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Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC)

Por:   •  12/11/2017  •  Artigo  •  2.786 Palavras (12 Páginas)  •  3.660 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC),  referem-se ao grupo de substâncias que diminuem a atividade do cérebro, ou seja, deprimem o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa fique "desligada", "lenta", “mole”, meio desinteressada pelas coisas.  Estas substâncias são classificadas em grupos: Ansiolíticos (Diazepan, Lorazepan, Bromazepan,Clonazepan,Midazolan,Flunitrazepan). Barbitúricos (Pentobarbital, Tiopental, Fenobarbital ). Opiáceos ( morfina, codeína, heroína)1.

         Os ansiolíticos benzodiazepínicos ficaram popularizados pela classe médica e na população nas décadas de 1970 e 1980, uma vez que demonstraram tamanha eficácia no combate da ansiedade, insônia, agressividade e convulsões, entre outras ações, mostrando menos efeitos depressores sobre o SNC1. Essa popularização propiciou uma sensação de segurança e maior desinibição no momento de indicar ou fazer uso desses medicamentos2.

          As mulheres, jovens e universitários em geral  são mais vulneráveis ao uso abusivo, como por exemplo, mulheres casadas, fumantes,pessoas de baixa renda, com algum transtorno ansioso, obesidade  e adultos  com idade média entre 50-71 ano3. O uso indevido de depressores do SNC, definido como o uso sem acompanhamento médico ou em quantidades e prazos superiores ao preconizado para tratamento, tem crescido nos últimos anos e se tornado caso de preocupação na área de saúde pública junto com outros medicamentos psicotrópicos4.

Os barbitúricos foram descobertos no começo do século XX, são amplamente empregados como hipnóticos5.

Os opiáceos são substâncias derivadas do ópio. Todas produzem uma analgesia e uma hipnose. Em função disso, recebem o nome de narcóticos sendo também chamadas de drogas hipnoanalgésicas ou analgésicos narcóticos5.

OBJETIVO

        Este trabalho tem como objetivo listar os principais medicamentos depressores do sistema nervoso central e suas interações.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização do presente trabalho é de Revisão bibliográfica retrospectiva narrativa.

O material pesquisado foi selecionado na literatura cientifica, a revisão foi  realizada no período de 23/10/2017 á 05/11/2017. Nos sites como: Scielo e Google Scholar com os seguintes descritores: Depressores do sistema nervoso central, Barbitúricos, Ansiolíticos, Opiáceos, Interações...

Foram encontrados 15 artigos entre os anos de 2002 e 2017, dos quais foram utilizados 7 artigos, usamos como critério de inclusão os artigos encontrados em português e como critério para exclusão artigos que não atendiam ao tema procurado e em duplicata.

DESENVOLVIMENTO

          Drogas depressoras do sistema nervoso central  referem-se ao grupo de substâncias que diminuem a atividade do cérebro, as que compõem esse grupo são: álcool, inalante /solventes, ansiolíticos, barbitúricos e opiáceos6.

Ansiolíticos:

Diazepam

Produz  uma atividade do cérebro que se caracteriza por diminuição da ansiedade, indução do sono, relaxamento muscular, redução do estado de alerta.Dificultam os processos de aprendizagem e memória.Prejudicam, em parte, as funções psicomotoras afetando atividades como, por exemplo, dirigir automóveis5.

Efeitos físicos e psíquicos

Estimulam os mecanismos do cérebro que normalmente combatem estados de tensão e ansiedade, inibindo os mecanismos que estavam hiperfuncionantes, ficando a pessoa mais tranqüila, como que desligada do meio ambiente e dos estímulos externos5.

 O diazepam é rápida e completamente absorvido após administração oral, atingindo a concentração plasmática máxima após 30-90 minutos7

Seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas (diazepam: 98%). Eles atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e são também encontrados no leite materno em concentrações que equivalem a aproximadamente um décimo da concentração sérica materna , o diazepam é metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o nordiazepam, o hidroxidiazepam e o oxazepam7

A curva concentração de plasmática/tempo do diazepam é bifásica: uma fase de distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a 3 horas e uma fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida 20-50 horas). A meia-vida de eliminação terminal (t1/2b) do metabólito ativo nordiazepam é de aproximadamente 100 horas. O diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina, predominantemente sob a forma conjugada. O clearence de diazepam é de 20-30 ml/min. A meia-vida de eliminação pode ser prolongada no recém-nascido, nos idosos e nos pacientes com doença hepática. Na insuficiência renal, a meia-vida do diazepam não é alterada7.

Efeitos tóxicos

Misturados com álcool, seus efeitos se potencializam, podendo levar a pessoa a estado de coma. Em doses altas a pessoa fica com hipotonia muscular, dificuldade para ficar de pé e andar, queda da pressão e possibilidade de desmaios.O seu uso por mulheres grávidas tem um poder teratogênico, podendo  produzir lesões ou defeitos físicos na criança.Quando usados por alguns meses, podem levar a pessoa a um estado de dependência. Ou seja, sem a droga a pessoa passa a sentir muita irritabilidade, insônia excessiva, sudoração, dor pelo corpo todo, podendo, nos casos extremos, apresentar convulsões. Há figuração de síndrome de abstinência e também desenvolvimento de tolerância, embora esta última não seja muito acentuada7.

Caso o diazepam seja usado concomitantemente com outros medicamentos de ação central, como os antipsicóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos narcóticos, anestésicos, e anti-histamínicos sedativos, deve-se lembrar que seus efeitos podem potencializar ou serem potencializados por diazepam. Existe interação potencialmente relevante entre diazepam e os compostos que inibem certas enzimas hepáticas (particularmente, o citocromo P4503A). Estudos indicam que estes compostos influenciam a farmacocinética do diazepam e podem aumentar e prolongar a sedação. Esta reação ocorre com cimetidina, cetoconazol, fluvoxamina, fluoxetina e omeprazol. Existem relatos de que a eliminação metabólica de fenitoína é afetada pelo diazepam. A cisaprida pode levar ao aumento temporário de efeito sedativo dos benzodiazepínicos administrados via oral, devido à absorção mais rápida7.

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