COORDENAÇÃO DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC
ENSAIOS CRÔNICOS EM Mysidopsis juniae EXPOSTO À ÁGUA E SEDIMENTO DE ESTUÁRIOS SERGIPANOS.
Área do conhecimento: Ecologia aplicada
Subárea do conhecimento: Ecotoxicologia
Especialidade do conhecimento: Ecologia de Ecossistemas Aquáticos
Relatório Parcial
Período da bolsa: de Agosto de 2018 à Janeiro de 2019
Este projeto é desenvolvido com bolsa de iniciação científica PIBIC/COPES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 01
2 OBJETIVO 02
2.1. Objetivo Geral 02
2.2. Objetivo Específicos 02
3. METODOLOGIA 02
3.1. Área de estudo 02
3.2. Amostragem 04
3.3. Organismo-teste e cultivo 05
3.4. Teste com interface sedimento-água 06
3.5. Teste de referência 07
3.6. Bioennsaio crônico com Mysidopsis juniae 08
3.7. Análise de dados 09
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 09
4.1. Ensaios com substância de referência 09
5. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
- INTRODUÇÃO
As regiões estuarinas podem ser definidas como áreas semifechadas onde a água doce e a água do mar se encontram e se misturam (CASTRO, 2012). Por constituírem áreas de elevada diversidade estrutural, servindo de proteção, locais de refúgio, alimentação e reprodução para organismos costeiros e marinhos (SANTANA et al, 2015).
Dada relevância dessas áreas, a poluição nestas regiões torna-se uma questão preocupante, pois os fatores antrópicos, impulsionados pela expansão desordenadas de cidades e o desenvolvimento acelerado das grandes indústrias, propiciam a contaminação de águas por dejetos humanos sem tratamento ou parcialmente tratados. Deste modo, esses efeitos podem ocasionar no desequilíbrio ambiental dos ecossistemas que compõem essas regiões (CARVALHO et al, 2007).
A região estuarina do estado de Sergipe, assim como em rios brasileiros estas áreas são utilizadas pela indústria, agropecuária e sede de municípios, carecem de estudos em relação a poluição (SEMARH, 2014). Além de serem regiões sensíveis e vulneráveis à ação antrópica, a qual influência no processo erosivo ao longo do seu curso, decorrentes de atividades como agricultura, pavimentação, desmatamento e da construção civil (FONTES, 2003).
Ensaios ecotoxicológicos evidenciaram toxicidade na água e sedimento na região estuarina do rio Poxim e do rio Sergipe. Santos (2014) utilizou o microcrustáceo Mysidopsis juniae o qual observou uma redução significativa na sobrevivência dos organismos, durante o período chuvoso. Em seguida, Jesus (2018), também utilizou os mesmos organismos-testes e, ao analisar a qualidade ambiental do estuário do rio Sergipe, observou efeito tóxico, inclusive na reprodução de organismos bentônicos.
Dessa maneira são necessários estudos que avaliem a qualidade do ambiente estuarino,
pois conhecendo os problemas associados à sua degradação, podem ser direcionadas ações que minimizem os problemas ambientais associados a esse local, que consiste em um ambiente importante para provisão de serviços ambientais.
A ecotoxicologia estuda de forma qualitativa e quantitativa dos efeitos adversos das substâncias químicas, levando em conta suas inter-relações no ecossistema além da sua atuação nos organismos (CHASIN & AZEVEDO, 2003). Esta ciência pressupõe o uso de testes de toxicidade com organismos, os chamados bioensaios. Estes testes são feitos em laboratório e determinam o grau ou o efeito tóxico de uma amostra ambiental ou de uma substância em determinado organismo-teste.
Estes testes podem ser classificados em agudos e crônicos, sendo diferentes no tipo de resposta que eles apresentam e na sua duração. Os testes agudos são aqueles onde os efeitos são avaliados em menor tempo de exposição, considerando o ciclo de vida do organismo-teste. Nesse tipo de avaliação geralmente são observados efeitos letais aos organismos em períodos que podem variar de horas a poucos dias (ZAGATTO & BERTOLETTI, 2006).
Os estudos de toxicidade crônica são projetados para avaliar os efeitos da exposição dos organismos-teste durante uma parcela significativa do seu tempo de vida (normalmente um décimo ou mais do ciclo de vida). Nesse tipo de teste são avaliados efeitos subletais, tais como reprodução, crescimento, peso, comportamento, resíduos em tecidos ou efeitos bioquímicos.
Para o ambiente marinho e estuarino, os ensaios ecotoxicológicos são normalizados pela Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT) e que sugerem a utilização dos misidáceos Mysidopsis juniae e Mysidium gracile, a bactéria marinha Vibrio fisherie os ouriços-do-mar Lytechinus variegatus e Echinometra lucunter (ABNT, 2011).
- OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Avaliar a qualidade ambiental dos estuários do rio Sergipe, inclusive o rio do Sal e Poxim, e também do rio Real, em Indiaroba, por meio de ensaios ecotoxicológicos com amostras de água e sedimento.
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