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Estrias cutâneas diversas camadas

Por:   •  27/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.693 Palavras (7 Páginas)  •  703 Visualizações

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O tecido cutâneo é dividido em duas camadas:

  • Epiderme: é a camada mais externa da pele. Nela, não há vasos sanguíneos como na derme, sendo a difusão dos leitos capilares da derme a única maneira pela quais as células da epiderme se nutrem, sendo esse método o suficiente, mas quando as células são deslocadas para superfície, elas vão ficando longe de sua fonte de alimento. Sua espessura é de aproximadamente 0,12 milímetros. Os melanócitos, queracinócitos, e as células de Langherans são os três tipos de células essencialmente que compõem a epiderme de uma pessoa.

  • Derme: É uma grossa camada de tecido conjuntivo. É encontrada sob a epiderme em contato com a hipoderme, ligada com a mesma através das fáscias dos músculos subjacentes. É constituída por vasos linfáticos e sanguíneos, nervos, fibras elásticas, reticulares e colágenas e glândulas. É muito vascularizada. Tem uma média de dois milímetros de espessura. Os fibroblastos são responsáveis pela geração de uma estrutura gelatinosa, a amorfa e de fibras colágenas e elásticas, sendo as principais células dessa camada.
  • Hipoderme: É a terceira e última camada da pele, formada basicamente por células de gordura. Sendo assim, sua espessura é bastante variável, conforme a constituição física de cada pessoa. Ela apóia e une a epiderme e a derme ao resto do seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do seu corpo e acumula energia para o desempenho das funções biológicas.

ESTRIAS

  1. Localização

As estrias encontram-se situadas na derme, que é a camada intermediaria do tecido cutâneo, onde estão os fibroblastos (células produtoras de colágeno e elastina), que permitem tonicidade e elasticidade à pele.

  1. O que são?

Estrias são atrofias de pele adquiridas devido ao rompimento das fibras elásticas e colágenas da derme. Este rompimento gera uma atrofia, sendo definida como atrofia tegumentar adquirida, seguida de pregueamento, diminuição da elasticidade e rarefação dos pelos. A determinação para formação do colágeno, de elastina e fibronectina está diminuída em pacientes portadores de estrias, e em decorrência existe uma alteração no metabolismo do fibroblasto. É um processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizado por lesões atróficas em trajeto linear.

As estrias são lesões cutâneas comuns, caracterizadas como bandas lineares de pele atrófica. São considerados distúrbios exclusivamente estéticos, pois não gera incapacidade física.

As estrias são alterações cutâneas indesejáveis, definidas como cicatrizes lineares visíveis que se dispõem paralelamente umas as outras, podendo ser raras ou numerosas e indicam uma lesão na pele, pois ocorre um desequilíbrio elástico localizado.

A estria é dita como uma atrofia, principalmente pela redução do volume e número de suas células, da espessura da pele e separação das fibras colágenas.

São danos atróficos lineares paralelas, muitas vezes obedecendo às linhas de clivagem da pele. São definidas como um processo degenerativo benigno e cutâneo, que tem como característica ser em trajeto linear.

Se trata de uma lesão no tecido elástico, que não se regenera, ficando as estrias dispostas em feixes paralelos onde ocorre a presumida força de distensão.

  1. Como são formadas?

Essas atrofias cutâneas lineares são formadas devido a uma tensão tecidual que provoca uma lesão do conectivo dérmico, gerando uma dilaceração das malhas. Apresentam-se, geralmente, perpendiculares às fendas da pele e se dispõe paralelamente em relação às outras estrias. Tendem a ser bilaterais, distribuindo-se simetricamente nos dois hemicorpos.

Esses tipos de deformações na pele surgem após ultrapassar o linear de elasticidade da pele, de maneira que as fibras colágenas e elásticas se desarranjam ao redor do ponto onde ocorreu o rompimento, formando assim, uma lesão.

Em primeira instância, ocorre, além do processo inflamatório, o acúmulo de linfócitos perivasculares, a epiderme fica mais delgada e as papilas se aplainam. As fibras elásticas da matriz da derme sofrem grande reorganização e reduzem de quantidade. Na derme reticular, as fibras elásticas passam a correr paralelas à junção derme-epiderme e não mais verticalmente, como é comum.

  1. Etiologia

Há fortes evidências de que sua etiologia seja multifatorial, isto é, além dos fatores endócrinos e mecânicos, existe uma predisposição genética devido a expressão individual de genes responsáveis pela formação de colágeno, elastina e fribrilina.

O aparecimento de estrias está relacionado a diferentes situações clínicas como o crescimento e/ou aumento de peso repentino, colocação de prótese de silicone, gravidez, alterações endocrinológicas, especialmente as associadas a corticóides e ao estrógeno, exercício vigoroso e algumas infecções como febre tifóide e hanseníase.

Existem teorias que tentam esclarecer a etiologia da estria:

  • Teoria mecânica: subsequentes danos às fibras elásticas e colágenas da pele, ocasionadas pela exagerada deposição de gordura no tecido adiposo.  Em decorrência do rápido crescimento, as estrias são consideradas como sequelas. O estiramento da pele, apresentando ruptura ou perda de fibras elásticas e colágenas da derme, é considerado um dos fatores básicos de sua origem. A etiologia das estrias pode estar relacionada com alterações hormonais, em especial os hormônios corticoides.

  • Teoria infecciosa: processos de infecção provocam danos às fibras elásticas, levando ao aparecimento de estrias. As estrias são afetadas com mais frequência nas nádegas, coxas, mamas e abdômen. Formação de estrias púrpuras em adolescentes, depois que tiveram febre reumática, hanseníase, tifo, febre tifóide, entre outras doenças.
  • Teoria Endocrinológica: começou com a hipótese do “estiramento da pele” descartada e com o aparecimento de estrias como efeito local de uso terapêutico de hormônios adrenais corticais. As drogas utilizadas no tratamento de várias doenças podem explicar o aparecimento das estrias, sendo uma possível causa para o seu aparecimento. O hormônio esteróide está presente em todas as formas de aparecimento das estrias como na obesidade, na adolescência e na gravidez, onde o hormônio vai atuar especificamente sobre o fibroblasto. Durante a adolescência, geralmente ocorre concomitantemente ao aparecimento das estrias, a presença de acne, aparecimento de pêlos e desenvolvimento das mamas e genitais, caracterizando essa fase como de grande alteração hormonal. Durante a gestação, de 75 a 95% das mulheres são acometidas com pelo menos alguns pares de estrias. Aparecem principalmente nos últimos três meses de gestação onde as fibras elásticas se encontram no seu limite de resistência, também acometidas pelo aumento da atividade hormonal.

Ainda não se sabe ao certo a sua etiologia, apenas que a sua origem se da pela produção de glicocorticóides, ocorrendo assim muitas vezes durante gravidez obesidade e adolescência. O surgimento das estrias é ocasionado também pelo emagrecimento, sedentarismo e falta de hidratação da pele.

  1. Incidência

A maior incidência se dá no gênero feminino, porém, em chamados efeitos sanfona e por crescimento pode aparecer em grande quantidade em meninos/homens.

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