CITAÇÕES REPRESENTATIVAS
Por: Graziinha Ferreira • 18/9/2018 • Trabalho acadêmico • 590 Palavras (3 Páginas) • 213 Visualizações
BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália – novela sociolinguística. Editora Contexto. Ed,13ª – São Paulo, 2006.
Jussara da Cruz Santos ¹
CITAÇÕES REPRESENTATIVAS
“A gente acaba saindo da loja com mais coisas do que precisava, e com menos dinheiro no bolso... — conclui Emília.” (p.58)
“Eu já reparei isso na fala de muita gente e agora na letra do “Cuitelinho” apareceu de novo... É essa preguiça que o povo tem de pronunciar o LH direito. Em vez de trabalho, diz trabaio; em vez de telha, diz têia...” (p.63)
“Aliás, eu ia mesmo comentar que isso também aparece na letra da música que a gente viu ontem. A Nara canta “as onda se espaia”, “as garça dá meia volta, brinca na bera da praia”, “os óio se enche d’água...” (p.74)
“Porque, neste caso, o que existe talvez seja um motivo de natureza psicológica. Aliás, você já tinha falado disso no nosso primeiro bate-papo, quando disse que a questão do outro, do diferente parece ser o grande problema do ser humano.” (p.76)
“[...] Ai, meu Deus, que garota mais CDF! Quer ter aula até na hora do café da manhã... [...] Não tem hora marcada para isso, dona Emília... Toda hora é hora de investigar, descobrir e aprender...” (p.182)
“Em outras sociedades, como a japonesa, existem diferenças bastante importantes entre a língua falada pelos homens e a língua falada pelas mulheres. Já na Inglaterra o que se leva em conta, em geral, é a classe social a que o falante pertence.” (p.190)
TEXTO CRÍTICO
O livro apresenta características sobre o português-padrão e o não-padrão, e que muitas pessoas que falam de maneira diferente da gramatica, pode ser motivo de diferenças de gêneros, etnias, culturas ou até da classe social. O livro também mostra um preconceito linguístico sofrido pela maioria dos brasileiros, que possuem esse modo de falar diferente.
Nota-se, também, uma insistente pretensão, por parte das jovens estudantes, em desvalorizar as qualidades da personagem Eulália. Para elas, Eulália por ser de origem humilde, presume-se que não seja detentora de uma bagagem cultural significativa, tratam-na de forma subestimada. Ao tratar dos diversos idiomas existentes, encontram-se várias complexidades, a língua falada em uma determinada região não é usada ali por acaso, existe todo um contexto histórico, social e cultural que reveste e justifica tal fenômeno, isso não se dá por acaso. Nenhuma língua deve ser tratada como algo que não possa ser mudado, pois, todas elas, sejam alemãs, francesa ou espanhola, estão vivas e passam por muitas transformações.
Falar diferente não significa falar errado, primeiramente devemos saber por que certas palavras se transformam em costumes e variações na nossa língua. E porque isso de torna preconceituoso? A maioria das pessoas entende que falar correto significa que teve um bom estudo ou vieram de uma família estruturada, outras dizem que falar errado se refere a pessoas que são de famílias humildes ou que não tiverem escolaridade. Mas atualmente existem muitas pessoas que nunca estudaram e são bem sucedidas.
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