Infecção do trato urinário
Por: Juliana X Alisson • 16/6/2015 • Relatório de pesquisa • 1.885 Palavras (8 Páginas) • 342 Visualizações
3 PROJETO DO SETOR ESPECIFÍCO COM BASE NO CASO CLÍNCO
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
Caso Clínico: Paciente sexo feminino, 25 anos de idade. Há 2 dias apresenta diúria, urgência miccional nas ultimas 12 horas. Sem dor lombar e febre. Com vida sexual ativa e ultiliza anticoncepcional regularmente. Sem histórico de outras doenças.
DIAGNÓSTICO: Evidente de infecção urinária baixa (cistite).
Foi solicitado o exame de: HEMOGRAMA COMPLETO.
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Urina Rotina onde foi apresentado a presença de piúria (12.000 leucócitos/mL, de hematúria e de bacteriúria;
Fita positiva para leucocitoesterase e nitrito.
[pic 2]
TIRAS DE URINÁLISE
[pic 3] [pic 4]
Foi realizado a Coloração de Gram:
[pic 5] [pic 6]
Bacilo Gram Negativo
Faz a semeadura em meio de cultura de Cled e Mc Conkey e deixa incubado em estufa a 37°C durante 24 horas →crescimento significativo.
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Identificação bioquímica da bactéria
[pic 8] Motilidade
EPM, MILI,CITRATO
Resultado 1: Bactéria E.coli
Foi solicitado Antibiograma:
[pic 9][pic 10][pic 11]
Sensibilidade:
[pic 12]
Resultado 2: Sensível a Norfloxaxino.
TRATAMENTO: Norfloxacino 400 mg via oral (VO) de 12/12 h por 7 dias.
A paciente apresentava (ITU) frequentes: + três vezes no ano.
RECOMENDAÇÕES: Ingerir bastante líquido, micções programadas, micção após coito.
PROFALAXIA: 6-12 meses com 1 comp. à noite e/ou após relação sexual (nos casos em que os sintomas estejam relacionado com coito) .
ACOMPANHAMENTO: cultura de urina de 2/2 meses durante a profilaxia.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
- ITU: 1º ano de vida – sexo masculino, devido ao maior número de malformações congênitas, em especial na válvula da uretra posterior.
- Sexo feminino: mais frequentes, tendo 10 a 20 vezes mais afetadas que os meninos;
- Na fase adulta: sexo feminino é índice maior – atividade sexual (18 a 24 anos);
- A partir dos 60 anos: sexo masculino – hipertrofia prostática;
CLASSIFICAÇÃO (ITU)
- ANATOMICA: Baixa e Alta
- Baixa: invasão superficial da mucosa> cistite e uretrite
- Alta: invasão tecidual > piolonefrite e prostatite.
- SINTOMAS: sintomática ou assintomática
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIAS OU FUNCIONAIS DO (ITU):
- NÃO COMPLICADA: (trato urinário normal).
- COMPLICADA (algum tipo de alteração estrutural ou funcional do trato urinário, incluindo gravidez, obstrução, instrumentação ou sonda urinária).
- RECORRÊNCIA DA INFECÇÃO:
- Episódio único.
- Recidiva: persistência da infecção pelo mesmo agente, surgindo sintomas em até três semanas do término do tratamento, associados à alteração de flora vaginal e à contaminação perineal.
- Reinfecção: novo episódio por outro agente ou outra cepa do mesmo germe, apresentando sintomas após três semanas do término do tratamento.
ETIOLOGIA
FLORA INTESTINAL NORMAL
- 1º : E. coli > 75 a 90% de (ITU)
- 2º : Staphylococcus saprophyticus > 5 a 10% das mulheres jovens sexualmente ativas.
- Menos comuns: Proteus mirabilis, Klebsiella, Enterobacter e Serratia, e os gram-positivos Enterococcus, Staphylococcus aureus e Estreptococcus.
URETRITES – DST
Neisseria gonorrhoeae (20%) ou agentes não gonocócicos (80%), incluindo Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium e Ureaplasma urealyticum.
PATOGÊNESE
MULHERES
A maioria dos uropatógenos origina-se da flora intestinal. A suscetibilidade à (ITU é maior devido a uretra mais curta e proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e a uretra.
PATOGENOS: Bexiga pela uretra por via ascendente, com uma fase de colonização periuretral.
COLONIZAÇÃO: é caracterizada pela substituição da flora local por E. coli e outros agentes. A ascensão da bactéria por via ascendente – bexiga ao ureter e ureter ao rim – causa a pielonefrite, condição em que ocorre uma considerável reação inflamatória do hospedeiro com infiltração de polimorfonucleares e mononucleares no compartimento tubulointersticial do rim.
(ITU) NÃO COMPLICADA – CISTITE
(ITU) – baixa: sinais e os sintomas a seguir:
- Dor, desconforto ou ardência para urinar (disúria);
- Polaciúria;
- Urgência miccional;
- Ausência de corrimento vaginal;
- Dor supra-púbica;
- Hematúria macroscópica (30% dos casos)
- Urina fétida;
O diagnóstico diferencial de cistite inclui doenças sexualmente transmissíveis ou vulvovaginite em mulheres com corrimento vaginal.
PIELONEFRITE
AGUDA - sinais e os sintomas a seguir:
- Dor no ângulo costovertebral no lado afetado
- Febre
- Calafrios
- Náuseas e vômitos
- Mialgias
- Punho percussão lombar positiva no lado afetado
- Dor à palpação abdominal profunda
SINTOMAS LEVES – dor lombar sem febre
QUANDRO GRAVE - febre alta, dor intensa associada a náuseas, vômitos e sinais de bacteriemia (hipotensão), decorrentes de sepse por enterobactéria que ocorre em 15 a 20% dos casos.
PIONEFRITE GRAVE E COMPLICADA: (imunossuprimidos, diabéticos, alcoolistas) -insuficiência renal aguda e a formação de microabcessos no rim (ou massa que origina um carbúnculo). Ocasionalmente, há necrose de papila renal e, raramente, pielonefrite enfisematosa por germes produtores de gás – ambas as condições são mais prevalentes em diabéticos.
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