Cromatografia
Por: merizm • 3/12/2015 • Trabalho acadêmico • 2.140 Palavras (9 Páginas) • 352 Visualizações
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo Ângelo
DCS - Departamento de Ciências da Saúde
Curso de Farmácia
Disciplina: Química Geral e Inorgânica
Cromatografia
Alunos:
Caroline Martins
Meri Mascarello
Professor: Ivan Carlos Casagrande
Santo Ângelo, 14 de abril, 05 e 12 de maio de 2015.
1 – OBJETIVO
Separar misturas de compostos químicos, através da Cromatografia em camada.
2 – INTRODUÇÃO
A cromatografia é um processo que consiste na identificação de substâncias e a separação-purificação de misturas. Usam-se, em geral, propriedades como solubilidade, tamanho e massa, envolvendo uma série de processos de separações de misturas. A cromatografia acontece pela passagem de uma mistura através de duas fases: uma estacionária (fixa, sendo um material poroso) e outra móvel (como um líquido ou um gás). A interação dos componentes com essas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, bipolar, apolar, polar e efeitos específicos de afinidade e solubilidade. A maior variabilidade de combinações entre essas fases faz com que a cromatografia acabe tendo uma série de técnicas diferenciadas.
Existem várias classificações quanto à cromatografia. As principais são: classificação pela forma física do sistema cromatográfico; Classificação pela fase móvel empregada; Classificação pela fase estacionária utilizada; e classificação pelo modo de separação.
1. Classificação pela forma física do sistema cromatográfico:
É dividida em duas partes:
a) Cromatografia em coluna: Onde a mistura passa por duas fases ou filtros antes de se depositar no Erlenmeyer.
A cromatografia em coluna consiste em uma coluna de vidro, metal ou plástico, preenchida por um adsorvente. O adsorvente pode ser colocado diretamente na coluna (seco) ou suspendido em um solvente adequado. Os principais adsorventes utilizados são a sílica-gel, a alumina, o carbonato de cálcio, o óxido de magnésio, o carvão ativado, a sacarose e o amido. A substância a ser separada é colocada na coluna na parte superior e o eluente é vertido, em quantidade suficiente para promover a separação.
b) Cromatografia planar (cromatografia em camada delgada e cromatografia em papel): A fase estacionária está localizada sob algo plano ou poros de papel, então, a fase móvel/mistura atravessa esses poros/placa (camada delgada).
Cromatografia em camada delgada é um processo de cromatografia usada para separar misturas. Ela é feita sobre uma placa de vidro, plástico ou folha de alumínio, revestida com uma fina camada de material adsorvente, geralmente sílica-gel, óxido de alumínio ou celulose. Esta camada de adsorvente é chamada de fase estacionária. Após a amostra ser aplicada sobre a placa, um solvente ou uma mistura de solventes (chamada de fase móvel) é permeado pela placa através de ação capilar. Os diferentes componentes da mistura percorrem a placa de maneiras diversas, sendo possível a separação.
Esta cromatografia é feita em uma coluna de vidro, preenchida por uma fase estacionária e na ponta da coluna existe uma torneira, permitindo o controle de vazão da fase móvel.
Figura 1: Cromatografia em coluna
[pic 1]
Figura 2: Cromatografia planar (em papel).
[pic 2]
Figura 3: Cromatografia planar (camada delgada).
[pic 3]
2. Classificação pela fase móvel:
Essa classificação é dividida em três partes:
a) Cromatografia líquida: Se dá quando a fase móvel é um líquido e a estacionária um sólido, fazendo a separação através do sólido.
A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência se distingue por usar a fase móvel à alta pressão. O uso de pressões elevadas permite uma redução no diâmetro das partículas da fase estacionária, encontrada no interior da coluna cromatográfica. O uso de partículas menores no recheio da coluna resulta em uma área superficial, o sítio de adsorção, o que promove uma separação mais eficiente dos componentes da amostra. Essa “miniaturização” das partículas da coluna permite o uso de colunas menores, volumes menores de amostras e um gasto menor da fase móvel.
A cromatografia iônica é uma variante da cromatografia líquida que utiliza resinas de troca iônica para separar íons atômicos ou moleculares com base na sua interação com a resina. A separação dos analitos é feita de forma isocrática ou com aplicação de gradiente. A vantagem desta técnica prende-se com a simplificação da determinação de espécies iônicas em simultâneo, cuja alternativa é mais complexa e demorada. É utilizada para análise de íons inorgânicos em várias matrizes como águas residuais ou caldos de fermentação.
b) Cromatografia gasosa: Quando a fase móvel é um gás e a fase estacionária um sólido ou um líquido.
Numa cromatografia gasosa, é usado um tubo fino, do qual se dá o fluxo conhecido como coluna, onde diferentes constituintes de uma amostra passam em uma corrente de gás, em diferentes taxas, dependendo de várias propriedades físicas, químicas, e suas interações com um específico recheio da coluna (fase estacionária). Como os compostos químicos saem no final da coluna, são detectados e identificados eletronicamente. A função da fase estacionária na coluna é separar componentes diferentes, causando uma saída da coluna em um tempo diferente. Outros parâmetros que podem ser usados para alterar a ordem ou tempo de retenção são as taxas de fluxo do gás condutor e a temperatura.
c) Cromatografia supercrítica: Esta tem certas vantagens sobre as outras duas, pois pode realizar a separação de substâncias não voláteis em colunas abertas, visto que um fluído supercrítico tem alta difusibilidade do gás e alto poder de solvatação do líquido.
Figura 4: Cromatografia Gasosa
[pic 4]
Figura 5: Cromatografia com fluído supercrítico
[pic 5]
Figura 6: Cromatografia líquida
[pic 6]
3. Classificação pela fase estacionária:
Dividida em duas partes:
a) Fase estacionária sólida: Quando a fase fixa é um sólido que serve como um filtro, e age de várias maneiras para a separação da mistura.
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