SEMINÁRIO Articulação do ombro: Bursite e Tendinite
Por: Mikaely Almeida • 23/5/2017 • Seminário • 1.409 Palavras (6 Páginas) • 550 Visualizações
SEMINÁRIO Articulação do ombro: Bursite e Tendinite
Tendinite do Bíceps Braquial
A causa mais comum de tendinite bicipital é na verdade o resultado de um envolvimento secundário do bíceps em seguida uma colisão primária ou laceração do manguito rotador. A tendinite bicipital também pode está relacionado á frouxidão no ombro, instabilidade ou tendinite por sobrecarga de tração. A cabeça longa do bíceps funciona como estabilizador umeral, além de desacelerador da extensão do cotovelo. Quando ocorre um aumento de translação da cabeça do úmero com atividade, maior esforço é aplicado no bíceps e nas estruturas ligamentares.
Frequentemente a lesão ao bíceps braquial ocorre em função do uso excessivo e repetido durante movimentos rápidos acima da cabeça envolvendo atividades com abdução e rotação externa do ombro e excessiva flexão e supinação do cotovelo. Tais atividades são comuns para arremessadores, jogadores de esportes de raquetes e nadadores. As possíveis causas de desconforto observadas com exame por ultra-som são tendão do bíceps subluxado, sinovite ou efusão do sulco bicipital, cistos do tendão e mineralização do ligamento transverso. Os problemas mais frequentes observados nessa lesão são: dor na parte anterior do ombro e alterações degenerativas crônicas similares ás do manguito rotador em virtude de seu longo trajeto intra-articular.
A tendinite bicipital também pode estar associada a uma subluxação parcial do tendão ou a um afrouxamento ligamento transverso do úmero. Irritação crônica do tendão do bíceps durante um período prolongado, aplicação repetida de injeções de corticoides, ou lesão traumática pode causar ruptura do tendão e retração distal da massa muscular, ocorrendo um calombo diagnostico no antebraço. Ocasionalmente, a ruptura ocorre distalmente, fixando-se o tendão á tuberosidade bicipital no rádio, diante da retração proximal da massa muscular. Ocorrem rupturas distais em pacientes basicamente com mais de 30 anos de idade. Em geral, haverá necessidade de intervenção cirúrgica.
l. Histórico
A. Comumente há um histórico significante de tendinite(tratamento prévio com injeções), patologia do manguito rotador ou síndrome de colisões.
B. Natureza da dor. Dor vaga a e estalido na região da articulação do ombro anterior, úmero proximal e tendão.
C. Subluxação ou luxação. Sensação de estalido ou de captura durante a rotação de braço.
D. Ruptura. Em geral, lesão dramática associada a um estalo ou coisa que estoura.
ll. Exame físico
A.Movimentos ativos. Dor durante a rotação interna e externa do ombro. Na rotação interna, a dor permanece medial na rotação externa, a dor se localiza na linha média ou em um ponto imediamente lateral ao sulco. Talvez se apresente a possibilidade de um arco doloroso, promovido com a palma da mão voltada para cima em aproximadamente 80°.
B. Exame de triagem cervical e ADM funcional do membro superior.
C. Movimentos passivos. Pode ocorrer dor com o alongamento passivo do bíceps durante a hiperextensão do ombro com extensão do cotovelo e pronação do antebraço.
D. Movimentos contra resistência e testes especiais. Aumento da dor com resistência de flexão de ombro. Os resultados do teste de Yergason são positivos. No teste faz-se com que o paciente mova o antebraço em supinação contra resistência ao fazê-lo, ocorre dor no sulco bicipital. O teste de Speed,( teste do bíceps ou do braço esticado ) também exacerba dor. Caso seja observada debilitação profunda por ocasião da supinação contra resistência, devemos suspeitar a distensão grave de segundo ou terceiro grau (ruptura) do bíceps distal.
E. Palpação Dor no sulco bicipital. Sensibilidade e crepitação sobre o sulco bicipital, os acahados se deslocam lateralmente durante a rotação externa ou medialmente com a rotação interna, fossa cubital anterior ( ruptura distal)
F. Inspeção
1. Equimose
2. Lacuna visível e palpável no ventre muscular (ruptura completa)
3. Deformidade de POPEYE nas rupturas proximais da cabeça longa ( movimentos distais da massa muscular)
lll. Tratamento. Cirurgia pra para subluxação ou luxação; reparo no ligamento transverso do úmero. Ruptura: tendonese para todas as rupturas distais e proximais em pacientes mais jovens e mais atléticos. Na ausência de ruptura, considere as seguintes medidas.
A. Inicialmente: gelo, repouso e medicamento antiflamatorios. Talvez haja necessidade de repouso de aproximadamente uma semana, seguido pela gradual progressão para atividade.
B. Massagem por fricçãona cabeça longa do bíceps. A lesão respondem bem á massagem por fricção profunda.
C. Refortalecimento dos rotadores internos e externos, mas evitando abdução horizontal. Elevação do ombro e flexões do cotovelo com o ombro elevad, enfatizando a fase excêntrica.
D. Aplicação de suporte de contra-força á parte proximal do ventre do bíceps.
E. Outras medidas visando restaurar a mecânica articular e manter uma flexibilidade adequada.
Bursite
Não é uma condição isolada, em vez disso costuma está associada a uma laceração do manguito rotador ou síndrome do impacto. Essa lesão ocorre quando a região entre o osso da porção superior do braço (úmero) e o acrômio torna-se inflamada. Tênis, beisebol e treinamento com pesos podem promover bursite no ombro.
l. Histórico
A. Local da dor. Região lateral do braço, possivelmente referida distalmente
B. Natureza da dor. Intensa, constante, vaga, em alguns casos uma dor latejante. O paciente pode apresenta-se com o braço em uma tipoia, ou apoiando o braço no cotovelo com a mão não envolvida. Durante esse período agudo, o paciente encontra pouquíssimo alivio qualquer que seja a posição assumida. E informa que todos os movimentos são dolorosos.
C. Início da dor. O histórico pode sugerir tendinite crônica. Mas a dor aguda comumente surge durante um período de 12ª 72 horas, com um crescimento gradual da dor durante esse período.
ll. Exame Físico
Movimentos ativos. Restrições significativas em todos os planos, com evidencias de dor aguda nas tentavas de elevar o braço.
Movimentos passivos. Limitados pela dor em um padrão não capsular, com uma resistência ao final do movimento vazia percebida pelo fisioterapeuta; contudo o paciente insiste que o movimento pode ter cessado em decorrência da dor. A rotação com o braço ao lado do corpo pode ser razoavelmente livre, mas em geral não é permitida a abdução depois dos 60° ou flexão depois dos 90°, por causa das queixas de dor aguda.
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