Cortisol e Sistema Imune

RELAÇÃO DO CORTISOL E O SISTEMA IMUNE

O cortisol possui diversos efeitos sobre o sistema imune. O cortisol impede a capacidade dos tecidos de eliminarem imediatamente substancias nocivas e invasoras ou aparta-las do resto do corpo. Os mecanismos pelos quais o cortisol suprime as respostas inflamatórias são diversas. O cortisol induz uma fosfoproteina chamada lipocortina, que inibe a atividade da enzima fosfolipase A2. Devido a essa enzima gerar ácido araquidônico, que serve como precursor para a síntese de prostaglandinas e compostos relacionados, a produção desses mediadores de inflamação e reduzida. A produção de oxido nítrico e fator ativador de plaquetas também diminui, reduzindo a vasodilatação e acumulando leucócitos no local da lesão.

O cortisol diminui o número de linfócitos T e sua produção de interleucina-1, interleucina-2, interleucina-6, interferon-gama e fator de necrose tumonal. A apresentação inicial de antígenos por macrófagos é suprimida. Isto bloqueia toda a cascata de imunidade mediada por células T assim como a geração de febre. A produção de anticorpos estimulada por células B pode no final ser afetada, e tanto a imunidade humoral quanto a celular diminuem

O cortisol, estabiliza lisossomas e, portanto, reduz a liberação de enzimas capazes de degradar substancias estranhas. O cortisol boqueia o recrutamento de neutrófilos pela inibição de sua capacidade de ligação aos peptídeos quimiotáticos e receptores de superfície de células endoteliais. A produção de leucotrienos estimulatórios é inibida nos neutrófilos, diminuindo sua capacidade fagocítica e bactericida. Além disso, o cortisol diminui a proliferação de fibroblastos e sua capacidade de síntese e deposição de fibrilas; portanto, previne o encapsulamento dos invasores.

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