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A FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Por:   •  27/11/2017  •  Resenha  •  13.072 Palavras (53 Páginas)  •  1.143 Visualizações

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CONTEÚDO 2 – FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

 O estudo da fisiologia respiratória pode ser dividido em cinco grandes eventos funcionais:

    - A ventilação pulmonar que é a renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico e fluxo sanguíneo ou  perfusão alveolar;

   - A difusão do oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue;

   - O transporte no sangue e nos líquidos corporais do oxigênio e dióxido de carbono dos pulmões para as células e das células para os pulmões;

   - Mecânica respiratória;

   - A regulação central e periférica da ventilação.

 1. VENTILAÇÃO

Consiste no mecanismo de entrada e saída do ar nas vias aéreas, através de alterações pressóricas.

 A. SISTEMA RESPIRATÓRIO

 O sistema respiratório é complexo e possui uma zona condutora, onde não há troca gasosa, chamada de espaço morto anatômico e uma zona respiratória, onde ocorrem as trocas gasosas.

Zona condutora:  Fossas nasais, nasofaringe, orofaringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais.

 Funções: Aquecer, filtrar e umidificar e conduzir o ar para zona respiratória.

As vias condutoras são revestidas por células secretoras de muco e células ciliadas que atuam na remoção das partículas inaladas e suas paredes contém músculo liso, que recebe inervação simpática eparassimpática, que exercem efeitos opostos sobre o diâmetro da via aérea.

O SNA Simpático – estimula a liberação de adrenalina no músculo liso dos brônquios produzindo relaxamento e dilatação.

Os Neurônios colinérgicos parassimpáticos – receptores muscarínicos produzem constrição das vias aéreas.

 Zona Respiratória: Bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares, conhecida como ácino pulmonar, onde ocorrem as trocas gasosas.

Os Bronquíolos respiratórios são considerados integrantes de troca gasosa; são estruturas transacionais. 

Os alvéolos são evaginações saculares da parede dos brônquiolos respiratórios, dos ductos alveolares e dos sacos alveolares. Cada pulmão contém aproximadamente 300 milhões de alvéolos. O diâmetro de cada alvéolo é de cerca de 0,3 mm. As paredes alveolares são muito delgadas, e tem grande área de superfície   para difusão dos gases.

 Os alvéolos contém células fagocíticas – macrófagos alveolares (que mantêm os alvéolos livres de poeira detritos, visto que este não tem cílios). Os 3 principais caminhos que promovem a ventilação colateral no pulmão são: poros de Kohn, canais de Lambert e canais de Martin.

As paredes alveolares contêm fibras elásticas e revestidas por células epiteliais chamadas Pneumócitos tipo I e tipo II. Os Pneumócitos tipo II sintetizam o surfactante pulmonar (necessário para diminuir a tensão   superficial dos alvéolos) e tem capacidade regenerativa para pneumócitos tipo I e tipo II.

 B. VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES

 Os volumes e capacidades são, em sua grande parte, medidos através da “espirometria”, um procedimento que objetiva observar os movimentos inspiratórios e expiratórios e com isso medir tais volumes e   capacidades. Vale a pena lembrar que a espirometria mede apenas aqueles volumes e capacidades que  entram e saem dos pulmões e não aqueles que persistem nos pulmões após uma expiração máxima. Desta maneira, a espirometria não mede volume residual, capacidade residual funcional e capacidade pulmonar  total.

Volumes pulmonares:

    · Volume corrente (VC): É o volume de ar inspirado ou expirado num ciclo respiratório. Varia de acordo com o pessoa.

    · Volume de reserva inspiratória (VRI): É o máximo volume de ar que ainda pode ser inspirado após uma   inspiração basal. VRI= 3.000 ml

    · Volume de reserva expiratória (VRE): É todo o volume que se consegue expirar após uma expiração basal. VRE=1.200 ml

    · Volume residual (VR): É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração máxima e forçada. VR=1.200 ml

Capacidades pulmonares:

Soma de dois ou mais volumes pulmonares. São elas:

    ·Capacidade inspiratória (C.I.): É o volume máximo que uma pessoa pode inspirar após uma expiração  basal. Ela corresponde, numericamente, à somatória do volume corrente com o volume de reserva  inspiratória, ou seja, CI= VC+VRI. CI=3.500 ml

    ·Capacidade vital (C.V.): É o volume máximo de ar mobilizado entre uma inspiração e expiração máximas. É a somatória de volume corrente, volume de reserva inspiratória e volume de reserva expiratória, ou seja, CV= VC+VRI+VRE.  CV= 4.800 ml

    ·Capacidade residual funcional (CRF): É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração basal, ou seja, é a somatória do volume de reserva expiratória com volume residual. Assim, CRF=VRE+VR  = 2400 ml

Esta capacidade é importante para manutenção do volume pulmonar e trocas gasosas.

    ·Capacidade pulmonar total (CPT): É o volume contido nos pulmões após uma inspiração máxima, ou seja, é a soma de todos os volumes pulmonares.  CPT= VC + VRI + VRE + VR  = 6.000 ml.

 Os volumes e capacidades pulmonares variam de pessoa para pessoa e também sofrem alterações  fisiológicas e patológicas.

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