OS RECURSOS COMPLEMENTARES
Por: Andressa Juckiewski • 20/3/2020 • Trabalho acadêmico • 1.113 Palavras (5 Páginas) • 278 Visualizações
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE FISIOTERAPIA
JUSLEY FERREIRA COSTA
ANDRESSA JUCKIEWSKI
LETICIA DE SOUZA VICENTE
RECURSOS COMPLEMENTARES
Dry Needling
SÃO LEOPOLDO
2018
HISTÓRICO:
Segundo a Federação de Conselhos Estaduais de Fisioterapia (2013), o agulhamento a seco (também conhecido como estimulação manual intramuscular, ou agulhamento intramuscular) é uma técnica de tratamento que tem sido utilizado por fisioterapeutas no Canadá, Chile, Irlanda, Espanha, África do Sul e Reino Unido desde a década de 1980, e nos Estados Unidos desde 1984. Já no Brasil, foi no ano de 2016 que o COFFITO estabeleceu a aptidão do fisioterapeuta à utilização do DN dentro de suas atribuições técnicas voltadas ao campo da Fisioterapia manual, musculoesquelética e manipulativa. Normalmente não é ensinado na educação de nível de entrada, tem ocorrido um aumento significativo na utilização do agulhamento a seco (DN) e a criação de programas de certificação e cursos de educação continuada nos últimos anos.
Além disso, a prática do DN tem recebido atenção significativa no nível federal, como a Federação de Conselhos Estaduais de Fisioterapia (FSBPT) lançou quatro edições de um jornal de recursos entre 2010 e 2013, todos a respeito do uso fisioterapêutico do DN. Associação Americana de Fisioterapia (APTA) e a American Academy of Orthopaedic Manual Physical Therapists (AAOMPT) ambas têm as indicações de posição criada que justificam a utilização da técnica.
Com o aumento da exposição à prática do DN, terapeutas devem questionar a sua eficácia, bem seus riscos associados. A fim de apreciar, é essencial ter uma compreensão robusta dos vários modelos para DN, bem como os resultados associados propostos no tratamento da dor de origem nos pontos-gatilho. Por último, fisioterapeutas devem entender completamente o escopo de desafios práticos que estão associados com o desempenho do DN.
DEFINIÇÃO:
A técnica consiste na inserção de agulhas em pontos gatilhos no corpo, sem a injeção de substâncias. (DOMMERHOLT,2011).
Ele é utilizado no tratamento de disfunções musculoesqueléticas, fasciais e relativas ao tecido conjuntivo, segundo AMERICAN PHYSICAL THERAPY ASSOCIATION, (2013) esta técnica também atua na atividade nociceptiva periférica, a fim de minimizar ou reestabelecer o equilíbrio ocasionado por alterações estruturais e funcionais do corpo.
INDICAÇÕES:
De acordo com Navarro et al. (2017), o DN trás resultados benéficos podendo ser indicado no tratamento de dores com origem miofascial.
Segundo Cummings e Filshie (2008), a técnica DN adequada começa com a identificação dos pacientes apropriados, e eliminando aqueles em quem ele pode levar a efeitos adversos.
CONTRAINDICAÇÕES
Contraindicações absolutas:
Fobia à agulha, áreas com linfedema, trombocitopenia; e para uma área ou membro com linfedema, urgências médicas, histórico de reação anormal a procedimentos anestésicos e estados de inconsciência, ou confusão mental.
Contraindicações relativas:
Paciente com estado psicológico alterado, considerações anatómicas (extremo cuidado deve ser tomado através da pleura e pulmões, vasos sanguíneos, nervos, órgãos, articulações, implantes protéticos implantáveis, dispositivos eléctricos, etc.), terapia com anticoagulante, distúrbios vasculares, epilepsia, alergia ao metal da agulha, gravidez, em crianças, alergia aos metais ou látex, a agulhagem perto de um local cirúrgico dentro de quatro meses do procedimento cirúrgico, e uma diminuição da capacidade de tolerar o procedimento.
FORMA DE UTILIZAÇÃO:
O agulhamento a seco (DN) é uma técnica caracterizada pela inserção de uma agulha filamentar sólida, sem medicação, através da pele, para tratar várias disfunções, incluindo – mas não se limitando – a dor miofascial, o recrutamento muscular, o controle da dor musculoesquelética em geral, regeneração e recuperação de tecidos lesados e até mesmo quadros álgicos articulares.
No tratamento são utilizadas agulhas de aço inoxidável estéreis. A técnica é rápida e com limiar de dor muito baixa, sendo que logo após a aplicação da agulha há uma redução da dor e consequentemente há uma melhora na função. (CARVALHO, et al. 2017)
Fisioterapeutas utilizam o agulhamento a seco com o objetivo de liberar/inativar os pontos-gatilhos e diminuir a dor musculoesquelética, neuropática e articular. A pesquisa preliminar apoia que o agulhamento a seco auxilia no controle da dor, reduz a tensão muscular, normaliza a disfunção bioquímica e elétrica de placas motoras, facilitando um retorno acelerado da função.
O COFFITO alerta, no entanto, para que a prática do agulhamento a seco não seja confundida com a da Acupuntura, podendo ser diferenciadas em termos históricos, contexto filosófico, indicativo e prático.O agulhamento a seco utilizado por fisioterapeutas é baseado na neurofisiologia, neuroanatomia e estudo científico moderno do sistema nervoso e musculoesquelético.
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