A utilização de um método de cromatografia

1- Introdução

A cromatografia, em todas as suas formas e variações, constitui hoje um dos mais importantes métodos de separação de misturas, se não o mais importante. Esse método faz uso das diferenças no grau de adsorção e das diferenças de solubilidade das varias substancias. [1]

É um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura, realizada através da distribuição desses componentes em duas fases, que estão em contato intimo. Uma das fases permanece estacionaria, enquanto a outra se move através dela. Durante a passagem da fase móvel sobre a fase estacionaria, os componentes da mistura são distribuídos pelas duas fases de tal forma que cada um deles é seletivamente retido pela fase estacionaria, o que resulta em migrações diferenciais desse composto. [2]

Esta técnica foi descoberta em 1906 pelo botânico Mikahail Tswett, mas não foi utilizada até meados dos anos 30. Tswett separou pigmentos de plantas (clorofilas) adicionando um extrato de folhas verdes em éter de petróleo sobre uma coluna com carbonato de cálcio em pó em um tubo de vidro vertical. Enquanto a solução percolou através da coluna os componentes individuais da mistura, migraram para baixo em taxas diferentes de velocidades e então a coluna apresentou-se marcada com gradientes horizontais de cores. A esses gradientes deu-se o nome de Comatograma. [3]

No procedimento experimental executado em laboratório foi feita a cromatografia em coluna onde o solvente (fase móvel) flui por ação de seu próprio peso, descendo através de um solido adsorvente (fase estacionaria). É uma técnica de partição entre duas fases, sólida e líquida, baseada na capacidade de adsorção e solubilidade. A mistura a ser separada é colocada na coluna com um eluente menos polar e vai-se aumentando gradativamente a polaridade do eluente e consequentemente o seu poder de arraste de substâncias mais polares. O fluxo de solvente deve ser continuo. Os diferentes compostos da mistura se moverão com a velocidade distinta dependendo de sua afinidade relativa pelo adsorvente e também pelo eluente.

2- Objetivos

Obter o extrato da folha de mostarda e verificar a separação de clorofilas e betacarotenos presentes no extrato.

3- Materiais e Reagentes

 Folha de mostarda

 Hexano

 Acetona

 Almofariz e pistilo

 Béquer

 Pipeta de Pasteur

 Coluna cromatográfica

 Garras metálicas

 Suporte universal

 Sílica gel 230-400 mesh

 Funil

4- Procedimento experimental

4.1-Preparação do extrato

Colocou-se em um almofariz metade de uma folha de mostarda picada e uma mistura 2:1 de hexano e acetona (10mL de hexano: 05mL de acetona). Trituraram-se bem as folhas com o pistilo, transferiu-se o liquido resultante para um béquer e retirou-se a fase aquosa com uma pipeta de Pasteur.

4.2-Preparação da coluna

Fixou-se a coluna verticalmente no suporte universal com o auxilio de garras metálicas. Em seguida preparou-se uma suspensão com hexano: acetona 2:1 e seis gramas de sílica. Homogeneizou-se com o auxilio de um funil, colocando a suspensão dentro da coluna. Deixou-se o material assentar.

4.3-Aplicação da amostra

Depois do empacotamento da coluna, abriu-se a torneira até que a camada de solvente se aproximasse da sílica. Aplicou-se a solução do extrato de mostarda com uma pipeta de pasteur, espalhando-se de maneira uniforme sobre a fase estacionaria. Abriu-se a torneira até o extrato atingir o nível do recheio, iniciando-se então a eluição com exano acetona 2:1.

É necessária uma atenção especial à coluna cromatográfica, pois ela não deve conter bolhas de ar, rachaduras e evitar que a mesma seque, portanto deixou-se a parte superior da coluna coberta de eluente para ela não secasse e alterasse o resultado da analise.

5- Resultados