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ARTIGO COMPLETO- LILIAM WITH MONALISA ARAUJO SILVA

Por:   •  28/10/2017  •  Artigo  •  3.139 Palavras (13 Páginas)  •  359 Visualizações

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Segundo a Psychemedics Corporation (2016, p.1) “A maconha é a mais usada droga ilícita no Brasil e no mundo; esta droga é utilizada há milênios em todo o mundo(...)”.  A questão norteadora do trabalho é voltada para averiguar: Qual ação do tetrahidrocanabinol (THC) no Sistema Nervoso Central (SNC)?. Com o intuito de trazer informações para as pessoas, conscientizando o uso racional da maconha informando também os benefícios e malefícios que se obtém através do uso do mesmo.

A maconha, cujo nome científico é Cannabis sativa, foi considerada uma das drogas mais usadas no Brasil, este fato ocorreu devido seu baixo custo e seu fácil acesso, com isso se espalhou e virou alvo de consumo por vários brasileiros, faltando informações sobre o devido uso e suas consequências. Geralmente é fumada pelos usuários, mas também pode ser ingerida. As pessoas utilizam a droga como uma maneira de se livrar de problemas, aliviar o estresse proporcionando uma sensação de leveza um bem-estar físico, psíquico e mental trazendo assim vários problemas para a saúde do próprio usuário.

Existe também as formas medicinais que é o uso farmacológico da cannabis sativa para a saúde. O tetrahidrocanabinol (THC) é a substância responsável pelos efeitos no organismo, e também utilizado como princípio ativo no medicamento Canabidiol, alvo de várias polêmicas quanto a fabricação, posologia, cultivo e produção, pois ainda estão em estudos a funcionalidade desse novo medicamento e como deve ser ministrado. Alguns efeitos físicos do uso da maconha trazem sinais como: memória prejudicada, confusão entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, pouco equilibro e força muscular, perda da coordenação, olhos avermelhados, aumento dos batimentos cardíacos. O tempo necessário é 30 a 60 minutos até começar a sentir esses efeitos, esse tempo é especificado de acordo com a quantidade e qualidade da planta, pois consumindo a planta pura e em uma grande quantidade os efeitos aparecem mais rápido, isso explica o porquê da qualidade e quantidade. Foi descoberto em estudos, efeitos benéficos da maconha que pode ser utilizado no tratamento de doenças como: glaucoma, dores crônicas, esclerose múltipla, anorexia, inflamações e o principal uso que foi amenizar os sintomas de epilepsia, bem como de doenças psiquiátricas e neurodegenerativas.

O objetivo geral: Analisar os efeitos da maconha no organismo. Bem como os objetivos específicos: Identificar os benefícios e malefícios do uso da maconha no organismo; analisar aplicação terapêutica da droga; argumentar sobre os medicamentos que possuem como princípio ativo o THC.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

A Cannabis sativa, sua grande popularização ocorre em virtude de seu fácil acesso, tendo em vista que a mesma é demasiadamente comercializada de forma ilegal, e possuir um preço acessível para os dependentes químicos com menores condições financeiras. É uma droga composta principalmente de dois princípios ativos em abundância: o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), sendo estes os responsáveis pelos efeitos da maconha.

Inúmeros estudos estão sendo desenvolvidos para averiguar a ação da maconha no sistema nervoso central, dentre os principais estudos busca-se verificar seus princípios ativos e formas medicinais de utilizá-los no tratamento de diversas enfermidades, sem acarretar em possíveis dependências químicas.

2.1 Princípio ativo

O tetrahidrocanabinol (THC) é a substância responsável pelos efeitos no organismo. Em meio a diversos questionamentos, o estudo sobre os efeitos da cannabis está bastante difundido. Atualmente no mercado já está disponível o canabidiol, medicamento com o princípio ativo THC, no qual é alvo de inúmeras polêmicas quanto a sua fabricação e a seu uso.

Segundo Saúde em movimento (2016, p. 1), o THC:

O THC (tetrahidrocanabinol) é uma substância química fabricada pela própria maconha, sendo o principal responsável pelos efeitos da planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode variar de acordo com o solo, clima, estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso) a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos. Esta variação nos efeitos depende também da própria pessoa que fuma a planta: todos nós sabemos que há grande variação entre as pessoas; de fato, ninguém é igual a ninguém! Assim, a dose de maconha que é insuficiente para um pode produzir efeito nítido em outro e até uma forte intoxicação num terceiro.

        O estudo do THC baseia-se em identificar os locais onde a droga atua e seus efeitos, podendo assim buscar meios no qual será assim possível controlar a forma de atuação da substancia, promovendo assim efeitos benéficos, sem que haja a subordinação de utilizar o narcótico.

2.2 Toxicocinética

A toxicocinética é a forma que o narcótico é absorvido pelo organismo. Quando utilizada em forma de cigarro a absorção inicia-se no ato de tragar, aspirando assim a fumaça, no qual é levada através do aparelho respiratório até os pulmões, sendo assim posteriormente levada por todo o corpo por via da circulação sanguínea.

De acordo com a Toxicologia (2016, p.1)

A absorção se dá por via respiratória, em minutos, e oral, em 1 a 4h, e mais lentamente, por via digestiva, sobretudo quando há presença de alimentos no tubo gastrintestinal. A meia-vida é de 28 h, nas pessoas dependentes, e de 57 h em não-dependentes, com um armazenamento em tecido adiposo. Após metabolismo hepático e, secundariamente em outros tecidos, como os pulmões, o subproduto principal é o 11-hidroxi-THC, que se encontra em quantidades significativas no sangue e pode ser detectado laboratorialmente em até 1 semana a mais de 3 meses. A excreção dos diferentes metabólitos do TCH pode ser freada por uma provável circulação entero-hepática.

        Após entrar na corrente sanguínea, as substancias presentes na maconha são transportadas a todo o organismo por via das veias e vasos sanguíneos, passando assim por todos os sistemas e órgãos. Há áreas nas quais são mais afetadas pela sustância, como os pulmões e o sistema nervoso central (SNC), pois o alucinógeno promove forte influência sobre os mesmos.

        No pulmão, o risco de desenvolver câncer é altamente desenvolvido, e no SNC o tóxico age imediatamente após o consumo, sendo este o principal responsável pelas características físicas e psicológicas resultantes do uso da droga.

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