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Criação do sus ate atualidades

Por:   •  13/6/2017  •  Relatório de pesquisa  •  2.421 Palavras (10 Páginas)  •  483 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O sistema de saúde brasileiro em 1900 era um sistema muito precário, onde apenas os ricos teriam acesso aos médicos e alguns trabalhadores que contribuíram com a Previdência, ou seja, pouco trabalhadores tinha acesso aos hospitais. Havia também o sistema de saúde publica, mas o sistema era muito precário e não atendia as necessidades fundamentais da sociedade. E assim muitas doenças atingiam a população causando epidemias e muitas vezes a morte do muitos trabalhadores.

O Governo tentou acalmar a situação com o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, mas não houve muito resultado com essa criação e com o sistema de saúde pública, e com isso a população começou a querer lutar pelo seu direito e por uma qualidade de vida melhor relacionada à saúde.

E então ao longo dos anos 70 e 80 ocorreram fatos como a Reforma Sanitária e a 8ª Conferência Nacional de Saúde que lutaram pela implantação do Sistema Único de Saúde, que iria garantir a igualdade para toda a sociedade.

  1. DESENVOLVIMENTO

  1. REFORMA SANITÁRIA

O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população.

Grupos de médicos e outros profissionais preocupados com a saúde pública desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Este processo teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986.

As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

No período ditatorial assumiu-se a ideia de que os serviços de saúde que deveriam ser prestados a população eram os de assistência básica, o direito a saúde, que hoje é considerado um dever do estado, na época era de responsabilidade dos próprios cidadãos.

  1. VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

Na segunda metade da década de 80 começou a surgir um Brasil diferente. Um país com uma população destemida, que ia às ruas reivindicar seus direitos e ocupar o espaço que há 20 anos lhe era negado. A ditadura, desmoralizada, ainda mostrava a sua força, mas já não tinha mais como frear o movimento pela redemocratização que varria o território verde-amarelo de Norte a Sul, de Leste a Oeste, e mobilizava milhões de brasileiros nas ruas, nas praças, nas universidades, nos sindicatos, nas igrejas e onde quer que haja alguém disposto a contribuir, da forma que pudesse, com a derrota daquele regime sombrio e opressor.

Dentro desse quadro surgiu Sérgio Arouca, um pensador e idealizador da saúde pública, a força de seus argumentos, de suas utopias e de sua vocação de pensador (e realizador) levou o presidente da Fiocruz a ser indicado, em meados de 1985, presidente da 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). À frente da CNS, Arouca faria uma revolução e criaria um marco histórico. No Brasil em 1986 o foco era a saúde, em uma conferência ocorrida em março daquele mesmo ano, reuniu em Brasília mais de quatro mil delegados de todas as regiões e classes sociais, em jornadas que avançavam pela madrugada e chegavam a se prolongar por até 14 horas. O que meses antes parecia mais uma das “loucuras” de Arouca se tornara realidade: a CNS conseguia pela primeira vez em quase 45 anos de história ser verdadeiramente popular. Sim, porque da primeira (em 1941) à sétima (em 1980), os debates se restringiam às ações governamentais, com a participação exclusiva de deputados, senadores e autoridades do setor. A intenção de Arouca era a de abrir mesmo, e assim ouvir as incontáveis experiências na área que existiam Brasil afora. Reunir brasileiros para saber e discutir como vivem esses brasileiros, quais as suas condições de saúde, que melhorias almejam. Deixar de contar a saúde pelos números e passar a enxergar cidadãos.

A oitava CNS foi aberta em 17 de março de 1986, pelo presidente José Sarney. Em seu discurso, para uma plateia que lotara o Ginásio de Esportes de Brasília, Sarney afirmou que a Conferência representava a “pré-Constituinte da Saúde”. Arouca, feliz com a grande representatividade obtida pela Oitava, disse que aquele era “o evento mais significativo em termos de debate da política de saúde já acontecido na história do país”. Durante cinco dias, quase cinco mil pessoas, entre delegados e observadores, discutiram a saúde em 98 grupos de trabalho. Três macrotemas reuniram os grupos: Saúde como direito, Reformulação do Sistema Nacional de Saúde, Financiamento do setor, organização dos serviços e recursos humanos. Um dos grandes momentos da oitava conferência foi o consenso obtido em torno da criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), que foi implementado em 1987 juntamente com uma consolidação da AIS (Ações Integrada de Saúde), o SUDS logo mais adiante se transformaria no SUS. Mas o legado mais precioso da Conferência foi à consolidação da ideia da Reforma Sanitária – que voltaria à agenda, com força, durante a Constituinte (1987-88). Naquela ocasião, a da feitura de uma nova Carta Magna que simbolizaria o redemocratizado Brasil.

  1. IMPLANTAÇÃO DO SUS

Com todos esses acontecimentos citados a cima houve a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), que é o sistema de saúde publica oficial brasileiro estabelecido na Constituição Federal de 1988. A sua inscrição na carta magna pautou-se um conjunto de princípios e diretrizes válidos para todo o território brasileiro, concedendo responsabilidades às esferas municipais, estaduais e federais. É composto pelo conjunto organizado e articulado de serviços e ações de saúde integrantes das organizações publicas de saúde e além dos serviços particulares complementares.

Embora o SUS tenha sido formalizado na Constituição de 88, o processo veio desde a Reforma Sanitária, sendo amplamente debatida na VIII Conferência Nacional de Saúde, aonde a sociedade ansiava por mudanças em toda área da saúde. E através desses processos surgiu uma nova concepção de saúde que consta na Constituição, que a saúde está relacionada à organização social e econômica, o desenvolvimento do país e o bem-estar da população. Então a saúde passa a ser um direito de todos os cidadãos e dever do Estado por meio de recursos públicos como previstos na lei.

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