Relatório Biossegurança: Higiene das mãos e Antissepsia
Por: Mun Rá • 27/10/2017 • Relatório de pesquisa • 1.583 Palavras (7 Páginas) • 3.048 Visualizações
UNIMAR-UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
CURSO DE FARMÁCIA
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE BIOSSEGURANÇA:
Higiene das mãos e antissepsia
MARÍLIA
2017
FELIPE BARBOSA DA SILVA RA: 177271-85
LETICIA LIMA DE SOUZA RA: 177696-5
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA BIOSSEGURANÇA:
Higiene das mãos e antissepsia
Trabalho apresentado á disciplina de Biossegurança do curso de Farmácia da Universidade de Marília como requisito a avaliação parcial da disciplina
Profª. Claudia Maria W. C. Branco
MARÍLIA
2017
INTRODUÇÃO
Foi realizado na aula pratica do dia 29/08 procedimentos a respeito da higiene das mãos, para melhor compreensão, a aula foi dividida em duas etapas: a primeira foi um teste visual envolvendo a vendagem dos olhos de 3 alunos que lavaram suas mãos com tinta guache de cor azul e a segunda envolveu a utilização de meios de cultura para a análise microbiana das mãos submetidas a 8 procedimentos de limpeza e antissepsia diferentes, sendo divididos em 8 grupos, cada um utilizando de um método.
METODOLOGIA
Etapa 1
Três alunos foram vendados e submetidos a lavagem de suas mãos com sabonete líquido contendo tinta guache azul, utilizando seu aprendizado e técnicas ensinadas em sala.
Etapa 2
Para a análise de higiene e antissepsia das mãos, os alunos foram submetidos a 8 procedimentos diferentes: sem higienização alguma; higienização com sabonete líquido comum; higienização com sabonete com ação bactericida de marca A; higienização com sabonete com ação bactericida de marca B; higienização com sabonete líquido comum e antissepsia com álcool 70%; somente antissepsia com álcool 70%, sem lavagem previa; higienização com sabonete líquido comum e antissepsia com iodopovidona a 10%; e higienização com sabonete líquido comum e antissepsia com solução de clorexidina a 4%; formando assim oito grupos, cada um correspondendo a um método de limpeza, sendo feito pelo nosso grupo(grupo 3) a higienização com sabonete com ação bactericida de marca ‘A’.
Após a higienização e antissepsia correspondente a cada grupo, os alunos deveriam tocar com a polpa do polegar em uma placa de petri com meio de cultura ágar nutriente por 15 segundos, visando que a placa foi aberta atrás da chama do bico de Bunsen, por ser uma área estéril, evitado assim contaminação de fora. Feito isso a placa foi fechada e encubada em uma estufa bacteriológica a 37 ºC, com a tampa voltada para baixo, sendo observada após 24h.
RESULTADOS
Etapa 1
A lavagem de um dos alunos foi ótima, nenhum canto ficou sem a tinta azul. Porém dois dos alunos tiveram pequenas partes sem pintar, significando que naqueles cantos não houve lavagem.
Etapa 2
As imagens a seguir foram registradas após 24h depois da incubação:
[pic 1]
Sem higienização alguma
Podemos observar formação de uma enorme colônia de bactérias com outras pequenas em volta, levemente amareladas. Observando esse crescimento fica evidente o número de microrganismo presentes em nossas mãos sem higienização.
[pic 2]
Higienização com sabonete líquido comum
[pic 3]
Higienização com sabonete com ação bactericida de marca B
Os métodos 2 e 4 se mostraram de média eficiência, pois apresentaram apenas uma pequena colônia, levemente amarelada, no meio de cultura, o que nos permite dizer que são métodos bons, porém não eliminam totalmente os microrganismos presentes nas mãos.
[pic 4]
Higienização com sabonete com ação bactericida de marca A
[pic 5]
Somente antissepsia com álcool 70%, sem lavagem prévia
Os procedimentos 3 e 6 se mostraram de pouca/nenhuma eficiência, pois como podemos ver, houve o crescimento de várias colônias, de cor levemente amarelada, no meio de cultura. Dessa forma devemos descartar esse método do nosso dia a dia, por não apresentar proteção alguma.
[pic 6]
Higienização com sabonete líquido comum e antissepsia com álcool 70%
[pic 7]
Higienização com sabonete líquido comum e antissepsia com iodopovidona a 10%
[pic 8]
Higienização com sabonete líquido comum e antissepsia com solução de clorexidina a 4%
Os procedimentos 5, 7 e 8 se mostraram de ótima eficiência por não apresentarem crescimento de colônias, sendo métodos que deveriam ser adotados por todos por apresentarem ótimos resultados antissépticos.
DISCUSSÃO
Os métodos mais eficazes foram aqueles utilizados nas placas 5,7 e 8.
No caso da placa 5, a eficácia obtida deve-se à lavagem por sabonete líquido comum, que deve ter removido vários dos microrganismos por conta da presença de tensoativos que carregaram as substâncias polares e apolares, e também pela utilização do álcool 70°, que atuou desnaturado as proteínas dos microrganismos restantes, ao atravessarem as paredes dos mesmos, e também atuou removendo os lipídeos das membranas (o que, no caso dos vírus envelopados acaba por deixá-los mais instáveis).
Na placa 7, o sabonete líquido comum, assim como na placa 5, carregou os microrganismos, já a iodopovidona, complexo de iodo com polividona (carreadora de iodo), liberou gradualmente o iodo, desempenhando um efeito germicida sobre bactérias gram positivas e gram negativas, fungos, vírus, protozoários e esporos, devido à atuação do iodo na oxidação dos compostos proteicos celulares e nos ácidos graxos instaurados. Além disso, a sua liberação gradual de iodo permite uma ação prolongada, reduzindo a permanência de microrganismos que possam se depositar na pele pelo ar.
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