ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE IRVINGIA GABONENSIS NO TRATAMENTO DE OBESIDADE E DOENÇAS RELACIONADAS: UMA ABORDAGEM BIBLIOGRÁFICA
Por: Isabela M • 31/8/2021 • Projeto de pesquisa • 1.803 Palavras (8 Páginas) • 191 Visualizações
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PROJETO DE PESQUISA - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARCIAL 1 - CURSO DE FARMÁCIA[pic 3]
Título: |
“AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE IRVINGIA GABONENSIS NO TRATAMENTO DE OBESIDADE E DOENÇAS RELACIONADAS: UMA ABORDAGEM BIBLIOGRÁFICA” |
Docente orientador e co-orientador (titulação): |
Orientador(a): Profª. Ms. Chimenny Auluã Lascas de Moraes Nakassima. Orientador(a): Profª. Ms. Marcia Rocha Gabaldi |
Resumo: (entre 300 e 500 palavras - espaçamento simples entre linhas) |
Através de pesquisa em bases de dados, foi realizada uma revisão da literatura, no período de 2002 a 2020, analisando os efeitos da Irvingia gabonensis sobre a obesidade e doenças relacionadas, tais como diabetes mellitus e hipercolesterolemia. As plataformas consultadas foram Google Acadêmico, Science Direct, Scielo, Pubmed e literaturas técnicas de fornecedores da matéria-prima Irvingia gabonensis. A obesidade é uma doença crônica, progressiva, recidivante e uma epidemia global de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), caracterizada pelo excesso de gordura corporal em concentração que confere efeitos deletérios à saúde. Com inúmeras complicações, de acordo com cada organismo, o sobrepeso pode desencadear diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono, alguns tipos de câncer, e, ainda, fatores psicológicos relacionados ao estigma da obesidade. No leque de métodos complementares no tratamento da obesidade, está o uso de fitoterápicos. Dentre esses ativos, está a Irvingia gabonensis, conhecida como manga africana; é uma Árvore natural da África e do Sudeste Asiático com fruto sendo uma grande drupa e de polpa fibrosa. Verificou-se, em estudo epidemiológico realizado em populações tribais da África, que as pessoas de determinada região, apresentavam baixa incidência de obesidade, diabetes e doenças relacionadas devido ao uso frequente de uma pasta produzida a partir das sementes da Irvingia com o propósito de espessar sopas. A partir desse estudo, desenvolveu-se um extrato concentrado, que é utilizado no controle da absorção de lipídeos da dieta e de peso corpóreo, colesterol e glicemia, promovendo a saciedade, e apresentando efeito laxativo e retardo do esvaziamento gástrico. Tendo em vista que mais de um bilhão de adultos, em todo o mundo, está acima do peso e, que destes, 500 milhões são considerados obesos; que o excesso de peso é evidenciado em 60% dos brasileiros adultos e que essas estatísticas estão em elevação em todas as faixas etárias, este trabalho tem como objetivo avaliar uma das alternativas eficazes e seguras como recurso terapêutico. | |
Três palavras-chave separadas por ponto: | |
Fitoterápicos. Irvingia gabonensis. Obesidade | |
ÁREA: | SUBÁREA: |
Linha de Pesquisa | |
Grupo de Pesquisa (CNPQ): | |
Pesquisadores: | |
Pesquisador(es)/ link do Currículo Lattes: Chimenny A.L.Moraes Nakassima (http://lattes.cnpq.br/8252555329764661) Marcia Rocha Gabaldi Isabela Mariane Pereira (http://lattes.cnpq.br/8252231742730642) Victor Henrique Fernandes Guimarães | |
Introdução: | |
A obesidade é uma doença crônica, progressiva, recidivante e uma epidemia global de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), caracterizada pelo excesso de gordura corporal em concentração que confere efeitos deletérios à saúde. Com inúmeras complicações, de acordo com cada organismo, o sobrepeso pode desencadear diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono, alguns tipos de câncer, e, ainda, fatores psicológicos relacionados ao estigma da obesidade [1]. Sabe-se que a localização abdominal de gordura (obesidade central) é a mais associada a distúrbios metabólicos e riscos cardiovasculares [2]. É consenso na literatura de que sua etiologia é multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. Os fatores mais estudados da obesidade são os biológicos relacionados ao estilo de vida, especialmente no que diz respeito à dieta e atividade física. Tais investigações se concentram nas questões relacionadas ao maior aporte energético da dieta e na diminuição da prática da atividade física e do sedentarismo, configurando o denominado estilo de vida ocidental contemporâneo [3]. O diagnóstico da obesidade é realizado a partir do parâmetro estipulado pela Organização Mundial de Saúde- o body mass index (BMI) ou índice de massa corporal (IMC), obtido a partir da relação entre peso corpóreo (kg) e estatura (m)² dos indivíduos. Através deste parâmetro, são considerados obesos os indivíduos cujo IMC encontra-se num valor igual ou superior a 30 kg/m²[3]. A complexa patogênese da doença leva à necessidade de diferentes estratégias de intervenção e, no leque de terapêuticas complementares no tratamento da obesidade, está o uso de fitoterápicos. Nas duas últimas décadas, pesquisadores tem dedicado significativos esforços na compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos no controle do apetite, da fome e da saciedade, e na obtenção de produtos efetivos para o tratamento e diminuição da incidência de obesidade, incluindo os de origem vegetal. A fitoterapia é caracterizada pelo tratamento de estados patológicos através da utilização de substratos naturais de origem botânica. Diversas plantas medicinais tem sido estudadas e utilizadas com o objetivo de redução de peso, principalmente aquelas com ação termogênicas, ou que suprimam o apetite [4], pois contém uma grande variedade de componentes com diferentes efeitos anti-obesidade e antioxidantes no metabolismo corporal e na oxidação de gordura [5]. Evidências indicam que os produtos naturais com efeitos na obesidade podem ser classificadoss em cinco categorias, baseadas em seus diferentes mecanismos; diminuição da absorção de lipídios, diminuição na absorção de carboidratos, aumento do gasto energético, diminuição da diferenciação e proliferação de pré-adipócitos, diminuição da lipogênese e aumento da lipólise [6]. Dentre esses ativos, está a Irvingia gabonensis, conhecida como manga africana; é uma Árvore natural da África e do Sudeste Asiático com cerca de 15–40 m, de fuste ligeiramente apoiado, folhagem verde escura e flores amarelas perfumadas, o fruto apresenta-se esférico e liso, o mesocarpo é amarelo e fibroso e endocarpo duro quando maduro. O uso da semente da planta tem sido de interesse na produção de alimentos, bebidas, fins medicinais, bem como produtos cosméticos. A semente da planta contém lipídios e constituíntes poliméricos e é, geralmente, colhida durante a estação seca quando madura [7]. A semente de Irvingia gabonensis ( Ogbono ) consiste em aproximadamente 62,8% de gorduras e 19,7% de carboidratos [8] Verificou-se, em estudo epidemiológico realizado em populações tribais da África, que as pessoas de determinada região, apresentavam baixa incidência de obesidade, diabetes e doenças relacionadas devido ao uso frequente de uma pasta produzida a partir das sementes da Irvíngia com o propósito de espessar sopas [10]. Após o estudo, desenvolveu-se um extrato concentrado, que é utilizado no controle da absorção de lipídeos da dieta e de peso corpóreo, colesterol e glicemia, promovendo a saciedade, e apresentando efeito laxativo (as fibras solúveis encontradas no extrato, são capazes de aumentar seu volume no intestino, provocando efeito laxativo e retarda o esvaziamento gástrico) [9,11]. |
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